sábado, 3 de outubro de 2015


O poder da malandragem no Poder

Por Pedro Borges dos Anjos
Editor-Chefe do Jornal O Guarany

Diariamente, a mídia noticia o domínio da malandragem fortemente presente em todas as esferas dos Poderes no Brasil: Executivo, Legislativo e Judiciário. Escândalos prosseguem sucedendo em dimensão e velocidade muito além da capacidade dos poucos honestos remanescentes, responsáveis pela investigação, julgamento e punição dos culpados.

Malandros estão fortemente no comando tanto da administração pública quando da privada. E aí deitam e rolam – quadrilhas organizadas com apoio da alta direção das Empresas operacionalizam planos com que multiplicam o número de suas vítimas. A poderosa estrutura da malandragem conta com o apoio da própria Justiça, quando o “julgamento” procede de juízes inidôneos, tão corruptos quanto são os líderes da malandragem.

Bancos, empresas, na Bahia, a exemplo da Coelba, da Embasa, também as que fazem a venda de canais de TV, as que lidam com telefonia celular, órgãos públicos, como o IPHAN, INSS, a Grande Loja Maçônica do Estado da Bahia - Gleb, etc., todas têm no comando gestores opressores, ditatoriais, sem quaisquer compromissos com a honra das operações. Criam estruturas e oficializam obstáculos para gerar receita, com aparência de legalidade, com que fazem vítimas permanentemente.

Para se fazer operações de empréstimos e aberturas de conta nos bancos, o proponente tem de estar com seu nome sem quaisquer restrições no SPC/SERASA, mas, há pouco tempo, a nação ficou sabendo através da grande mídia que o atual presidente da PETROBRÁS, quando no exercício do cargo de presidente do Banco do Brasil, determinou o deferimento de uma vultosa  operação de empréstimo para  uma amante socialite de São Paulo, a qual, pela norma em vigor, por não ter quitado operação anterior, estava com o nome sujo no mencionado órgão SPC/SERASA. Inabalável, a presidente Dilma Rousseff o sustenta na presidência da poderosa estatal com remuneração de R$100 mil reais mensais, cuja autoridade, agora, com outros integrantes da alta cúpula da Empresa, reivindicam 13% de aumento salarial. Na Bahia, o governador Rui Costa que tanto se diz comprometido com a educação, resiste conceder um aumento salarial aos professores da Rede Estadual, de 1.7% conquistado por mérito, ainda no governo Wagner, para ser pago desde janeiro deste ano, prometendo fazê-lo só a partir de julho de 2015.

O ex-governador da Bahia, Jacques Wagner, resistiu pagar as URVS aos professores da Rede Estadual de Ensino, mas numa operação geradora de descredibilidade, autorizou o mencionado pagamento só para quantos integram o quadro de servidores do Poder Judiciário. O mesmo Poder Judiciário que aposentou a ex-primeira dama, esposa do governador, com salário de elevada monta, sem que a referida senhora tenha tido uma ficha de comprovado comparecimento ao serviço, durante anos sucessivos. O mesmo governador que tanto combatia privilégios, no apagar das luzes de seu mandato combinou com deputados a aprovação por unanimidade da proposta que lhe concede pensão vitalícia acima de R$19 mil reais mensais, com motorista e veículo oficial, igualmente ad aeternum secundum.

Wagner nomeia marido de Ideli com salário de R$ 30 mil e causa desconforto

O ministro da Defesa, Jaques Wagner (PT) nomeou o marido da ex-ministra da Secretaria de Relações Institucionais Ideli Salvatti para o cargo de ajudante da Subsecretaria de Serviços Administrativos e de Conferências na Junta Interamericana de Defesa, em Washington, no Estados Unidos. 
De acordo com reportagem da revista Veja, as nomeações provocaram desconforto na própria OEA, no Itamaraty e entre militares. Ideli Salvati é assessora de Acesso a Direitos e Equidade da Organização dos Estados Americanos (OEA), com sede também na capital americana.
Segundo a semanal, o segundo-tenente músico do Exército, Jeferson da Silva Figueiredo, casado com a petista, assume as novas funções no dia 1º de outubro. Ele vai exercer o cargo por dois anos e terá remuneração de 7.400 dólares, o que corresponde a mais de R$ 30 mil mensais. Figueiredo também recebeu ajuda de custo para sua ida para os Estados Unidos de cerca de 10.000 dólares, mais de R$ 40 mil.
A nomeação foi feita antes de o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ter anunciado o novo corte no Orçamento e severas restrições de gastos públicos para enfrentar a crise econômica. A portaria de transferência do marido de Ideli foi assinada no dia 5 de agosto por Wagner, a pedido da ex-ministra.
Ideli inicialmente procurou o Exército para pedir a designação de Figueiredo. Mas foi avisada de que essas nomeações passam por um processo de seleção, em que vários fatores são analisados e que a Força não dispunha dessa vaga. Ideli, então, recorreu a Wagner, que atendeu seu pedido e assinou a portaria avocando o parágrafo único do artigo 1º do decreto 2.790 de 1998, que dizia que "ao ministro do Estado Maior das Forças Armadas é delegada competência" para baixar atos relativos aos militares que servem naquele órgão (OEA) e que, nas Forças, a prerrogativa é dos comandantes. Um mês depois, esse decreto foi revogado e os comandantes perderam essa prerrogativa, sem serem avisados. Diante da repercussão negativa entre os militares, o governo foi obrigado a recuar.
Figueiredo, de acordo com a pasta, exercerá atribuições em funções administrativas. A "missão é do tipo transitória e de natureza militar", conforme portaria de designação. A jornada de trabalho é de 32 horas semanais. O ministério afirma que Figueiredo "preenche os requisitos necessários para ocupar o cargo".

Fonte: Por Redação Bocão News (Twitter: @bocaonews) | Fotos: Secom / Bahia

Nem este editorial nem quaisquer outros no gênero têm o poder de sequer abalar esta estrutura de comprovada falta de caráter. É o poder da malandragem no Poder.

Aconteceu em Cachoeira/BA

POLICIA AGE FORA DAS NORMAS INSTRUÍDAS PELA CORPORAÇÃO

Policiais fazem abordagem fora das normas instruídas pela corporação da PM, agem com desrespeito a familiares, fazem ameaças de morte, expressam intimidade com traficantes de drogas.
Foto ilustrativa
A policial feminina, integrante do contingente arbitrário,  espanca um dos menores, postura absolutamente contrária às normas instruídas pela própria Corporação Militar.

Na noite do dia 29/09/2015, por volta das 22h, uma guarnição composta por quatro policiais militares, em ronda pela cidade da Cachoeira, sob a presunção de combate ao uso e ao tráfico de drogas abordaram  com extrema violência  e prenderam um grupo de jovens, inclusive dois menores de idade, no Jardim Grande,   portando e usando maconha. Conduzidos à Delegacia local, as cenas de arbitrariedade produzidas pelos policiais se ampliaram. 

Um advogado formalizou a apresentação de documentação com que os menores foram liberados, os quais ao serem  conduzidos para casa, no meio do caminho a mesma guarnição em alta velocidade alcançou o automóvel dos familiares e de forma, mais uma vez, arbitrária, com armas em punho, ameaçavam retirá-los à força do veículo para conduzi-los  a local desconhecido, como forma de revindita por não permanecerem presos.

A família aprova e defende abordagens conforme as solenidades instruídas pela Corporação Militar, nunca arbitrariedades que ao invés de aproximar soluções de problemas, os tornam muito mais graves.

A ameaça do policial em entregar o destino de um dos menores a um  temido chefe do tráfico na cidade é de extrema gravidade.

Os menores  vítimas do uso de drogas, no caso dos familiares mencionados, vão ser tratados com medidas educativas, às instruídas por especialistas para reconduzi-los às normas sociais de convivência. As providências já foram tomadas.

Em referência aos policiais acima mencionados, providências cabíveis serão adotadas formalmente junto à Corporação Militar com que sejam imediatamente retirados do expediente de abordagem por absoluta ausência de equilíbrio para execução de tarefas dessa natureza.

Comentário: 
Arbitrariedade e crime
A investigação já constatou atos considerados arbitrários e ilegais tanto na abordagem quanto na apresentação dos menores vítimas das drogas e agora vítimas dos policiais que integravam a operação de interpelação e prisão, também de policiais civis na delegacia local. 

Jovens vítimas das drogas, mas reconhecidamente inofensíveis, sadios, alegres, estudantes, tendo contra si a gravidade do uso de entorpecentes, abordados com extrema violência e espancamento por policiais, prosseguem presos, passando por privações, constrangimentos e humilhações, enquanto que os verdadeiros e temíveis traficantes, fortemente armados, estão soltos, em plena liberdade, nas fortalezas do tráfico, na cidade, comandando assaltos, roubos e assassinatos, na  comunidade e na região.

Por outro lado, a autoridade judiciária prossegue resistindo expedir o alvará de soltura dos jovens, em referência, cuja prisão, arbitrária e ilegal, já ultrapassa a fase prevista em lei, dando a entender que a qualquer momento os referidos jovens podem ser recambiados para a penitenciária, em Salvador, exatamente como se os mesmos fossem iguais aos temíveis lordes das drogas, os quais comandam quartéis  com poderoso armamento municiado para operações de assaltos, assassinatos, e enfrentamento com a polícia.

Os policiais em acinte e flagrante desrespeito à Lei que proíbe  a divulgação de imagem de menores nas redes sociais e na mídia, em geral, retrataram  os menores acusados e veicularam  suas figuras, postando-as em diversas páginas do Facebook e em blogs.


Comentários:

De Antônio Carlos Gomes de Cerqueira, Bacharel em Direito:

Congratulações ao nobre redator do Jornal o Guarany pelo excelente artigo sobre "O poder da malandragem no Poder". O que pode se aferir sobre a CLEPTOCRACIA: Cleptocracia, é um termo de origem grega, que significa, literalmente, “Estado governado por ladrões”, cujo objectivo é o do roubo de capital financeiro dum país e do seu bem-comum. A cleptocracia ocorre quando uma nação deixa de ser governada por um Estado de Direito imparcial e passa a ser governada pelo poder discricionário de pessoas que tomaram o poder político nos diversos níveis e que conseguem transformar esse poder político em valor econômico, por diversos modos. A fase “cleptocrática” do Estado ocorre quando a maior parte de sistema público governamental é capturada por pessoas que praticam corrupção política, institucionalizando a corrupção e seus derivados como o nepotismo, o peculato, de forma que estas ações delitivas ficam impunes, devido a que todos os sectores do poder estão corruptos, desde a Justiça, os funcionários da lei e todo o sistema político e econômico. O jornal britânico Financial Times classificou Angola como uma cleptocracia e os seus dirigentes como uma elite indiferente ao resto da população. No Brasil está implantado um governo similar, é corrupção e roubalheira em todos os seguimentos de governo sem precedentes na história da Pátria amada.


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