Preso tem que trabalhar

Por Genaldo de Melo
Reiteradas vezes tenho dito que não concordo, e absolutamente não concordo, com o sistema de reformatório penal do Brasil. As prisões brasileiras no seu formato atual não reformam, bem como não colocam de volta na sociedade indivíduos que cometeram deslizes diante das regras estabelecidas de modo nenhum como reformados. Não se reforma e transforma bandidos em seres humanos mais perfeitos quando os mesmos não trabalham, porque cabeça vazia é oficina do diabo.
Defendo veementemente que o que faz os seres humanos melhores do que são é o mundo do trabalho, a imperiosa certeza de ser produtivo e depender de seus esforços para sobreviver. Quando você coloca indivíduos sem fazer nada juntos num pequeno espaço como a prisão você cria uma situação parecida com um barril de pólvora. Quando coloca vários indivíduos num pequeno espaço como uma fábrica para trabalhar, pode ter certeza que isso de fato se parece com uma comunidade.
Não concordo, e absolutamente não concordo, que quando um indivíduo comete um crime fique confinado às custas do Estado, mesmo considerando que as prisões brasileiras são verdadeiros lixões.
Uma das coisas mais absurdas que presencio de vez em quando é quando no trabalho de reforma das estradas brasileiras o Estado coloque para fazer esse trabalho jovens soldados do exército, quando ficam milhares e milhares de homens  sem fazer nada o dia inteiro nos reformatórios penais. Por que não se coloca aqueles homens criminosos que são para fazer esse serviço e melhorarem como seres humanos?
Ora, se querem reformar criminosos que se reforme com trabalho, pois sem fazer nada quando saírem da prisão também não vão saber fazer nada, e voltarem ao mundo do crime. Se não for com o trabalho, o mínimo que se faz com aqueles indivíduos das prisões é preparar eles para voltarem mais profissionais como criminosos para nossa sociedade.
O homem que não trabalha é um lixo humano, com exceção daqueles que estão aposentados porque trabalharam a vida inteira!