Valores da Cachoeira
Por Pedro Borges dos Anjos
Editor-Chefe do Jornal O Guarany
Parágrafos destacados do discurso que proferi, no dia 25 de Junho de 2014, no Salão Nobre da Câmara Municipal, como orador oficial da Data Magna da Cidade
Cachoeira, sede das mais fortes manifestações da cultura material e
imaterial, já reconhecidas como patrimônio da nação, a exemplo da Irmandade de
Nossa Senhora da Boa Morte, o Samba de Roda Suerdieck, de Dona Dalva Damiana,
instituições que preservam com integral fidelidade a soberania e e
valores da ancestralidade; a cidade de poetas como João de Morais, de
portadores da sensibilidade e de reconhecida inspiração artística,
como o escultor Fory, como o talhador Doidão, como o xilogravurista Davi,
como o pintor Seu Zé Azevedo, como o artista Dante Lamartine, como o cantor e compositor Sine Calmon, só para citar alguns do amplo quadro de valores de nossa terra.
Cachoeira é, sim,
portadora deste discurso. Razão por que o governo da República lhe
destinou elevada soma de recursos do PAC das cidades históricas para restaurar,
preservar os valores de sua herança cultural assim como investir nas
iniciativas privadas que visem ao crescimento da economia local.
Parece evidente que o Conjunto Tombado da Cachoeira está desfigurado não
pelas frágeis intervenções que alguns proprietários operacionalizam em seus
imóveis. O que reconhecidamente desfigura o Conjunto Tombado da Cachoeira são
as inúmeras ruínas que permanecem desafinado as autoridades. Acresçam-se as
permissões esdrúxulas com que as instituições mais opulentas aqui sediadas e
empresários mais abastados fizeram reformas em imóveis de suas propriedades,
concorrendo para a materialização da mencionada desfiguração e agressão ao meio
ambiente.
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