Preso na Lava Jato, Luiz Argôlo pede liberdade ao STF
Foto: Divulgação
O ex-deputado federal Luiz Argôlo, preso no âmbito da Operação Lava
Jato, protocolou nesta segunda-feira (21) no Supremo Tribunal Federal
(STF) um pedido de liberdade com efeito liminar (imediato). O pedido
contesta a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que manteve, no
último dia 3, a prisão preventiva contra o parlamentar decretada pelo
juiz Sérgio Moro. Argôlo alega constrangimento ilegal e excesso de prazo
da prisão preventiva. A defesa do ex-deputado afirma que Moro não
demonstrou a presença dos requisitos para a manutenção da medida, e
apresentou "motivações genéricas". O pedido foi distribuído ao ministro
Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo. Argolo foi denunciado
por estar entre os agentes políticos beneficiados no esquema de
corrupção da Petrobras. Ele teria recebido propinas enquanto ocupava o
cargo de deputado federal, primeiro pelo PP e depois pelo
Solidariedade. Segundo o ministro Ribeiro Dantas, ex-relator da Lava
Jato no STJ que votou pela manutenção da prisão do parlamentar, Argôlo
esteve envolvido em diversos crimes de corrupção e de lavagem de
dinheiro e só deixou de cometer os ilícitos depois da prisão do doleiro
Alberto Youssef, com quem tinha proximidade. O ministro também
argumentou que o ex-parlamentar usou recursos ilegais para financiar
campanhas eleitorais dele e de outros deputados. Preso desde abril, na
11ª fase da Lava Jato, Argôlo foi condenado a 11 anos e 11 meses de
prisão pelo juiz Sérgio Moro. Os crimes atribuídos a ele são corrupção
passiva e lavagem de dinheiro.
Fonte: por Gustavo Aguiar | Estadão Conteúdo
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