Revista The Economist coloca o Brasil na lista de países com “alto risco” de agitações sociais em 2014
O Brasil aparece
entre os 65 países sob alto ou altíssimo risco de agitação social gerada por
problemas institucionais ou fraquezas políticas. A lista foi elaborada pelo The
Economist Intelligence Unit (EIU) a partir de uma análise em 150 nações. Na
avaliação de Laza Kekic, diretor da unidade de analistas em previsões
internacionais da EIU, a reação à “austeridade” prevista na agenda 2014 de
vários países será o combustível dos protestos de massa.
Em comparação com
cinco anos atrás, mais 19 países estão agora nas categorias de alto risco (high
risk), na qual está incluído o Brasil. Por isso, o governo Dilma Rousseff vai
gostar nada do artigo “Ripe for Rebellion?” (Maduro para rebelião?) na página
80 da recente publicação especial “The World in 2014” (O Mundo em 2014) da
prestigiada revista inglesa The Economist. A versão em português deve chegar às bancas esta semana.
A
pesquisa constatou “um profundo sentimento de insatisfação popular com as
elites políticas e instituições em muitos mercados emergentes”. The Economist
identificou que os protestos populares serão embalados pelas “aspirações de
novas classes médias nos mercados emergentes de rápido crescimento (seja na
Turquia ou no Brasil)”. O analista da revista britânica destacou que “a agitação
nos últimos tempos parece ter sido uma erosão da confiança nos governos e
instituições: a crise da democracia” – o que descreve bem o quadro conjuntural
brasileiro.
Raciocinando sobre
os efeitos da crise global de 2008-09, Laza Kekic pergunta: “O que esperar em
2014?”. E o diretor da EIU responde: “A recessão já terminou ou diminuiu em
grande parte do mundo. No entanto, as reações políticas à recessão econômica,
historicamente, chegam com uma defasagem. A Austeridade ainda está na ordem do
dia em muitos países em 2014 e isso vai alimentar a agitação social”.
Na previsão da EIU,
em 65 países (43% dos 150) haverá um risco alto ou muito alto de agitação
social em 2014. Em 54 países, o risco de instabilidade é médio. Nos restantes
31 países, o risco é baixo ou muito baixo. Agora, é esperar 2014 chegar para
ver se as previsões de Laza Kekic se transformarão em realidade. A petralhada está preocupada...
Releia o artigo de
domingo: Derrube a Teoria do Fato Político Consumado
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