PF ter gravado Lula além do autorizado por Moro pode invalidar grampo
Tão logo chegue ao Supremo Tribunal Federal (STF), o grampo divulgado
na quarta-feira (16), os ministros terão que decidir se os áudios em que
a presidente Dilma Rousseff, e o ex-presidente e agora ministro da Casa
Civil, Lula, falam sobre o termo de posse terá valor jurídico.
A interceptação telefônica, feita pela Polícia Federal, que gravou a
conversa entre a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva foi realizada duas horas após o juiz Sérgio Moro, da 13ª
Vara Federal de Curitiba, ter determinado a suspensão das interceptações
telefônicas sobre Lula.
Moro mandou interromper o grampo por volta de 11h30m de quarta-feira e
mandou avisar imediatamente a Polícia Federal. A PF avisou à companhia
telefônica, mas, até o sinal ser cortado, foi interceptado o telefonema
entre Dilma e Lula.
A PF informou pro meio de nota que incluiu tudo no relatório e que
caberia a Sérgio Moro decidir se usava ou não o telefonema gravado fora
do horário por ele estabelecido. Moro divulgou o conteúdo do telefonema
junto de todo o resto — mas o STF é que decide se se ele vale ou não.
Segundo o colunista Lauro Jardim, um ministro do STF, ao analisar o
caso em tese e sob anonimato, avaliou que o grampo feito fora do horário
estabelecido por Moro não vale nada.
Fonte:
Por Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews)
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