A queda de
Carlos Amorim,
ex-superintendente
do IPHAN na Bahia
Pedro Borges dos Anjos Editor-Chefe do Jornal O Guarany |
Por Pedro Borges dos Anjos
Editor-Chefe do Jornal O Guarany
O indigitado Carlos Amorim foi exonerado do cargo de
superintendente do IPHAN na Bahia, no dia 15 de outubro recente.
Portador de perfil autoritário, Carlos Amorim humilhou
a muitos, com sua postura de “faraó” cervídeo de aldeia do terceiro mundo.
Arrogante, não
recebia em seu gabinete gestores de segmentos importantes da cultura baiana nem
de outras áreas da administração, com raríssimas exceções.
Sucessivas vezes, humilhou prefeitos, agentes e
representantes de segmentos culturais, vereadores de cidades históricas, com
audiências, em dia e hora antes agendadas, ocasião em que, de propósito, fazia
aguardá-lo horas e horas, antes de autorizar a entrada. Outras vezes, sequer os
recebia, situação em que designava subalternos para atuar em seu lugar.
Não recebia, em seu gabinete, sequer servidores do
próprio Órgão, a não ser por sua determinação, alegando a superioridade
hierárquica do cargo.
Curioso é que, servidores graduados, gente de
expressão na área de suas especialidades, integrantes do mencionado Órgão do
Minc, na Bahia, revestiram-se de igual perfil, para honrar a estrutura de
submissão implantada pelo gestor, agora demitido.
Carlos Amorim construiu e comandou poderosa estrutura
de engodo para humilhar e constranger proprietários de imóveis, nas localidades
de preservação de bens tombados.
Useiro e vezeiro em denunciar proprietários de imóveis
ao MP Federal, ante simples pintura em fachadas ou reformas, mesmo as mais
imperceptíveis, sob a presunção de desfiguração ao patrimônio tombado, com que,
em Cachoeira, por exemplo, usou submissos de suas ordens opressoras para
constranger e humilhar cidadãs e cidadãos de bem, valores que verdadeiramente
buscam preservar traços históricos em suas propriedades.
Há gestores, ao afastarem-se ou serem afastados
de seus ofícios, deixam memórias de grandezas, de gestos bem medidos,
outros, semelhantes ao indigitado, em referência, retiram-se deixando um
memorial de constrangimentos, de prepotência, de geração de danos à vida dos
cidadãos.
O Ministério da Cultura informa que o desligamento do superintendente do Iphan da Bahia, Carlos Amorim, se deve, exclusivamente, a uma avaliação crítica do seu trabalho. (o grifo é da Redação do Jornal O Guarany) Esta decisão foi tomada há mais de 30 dias.
Ainda bem, que as negociações com que o governo
federal busca honrar suas relações com representantes de sua base aliada,
incluiu aceitar fosse demitido o indigitado Carlos Amorim do cargo de
superintendente do IPHAN na Bahia.
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