quarta-feira, 5 de agosto de 2015


 O Poder da Influência nos Poderes
Por Pedro Borges dos Anjos
Editor-Chefe do Jornal O Guarany

A influência espúria determina as mais esdrúxulas decisões nos Poderes. Tem o poder de admitir e de exonerar servidores, de adiar e de instruir decisões, de acolher e rejeitar propostas, de engavetar processos, de comprar e vender sentenças, etc. Enfim, a fragilidade de caráter de alguns incautos que exercem o poder, em todos os níveis, desempenha o papel desonroso com que titulares permanentemente materializam as mais lamentáveis determinações, desconstruindo valores e fazendo vítimas.

No Poder Judiciário, o juiz é livre no exercício de julgar e produzir sentenças. Não se pode desrespeitar o princípio do convencimento do magistrado no seu ato de julgar. O que não se admite é o convencimento da ausência de julgamento, com que magistrados travam o direito das vítimas.

Não agir ou deixar de agir por recomendação, ampliando prazos de dilação, fragiliza o conceito de integridade da autoridade, equivale ou o coloca no mesmo nível  tanto de quem vende quanto de  compra sentenças.

Diariamente, a mídia divulga o domínio da malandragem fortemente presente em todas as esferas dos Poderes no Brasil: Executivo, Legislativo e Judiciário. Escândalos prosseguem sucedendo em dimensão e velocidade muito além da capacidade dos poucos honestos remanescentes, responsáveis pela investigação, julgamento e punição dos culpados.

Malandros estão fortemente no comando tanto da administração pública quanto da privada. E aí deitam e rolam – quadrilhas organizadas com apoio da alta direção de Empresas operacionalizam planos com que multiplicam o número de suas vítimas. A poderosa estrutura da malandragem conta com o apoio da própria Justiça, quando o “julgamento” procede de juízes inidôneos, tão corruptos quanto são os líderes da malandragem.



Nenhum comentário:

Postar um comentário