sexta-feira, 1 de abril de 2011

SALVADOR/BA:FACULDADE OLGA METTIG FECHA AS PORTAS

Após 43 anos de funcionamento, a Faculdade Olga Mettig anunciou que está de portas fechadas. Entre os motivos do fechamento estão a forte concorrência, os altos índices de inadimplência e o baixo número de inscritos para os cursos de graduação no primeiro semestre deste ano. Os alunos da graduação foram transferidos para três instituições de ensino privado de Salvador. Já os cursos de pós-graduação continuarão em atividade até sua conclusão. O prédio em que a faculdade funcionava, no bairro de Nazaré, será vendido ou alugado para cobrir as dívidas acumuladas pela instituição e os custos trabalhistas. Informações do jornal Tribuna da Bahia.

2 comentários:

  1. Acredito que os motivos alegados são apenas os sintomas de causas profundas na gestão profissional das faculdades. Por exemplo, uma pesquisa, há alguns anos, realizada pela CM Consultoria revelou que as IES de níveis A e B têm menor índice de inadimplência do que as de C, D e E. A questão é: o que fazer para chegar aos níveis A e B? Uma faculdade instalada há muito tempo deveria, em princípio, levar vantagem para os novos entrantes (e foram muitos) se tivesse se antecipado nas ações estratégicas, utilizando instrumentos de informações gerenciais (“radares”) disponíveis no MEC e em revistas especializadas, por exemplo, agindo rápido.

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  2. Por Emilio Maltez Alves Filho, MSc.

    Na minha opinião, a "camisa de força" da legislação vigente, privilegiando a inadimplência dos alunos nas Instituições de Ensino Superiro (IES) privadas, combinada com a acirrada concorrência estão provocando um gradativo e significativo impacto na gestão econômico-financeira dessas IES, com fortes repercussões na gestão acadêmica, a qual basicamente, limita-se a mal cumprir ou às vezes "maquiar" as condições da IES diante de uma autorização, reconhecimento e recredenciamento.
    As únicas IES privadas que atendem às classes C. D e E que estão sobrevivendo a duras penas, o fazem graças, na maioria dos casos, aos inúmeros cursos (escala), mas não têm perspectiva alguma de longevidade. "Logo logo" estaremos assistindo a uma onda de incorporações, fusões e mais fechamentos e extinções, no caso de fundações privadas. Creio que já está na hora do Poder Legislativo (Federal)rever o diploma legal que privilegia a inadimplência.
    Para concluir, não quero nem entrar no mérito da qualidade do processo de ensino-aprendizagem oferecido por muitas dessas IES privadas porque, além de ser um assunto subjetivo, é um tema que vai gerar muita polêmica.

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