Elas provaram que lugar de mulher, também, é pilotando… avião!
Comandante da GOL Angelita Araújo posa para foto ao lado da copiloto Paula Ribeiro Petean (Foto: Divulgação …) |
Todo mundo sabe que as mulheres dominaram o mundo, mas ainda há quem estranhe ver alguém do sexo feminino exercendo determinada profissão. Essa é a sina vivida por Angelita Araújo, 42 anos, e Paula Ribeiro Petean, de 33. Com a maquiagem impecável e cabelos loiros invejáveis, quando o voo da companhia aérea GOL pousa, são elas que saem da cabine de comando. Aeromoças que foram atender algum pedido? Não. Uma delas é a comandante e a outra é a copiloto do avião.
Tamanha estranheza tem razão de ser, dentro da GOL, de 1600 pilotos e copilotos, apenas 29 são mulheres. É assustador saber que destas, só 6 ocupam o posto de comandante de avião. Com 19 anos vividos dentro do aeroporto, Angelita diz ter plena consciência que a raridade de sua profissão causa espanto nas pessoas. “Muita gente fala: ‘Nunca voei com uma mulher, nem sabia que existia mulher neste voo'”, disse. Mas mesmo acostumada a ouvir isso frequentemente, alguns motivos fizeram com que ela nunca se envergonhasse de seu sonho de guiar uma aeronave. “A melhor parte da aviação é que o tratamento é exatamente igual. Tanto no treinamento, nos procedimentos, no dia-a-dia… A cobrança é igual e o salário também!”, esclarece. Solteira, sua história com os aviões começou bem cedo. “Aos 5 anos, eu já dizia que queria dirigir um”, contou. E o sonho se concretizou. Sobre desistir? Nunca. “Quem entra na aviação não é porque gosta, é porque ama”, justificou.
Companheira de voo de Angelita, a copiloto Paula Ribeiro Petean confessa que percebeu cedo que queria voar, mas não aceitar ser aeromoça foi uma escolha bem difícil e até solitária. “Durante meu processo de formação, na turma de estudo só tinha eu. Já no aeroclube era eu e mais umas duas mulheres só”, explicou. Filha de pai comandante, ela diz que entrou pela primeira vez em um avião na barriga da mãe e desde que nasceu não quis saber de fazer outra coisa. Sobre sofrer preconceito, a copiloto deixa bem claro que se sente incluída, mas tem que ouvir brincadeirinhas. “Sou aceita, mas dizem pra mim: ‘Que sorte que o avião não dá ré, hein?’ ou então ‘Sorte que não tem que estacionar’, mas eu acho graça, nunca ouvi nada ofensivo de verdade”, revelou.
E é bom que as pessoas comecem mesmo a se acostumar a viajar guiados por elas. Entre 2014 e 2015, o número de pilotos mulheres contratadas pela GOL aumentou 21%. Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, realizado em 8 de março, a companhia aérea ainda promoveu dois voos em que toda sua tripulação era do sexo feminino. No dia, todos os passageiros receberam de brinde batons vermelhos e perfumes: os homens para presentearem as mulheres da sua vida e as mulheres para ficarem ainda mais belas. Anunciada pela comandante Angelita, a iniciativa arrancou aplausos de todos que estavam no avião. Ninguém torceu o nariz, ninguém achou besteira. Sim, os tempos mudaram! Que tal deixar os preconceitos de lado e mudar com eles?
Fonte: Por Redação Yahoo Brasil | Yahoo Mulher
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