Ricardo Noblat
Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff
(Imagem: Reuters)
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Acabou a brincadeira. Saem os amadores progressistas,
desenvolvimentistas, esquerdistas – e lambanceiros – e entram em campo
os profissionais do poder. A se confirmarem os nomes dos novos
ministros, não teremos um governo Dilma 2, mas um Lula 3, já de olho em
2018.
Joaquim Levy no Ministério da Fazenda, Kátia Abreu na Agricultura e
Armando Monteiro Neto no Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
levam a algumas conclusões: a crise econômica e de governança é mesmo
grave. Tão grave que tem potencial para pulverizar as pretensões de Lula
de voltar ao poder daqui a quatro anos. Segunda conclusão: Dilma será obrigada a abrir mão de muito poder em
troca de consertar os imensos estragos de seu primeiro governo. Nem Levy
nem Kátia nem Armando Monteiro têm perfil de fantoches amedrontados
pelo mandonismo mal-educado de Dilma. Ou vão comandar de fato suas áreas
ou cairão fora.
Terceira conclusão: um governo Aécio não ousaria escolher um time tão
ortodoxo, tão neoliberal, tão à direita quanto os dois grandes
representantes do patronato agroindustrial e um queridão dos mercados.
Kátia Abreu, ex-UDR, presidente da Confederação Nacional da
Agricultura, começou a carreira política no DEM e é o terror do MST e
dos ambientalistas.
O usineiro pernambucano Armando Monteiro, do PTB, foi presidente da Confederação Nacional da Indústria.
E Joaquim Levy, ex-FMI, ex-aluno bem-amado de Armínio Fraga e da Escola
de Chicago, teve seu primeiro emprego no governo na segunda gestão de
FHC. É um craque em defender o rigor e a austeridade e em dizer não à
gastança. Duela a quien duela. Incluídos aí Dilma e o PT.
Que tal?
Vamos que vamos!
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