EM CACHOEIRA, CIDADE HISTÓRICA E MONUMENTO NACIONAL
Assunto importante!
Fonte: INFORMATIVO CULTURAL
PITITINGA
Ata da reunião: 1°
Promotoria de Justiça da Cachoeira: (21/01/15)
Na reunião de hoje dia 21 de
janeiro, que aconteceu por volta das 09:00 horas, estiveram presentes na 1°
Promotoria de Justiça RAQUEL DE JESUS RODRIGUES (funcionária da Santa Casa),
GILSON AGRÁRIO NUNES DE OLIVEIRA (tesoureiro da Santa Casa), ROGÉRIO SANTOS
BISPO (representante da funerária São Felix), GILVAN PELEGRINO VELOSO (representante
da funerária União), JÚLIO CÉSAR COSTA SAMPAIO (Vereador de Cachoeira), MARIA
LÚCIA COSTA SANTOS ( Vereadora de Cachoeira), GILDÁSIO CALUMBI DA SILVA
(representante da Funerária A Crediária), com a finalidade de discutir
problemas relacionados aos serviços funerários do Município.
A princípio, foi dito pelo
Promotor de Justiça que: (a) o problema em tela relaciona-se á diferença do
tamanho entre as caixas funerárias vendidas pelas Funcionárias de Cachoeira e o
tamanho das carneiras do Cemitério da Piedade, administrado pela Santa Casa;
(b) em razão de tal inadequação as famílias dos mortos tem sofrido
constrangimento, pois por vezes é necessário quebrar a caixa funerária durante
o enterro para que ela entre nas carneiras; (c) as Funerárias alegam que as
caixas funerárias possuem um padrão imposto pelo mercado, sendo que não
produzem as caixas no município; (d) a Santa Casa alega que o Cemitério não
pode ser reformado, pois é tombado pelo IPHAN; (e) de início, é importante
ressaltar que as imposições do mercado não podem se sobrepor ao tombamento do
IPHAN; (f) caso haja dúvidas quanto a impossibilidade de reforma das carneiras
em razão do tombamento, será enviado ofício ao IPHAN para que esclareça a
situação: (g) por força do Código de Defesa do Consumidor, é obrigação das
Funerárias informar o consumidor, de forma ostensiva e clara, que as caixas
funerárias vendidas não são adequadas ao Cemitério da Piedade, vez que é o único
da cidade.
Disse o tesoureiro da Santa
Casa que: existe previsão para expansão do Cemitério da Piedade, inclusive com
área já reservada, todavia, ainda não foi executado em razão da crise
financeira da instituição; que as caixas não entram nas carneiras principalmente
em razão das alças, motivo pelo qual sugere a retirada das alças no momento do
sepultamento.
O senhor ROGÉRIO,
representante da funerária São Félix, disse que o padrão das caixas funerárias
aumentou por dois motivos principais, quais sejam, o desenvolvimento da
tecnologia do material utilizado nas caixas bem como em razão do próprio padrão
da população brasileira que mudou, sendo que atualmente as pessoas estão mais
obesas, isto é, as caixas funerárias fora do padrão são as mais vendidas atualmente:
que as caixas são divididas em padrão, gorda, super-gorda e baleia.
Na ocasião foram aventadas
as seguintes sugestões: (A) que as Funerárias mantivessem contato com os
fabricantes das caixas funerárias e dessem preferência, em Cachoeira, para as
caixas com alças afixadas com parafuso ao invés de prego, os quais poderiam ser
retirados no momento do sepultamento sem muito constrangimento; (B) que a Santa
Casa da Misericórdia, finda a sua crise financeira, amplie, o Cemitério da
Piedade: (C) que para retirada das alças seja utilizada uma parafusadeira
elétrica ou chave de fenda, ao invés de marreta, martelo ou facão, o que causa
maior constrangimento a família (D) que as Funerárias informem ao consumidor de
forma, clara e ostensiva, no momento da compra da caixa funerária , que esta
não se adequa ao tamanho das carneiras, sendo que no momento do sepultamento as
alças serão retiradas para entrarem nas carneiras; (E) que seja encaminhado
ofício ao IPHAN, a fim de ser eliminada dúvida quanto á possibilidade de forma
das carneiras; (F) que a Santa Casa de Misericórdia, no momento da contratação
dos serviços, informe consumidor de forma clara e ostensiva que as carneiras,
em razão de tombamento do Cemitério, não são adequadas ao atual padrão das
caixas funerárias.
Nota da Redação do Jornal O Guarany:
Nota da Redação do Jornal O Guarany:
Senhor Promotor,
No cemitério da Cachoeira, administrado pela Santa Casa, antes
não era assim. Até a década de 90, as caixas funerárias eram ajustadas nos
túmulos com absoluta facilidade. Muitos podem testemunhar
esta verdade. Este inconveniente apareceu de uns tempos para cá. Caso fosse antes, isto é,
nos anos 60, 70, etc., autoridades do período procederiam ao reparo. Em Muritiba, em Cruz das
Almas, em inúmeros outros cemitérios por aí afora, familiares não passam por
tal constrangimento na hora do sepultamento de seus entes queridos. As caixas funerárias vendidas
em Cachoeira não alteraram o padrão, pois, são da mesma procedência das que são
comercializadas em outras localidades. Resta saber se a administração do Cemitério, autorizado pelo IPHAN, ampliou, reformou os túmulos que integram
sua estrutura, até se os estreitou por conta da demanda do mercado da morte. Oficiar ao IPHAN quanto a possibilidade de reforma das carneiras é medida administrativamente correta, todavia, o Órgão vai exigir projeto, seus técnicos vão analisá-lo durante muito tempo. A (des)autorização padecerá de intolerável dilação, que se estenderá durante dias, meses e anos, sem quaisquer empatias e apreços às famílias dos futuros falecidos, que permanecerão passando pelo constrangimento mencionado.
É claro que algo está errado!
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