TJ-BA transfere único juiz da Comarca da Cachoeira
para São Felipe e movimento popular se organiza para protestos na próxima segunda
(03)
O TJ prossegue ignorando, em sucessivas ações de manifesto desapreço à
Cachoeira, agora enrije-se ainda mais contra os movimentos com que os Poderes
Executivo e Legislativo, advogados e povo, em geral, há anos reivindicam a
designação de magistrados para a comarca. A alta
direção da referida Corte Judiciária acabou de remover da Cachoeira, o juiz Paulo Elias
Severgnini para a comarca de São Felipe.
Fórum Teixeira de Freitas, sede do Poder Judiciário em Cachoeira/BA |
Enquanto moradores e advogados cachoeiranos se mobilizam desde o último
dia 16 de janeiro através de um abaixo-assinado que pede a designação de dois
juízes titulares para a comarca do município, o Tribunal de Justiça da Bahia
(TJ-BA) assumiu uma postura que segue em contramão ao movimento. Segundo o
advogado Nélson Aragão Filho, que endossa o ato público, os advogados de
Cachoeira ficaram perplexos com a notícia de que o mineiro Paulo Elias
Severgnini, juiz designado como substituto para toda a comarca local, nas varas
Criminal, Cível e Eleitoral, foi transferido em caráter imediato e abruptamente
para atuar no município de São Felipe, também no Recôncavo Baiano. A ordem
segundo o próprio juiz foi dada pelo TJ-BA e surpreendeu até mesmo a ele,
recém-concursado que assumiu há menos de 90 dias a missão de dar andamento a
mais de 6 mil processos que se acumulam no Fórum Municipal Teixeira de Freitas.
A cidade que há cerca de 15 dias tem se mobilizado cobrando do TJ-BA mais
celeridade para justiça na comarca já registra quase 6 mil assinaturas das 10
mil estimadas como meta pelo abaixo-assinado. O município está sem juiz titular
civil há mais de seis anos e perdeu em outubro de 2013 a titular da vara
criminal, e por isso vive uma situação jurídica complicada e entravada. Na
próxima segunda-feira (03), a partir das 16h, o movimento popular sairá da Praça
Dr. Milton (Praça do Bradesco) seguindo pelas ruas da cidade até a localidade
da Rua da Feira, em uma caminhada que conta também com o apoio de empresários,
comerciantes e comerciários que irão baixar as portas em ato de repúdio à
atitude do TJ-BA.
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