Repórter da Globo confessa que teve relações extraconjugais com FHC durante 6 anos
Em 2015, após um longo período na geladeira, Miriam Dutra encerrou um longo contrato com a emissora
A repórter Miriam Dutra deixou a TV
Globo em dezembro de 2015, após 35 anos de contrato e um longo período
na geladeira da casa. Ela foi uma das principais profissionais da
televisão brasileira e agora resolveu quebrar o silêncio em relação a
seu caso extraconjugal com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
“Eu tive uma relação de seis anos [com
FHC]”, disse ela, rompendo um silêncio de três décadas. Em entrevista a
revista BrazilcomZ, Miriam disse duvidar da veracidade de testes de DNA
que refutaram, em 2011, a hipótese de FHC ser pai do seu filho, Tomás
Dutra Schmidt, hoje com 23 anos. Ela também desmente a história de que o
ex-presidente teria decidido assumir o garoto mesmo não sendo seu
filho. “O Tomas nunca teve pai, nunca foi reconhecido”, afirma.
Miriam se mudou para a Europa, onde foi
morar depois de deixar a sucursal da emissora em Brasília. Viveu em
Portugal, Barcelona, Londres e Madri, onde mora desde 2009. Recebia
salário, mas não trabalhava. “Eu sou a última exilada, literalmente.
Trinta e cinco anos no mesmo lugar, em um emprego só, é muito difícil.
Eu tinha um contrato, não podia fazer nada, eu era proibida de usar a
minha imagem, minha voz em qualquer outro lugar. Eles me colocaram
abaixo de qualquer coisa…”, desabafou.
Outra revelação bombástica é a de que
FHC, segundo ela, a forçou dar uma entrevista à revista Veja: “Me
obrigou a dar uma entrevista pra Veja dizendo que o pai do meu filho era
um biólogo. Foi Fernando Henrique com Mário Sérgio Conde (Mário Sérgio
Conti, ex-diretor da revista, hoje na Globonews)”.
A jornalista só pôde falar sobre o caso
agora após encerrar o contrato de exclusividade com a Globo, em dezembro
do ano passado. Agora, ela procura um novo trabalho, mas diz que não
quer manter contrato com nenhuma empresa. “Quero colaborar”, deseja.
LEIA ALGUNS TRECHOS DA ENTREVISTA:
Como conheceu Fernando Henrique?
“Sentada em uma mesa de restaurante com
um bando de jornalistas. Eu tinha acabado de chegar em Brasília. Ele
chegou e um amigo o convidou para sentar na mesa. Ele sentou ao meu
lado. Eu tenho uma carta escrita por ele dizendo que, desde esse dia,
ele nunca mais me deixou… Desde aquele momento, ele me perseguiu. O
restaurante foi o Piantella, onde Ulysses Guimarães se reunia, os
jornalistas iam para lá, devia ser fevereiro de 1985… […] Eu tive uma
relação de seis anos, fiquei grávida, decidi manter a gravidez, então é
meu. Eu sou uma mulher, eu que decido isso! Se eles não querem, eles que
se cuidem. […] Eu era apaixonada por ele, era paixão, normal. Eu tinha
vários problemas de consciência.”
Os dois estavam casados?
“Nao, não eu era livre, solteira e
desimpedida. Ele tinha esse casamento. E ele dizia isso para mim, tenho
cartas dele dizendo isso, que era um casamento de conveniência. A Ruth
[Cardoso] era irmã dele, eles tinham uma relação fraternal. A gente
escuta um monte de histórias. E cai. […] Ele vivia realmente comigo, a
gente era vizinho, então ele dormia na minha casa, a gente tinha um
relacionamento bom. A única coisa chata era o Natal, o Ano Novo, essas
coisas todas, isso foi me incomodando. Quando ele viu que estava me
incomodando começou a passar o aniversário. Ele jamais deixava de passar
o aniversário comigo, o dele e o meu.”
Dona Ruth Cardoso
“Ela nunca entrou em contato, ela também
deve ter sofrido. Fernando Henrique era um total ausente da vida da
família, ele vivia viajando. Basta pegar o currículo dele para ver isso.
Agora, ele casou de novo, com a secretária. Acho que está há muito
tempo com essa mulher, eu percebi desde que eu estava em Londres, ele
estava casado com a Ruth ainda.”
FHC e o reconhecimento da paternidade
“O Tomás nunca teve pai. O Tomás nunca
foi reconhecido. O nome dele é Tomás Dutra Schimidt, é o meu nome. A
certidão de nascimento do Tomás está lá, pai ‘em branco’. E nunca isso
mudou! Se falarem… provem. Porque eu nunca vi nenhum documento. Essa
história de que veio aqui em Madri [em 2009] é tudo mentira!”
O resultado negativo do teste de DNA
“Eu acho que é mentira, porque eu só vi
um documento, mas todo mundo pode enganar com um DNA. Ninguém
questionou. Meu filho fez um exame, ele estava num alojamento nos
Estados Unidos —‘você não pode contar pra sua mãe.’ Fizeram escondido de
mim, eu nunca proibi que fizessem DNA, nunca proibi absolutamente nada.
Ao contrário, eu sempre incentivei que fizesse, que tivesse contato,
essa coisa toda.”
Ajuda financeira
“Eu aceitei que ele pagasse o colégio e a
universidade de Tomás. Por isso ele se deu à tranquilidade de ir lá
[nos Estados Unidos] pegar o Tomás para fazer o tal de DNA. Na verdade,
eu acho que é uma questão de herança.”
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