segunda-feira, 9 de junho de 2014

EM CACHOEIRA/BAHIA



“O meu maior anseio no momento é chegar à identificação e prisão dessa quadrilha”


Com a remoção do delegado André de Oliveira Alves, para Santo Antônio de Jesus,  assumiu o cargo de delegado titular  da Cachoeira,  o Dr. Antônio Carlos Sena Costa. 

Entrevistado pela jornalista Palloma Braga, do Jornal O Guarany, o novo delegado revelou a estrutura que projetou para garantir melhor segurança à comunidade.
Segundo delegado nomeado para comandar a Polícia Civil,  em Cachoeira este ano, Dr. Antônio Carlos Sena Costa, 41, atua como delegado de polícia há 5 anos. Formado pela Universidade Federal da Bahia – UFBA, advogou durante 10 anos e antes de Cachoeira foi titular da Polícia Civil na cidade de Nazaré das Farinhas, também no Recôncavo baiano.  
Nos últimos três anos, Cachoeira teve um aumento significativo no número de ocorrências ligadas ao tráfico de drogas.  As últimas operações da Policia Civil, em parceria com a PM, buscou resolver a situação de terror que se encontrava no bairro Ladeira da Cadeia. A facção ali instalada vinha assustando não apenas moradores do bairro, mas também toda comunidade. Evanilson Pereira, conhecido como Nico, Juraci Oliveira de Moura, ambos mortos em confronto com a polícia, e o Mailson Soares Brandão, o Bola, eram os chefes do tráfico no local. No dia 29/05, Bola resolveu se entregar à polícia, após  se sentir acuado com as mortes dos comparsas. 
Nomeado para titular da Polícia Civil de Cachoeira, no dia 16/05, o delegado Antônio Carlos diz que o anseio atual dele é identificar e prender toda a quadrilha que atua na Ladeira da Cadeia.

Entrevista:
Jornal O Guarany – O senhor foi o 2º delegado nomeado para Cachoeira este ano. Quais foram as dificuldades encontradas aqui?

Antônio Carlos - A dificuldade que a gente encontrou mais alarmante foi a situação na Ladeira da Cadeia, que estava realmente mais em evidência na cidade, e nós demos uma atenção especial junto com a Polícia Militar ao bairro e graças a Deus houve a prisão do Mailson (Bola). Agora a gente continua desempenhando as ações de investigação, tanto na Ladeira da Cadeia quanto nos outros bairros da cidade para começar a ter o conhecimento de onde atuar mais fortemente, principalmente, com relação ao tráfico de drogas e aos homicídios.

J G - Como foi a parceria entre Polícia Civil e Militar que resultou na prisão de Bola?
A.C. - A parceria é uma necessidade e as ações das polícias foram conjuntas para ter um resultado mais eficaz. Tanto nas ações de incursões no bairro, de identificação de pessoas ligadas ao grupo criminoso, quanto nas diligências efetuadas buscando a prisão dos envolvidos, como realmente acabou acontecendo.  Por conta dessas ações, o indivíduo se sentiu acuado e se entregou.

J G - Houve a prisão apenas do Bola?
A.C. - Além da prisão, houve uma situação de confronto com o Juraci, que era membro do grupo, e veio à óbito em tiroteio com a Polícia Militar. Alguns indivíduos, também do grupo, a gente já mapeou, identificamos os envolvidos com homicídios, com o tráfico de drogas e estamos ainda em investigação. As investigações continuam porque existem outros indivíduos envolvidos que ainda estão soltos e precisam ser presos.

J G - Quantos presos existem na Delegacia atualmente?
A.C. - Nós temos hoje 5 presos. Das últimas ações policiais apenas 1 estava preso aqui, mas foi transferido para Salvador por conta de ameaças, até contra a vida dele, por grupos rivais. Por uma questão de proteção e de segurança nós fizemos a transferência para Salvador, que foi o Maílson – o Bola.

J G - Com relação ao assassinato do jovem Evanildo de Jesus Matos, 21, morador da Ladeira da Cadeia, que seguindo amigos e conhecidos era inocente e não tinha envolvimento com tráfico, como andam as investigações?
A.C. - O Bola foi um dos autores, isto já está elucidado. Com relação aos outros indivíduos, nós já identificamos e estamos investigando para localizar e prender.

J G - Quais são as prioridades para segurança de Cachoeira?
A.C. - Hoje a prioridade é a Ladeira da Cadeia. Assim que nós conseguirmos identificar e prender a quadrilha, aí a gente vai mapear os outros bairros também. A gente tem algumas ocorrências de assaltos no distrito de Capoeiruçu e estamos atentos para a região, nós estamos fazendo incursões e diligências no sentido de investigar uma dupla que tem assaltado bastante pessoas na localidade.

J G - Tem alguma operação especial para o São João?
A.C - Sempre têm ações diversas das polícias tanto Civil quanto Militar e a Polícia Civil provavelmente vai fazer abordagens, incursões policiais, diligências na zona rural do município e também na sede.

J G - O que o senhor gostaria de falar para a comunidade de Cachoeira?
A C - Eu quero pedir à comunidade que continue fazendo o que eu senti aqui nesses dias de trabalho, são as denúncias anônimas, as pessoas têm colaborado com a polícia e eu espero que continuem colaborando, tanto ligando para o 3425-2161 e passando as informações, quanto para o 181 que é telefone das denuncias anônimas. É importante a população ajudar a polícia para que a gente consiga ter uma Cachoeira mais tranqüila.

J G - O que o senhor mais anseia durante seu  trabalho em Cachoeira?
A C - No momento, o meu anseio é conseguir prender esses indivíduos que estão causando essa situação de desordem na Ladeira da Cadeia. O meu maior anseio no momento é chegar à identificação e prisão dessa quadrilha.        



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