O Poder da Influência nos
Poderes
Por Pedro Borges dos Anjos
Editor-Chefe do Jornal O Guarany
A influência espúria determina as
mais esdrúxulas decisões nos Poderes. Tem o poder de admitir e de exonerar
servidores, de adiar e de instruir decisões, de acolher e rejeitar propostas,
de engavetar processos, de comprar e vender sentenças, etc. Enfim, a
fragilidade de caráter de alguns incautos que exercem o poder, em todos os
níveis, desempenha o papel desonroso com que titulares permanentemente
materializam as mais lamentáveis determinações, desconstruindo valores e
fazendo vítimas.
No Poder Judiciário, o juiz é livre
no exercício de julgar e produzir sentenças. Não se pode desrespeitar o
princípio do convencimento do magistrado no seu ato de julgar. O que não se
admite é o convencimento da ausência de julgamento, com que magistrados travam
o direito das vítimas.
Não agir ou deixar de agir por
recomendação, ampliando prazos de dilação, fragiliza o conceito de integridade
da autoridade, equivale ou o coloca no mesmo nível tanto de quem vende
quanto de compra sentenças.
Diariamente, a mídia divulga o
domínio da malandragem fortemente presente em todas as esferas dos Poderes no
Brasil: Executivo, Legislativo e Judiciário. Escândalos prosseguem sucedendo em
dimensão e velocidade muito além da capacidade dos poucos honestos remanescentes,
responsáveis pela investigação, julgamento e punição dos culpados.
Malandros estão fortemente no comando
tanto da administração pública quanto da privada. E aí deitam e rolam –
quadrilhas organizadas com apoio da alta direção de Empresas operacionalizam
planos com que multiplicam o número de suas vítimas. A poderosa estrutura da
malandragem conta com o apoio da própria Justiça, quando o “julgamento” procede
de juízes inidôneos, tão corruptos quanto são os líderes da malandragem.
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