Marina Silva critica imprensa por “preconceito” contra ela por ser evangélica: “Nunca vi ninguém questionando a fé de um católico”
Marina Silva (PSB) se queixou publicamente contra a imprensa por
conta da ênfase que vem sendo dada ao fato de ela ser evangélica e disse
acreditar que essa abordagem é fruto de “preconceito”.
A afirmação foi feita ontem, 03 de setembro, durante uma sabatina em
Porto Alegre (RS), realizada pela emissora RBS TV, afiliada da TV Globo.
“Essa pergunta é feita a mim porque sou evangélica, nunca vi ninguém
fazendo essa pergunta a um líder católico ou a uma pessoa que não tenha
crença”, disse Marina Silva em resposta ao questionamento feito sobre a
influência de suas crenças na tomada de decisões caso seja eleita.
“A fé de qualquer pessoa faz parte de sua vida e acho que deve ser
respeitada tanto quanto quem não tem crença nenhuma. O presidente da
República comprometido com o Estado laico tem de defender o Estado
laico”, acrescentou a candidata.
Na última terça-feira, 02 de setembro, Marina já havia sido
questionada no Jornal da Globo sobre sua fé e seu hábito de leitura da
Bíblia Sagrada. Na ocasião, a candidata disse que considera a fé
importante para que as decisões não sejam tomadas apenas pela frieza dos
fatos. “A Bíblia é sem sombra de dúvida uma fonte de inspiração”,
declarou.
Malafaia em defesa de Marina
No Twitter, o pastor Silas Malafaia também criticou a mídia pelo
“preconceito violento” contra a fé de Marina Silva, e disse que a
candidata pessebista tem se privado de visitar igrejas e participar de
cultos, e mesmo assim a pressão sobre o assunto é a mesma.
“Preconceito violento por Marina ser evangélica. Dilma e Aécio vão à
igreja e não tem problema. Marina não vai à ig. evangélica e é
religiosa”, reclamou o pastor.
Na sabatina da RBS TV, Marina foi questionada sobre as críticas que
Malafaia havia feito no último fim de semana ao capítulo LGBT de seu
programa de governo. A resposta foi na linha adotada desde o começo da
polêmica: “Para ser sincera, eu nem li os tuítes do pastor Silas
Malafaia. Não me sinto pressionada por ele e nem por ninguém. Eu me
sinto no processo de discussão democrática. O nosso programa é respeito
aos direitos da pessoa. Os direitos dos que creem e dos que não creem”.
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