Paiva
Netto
Ao comentar aqui sobre a camada de ozônio do
planeta, prometi voltar ao assunto, intrinsecamente ligado à nossa
sobrevivência. E inicio citando trecho de reportagem da Agência Estado,
assinada por Jamil Chade: “Segundo a ONU, a agência espacial americana (Nasa) e
300 cientistas de todo o mundo, a capa que protege a vida na Terra dos níveis
nocivos da radiação ultravioleta parou de diminuir, mas não começou a se
recuperar. O estudo mostrou que os gases que provocavam a perda da camada de
ozônio foram substituídos com sucesso. Porém, em seu lugar são usados produtos
que poderão impactar de forma mais intensa as mudanças climáticas, se não
houver controle”.
Uma esperançosa notícia que certamente merecerá outros
estudos e análises dos especialistas no tema. Acompanhemos os acontecimentos
sem perder de vista que muito ainda precisa ser feito para ficarmos livres
desse tormento.
OS SETE FLAGELOS E AÇÃO HUMANA
Chamou a atenção dos meus leitores a similitude da
mensagem do Apocalipse de Jesus, no Quarto Flagelo, 16:8 e 9, com o tema em
questão: “O quarto Anjo derramou a sua taça sobre o sol, e lhe foi dado afligir
os homens com calor e fogo. Com efeito, os homens se queimaram com o intenso
calor, e blasfemaram o nome de Deus que tem a autoridade sobre estas pragas, e
não se arrependeram para lhe darem glória”. Uma linguagem profética de há quase
dois mil anos que diz muito dos tempos atuais. Apesar do conhecimento que se
têm dos efeitos nocivos de uma exposição exagerada ao sol, há quem isso não
reconheça (que significa "ranger os dentes contra Deus") e se coloque
entre os que poderão desenvolver, por exemplo, câncer de pele, catarata ou
outras doenças.
AVISOS DO SUPREMO CRIADOR
Trago, por oportuno, trecho de improviso
radiofônico, de 1991, com a análise dos Sete Flagelos, na série “A Instituição
dos Diáconos”, que apresentei nas aulas do Apocalipse de Jesus para os Simples
de Coração:
(...) Advertiu um mentor das Claridades Divinas que
— “Se a semeadura é livre, a colheita é obrigatória”. Daí entendermos o porquê
dos Sete Flagelos, citados nos capítulos 15 e 16 do Apocalipse. Trata-se da
vindima de uma semeadura irresponsável. Paulo Apóstolo aconselhou, em sua
Epístola aos Gálatas, 6:7: “Não vos deveis enganar, porque Deus não se deixa
escarnecer; aquilo que o Homem semear, isso mesmo terá de colher”.
Vamos ao versículo primeiro do capítulo 15 da
Revelação de Jesus segundo João — Os Sete Flagelos: “E vi no céu outro sinal
grande e admirável, sete Anjos que tinham os sete últimos flagelos, pois com
estes se consumou a Cólera Divina”.
Um sinal do céu já é algo muitíssimo significativo.
Mas João faz questão de ressaltar que este outro sinal é grande e admirável. É
como a nos chamar a atenção para o fato de que não podemos andar distraídos
diante do que nos poderá sobrevir, pois a manifestação celeste é realmente
grandiosa, admirável mesmo: nada menos do que Sete Anjos traziam os Sete
Flagelos, que eram os últimos da série de coisas graves — por que não dizer
terríveis? — que nós, Seres Humanos, fomentamos pelos milênios, tais como os
males causados à camada de ozônio, muito mais prejudiciais do que pode imaginar
a Humanidade desatenta, principalmente os jovens, tão esperançosos no futuro;
porém, em sua maioria, distraídos dos avisos do Supremo Criador de todos nós.
O EXEMPLO DO TELHADO
Para ilustrar essa realidade realmente
apocalíptica, criada pelos homens e não por Deus, é como se, levianamente,
tivéssemos derrubado o telhado de nossa casa e exposto a família e nós próprios
às intempéries, em um clima já afetado pela irresponsabilidade de seres
gananciosos. Só que o “aguaceiro” que cai do Cosmos, atravessando o
telhado aberto no topo atmosférico da Terra, deixa passar coisas piores que
chuva, mesmo quando ácida. Aí está algo sobre a ação dos Sete Flagelos,
provocados pela nossa incúria, que reforça a validade dos alertamentos divinos
contidos no Livro das Profecias Finais. Exemplo disso temos na descrição do
Sétimo Flagelo, capítulo 16, versículo 21 do Apocalipse: “Também desabou do céu
sobre os homens grande chuva de pedras que pesavam cerca de um talento; e, por
causa do flagelo da saraivada, os homens blasfemaram de Deus, porquanto o seu
tormento (causado pelos próprios Seres Humanos) era sobremodo grande”.
Temos, portanto, que — perdendo o medo do
Apocalipse — serenamente desvendar suas advertências, enquanto há tempo, e
criar juízo para defender nossas vidas, porque a esperança é infinita. (...)
Inspirado no Cristo, tenho afirmado: o Ser Humano
preferencialmente cresce quando desafiado pelos problemas da existência. Por
isso, também com o pensamento elevado ao Divino Educador, venho lembrando a
Vocês que é nos momentos de crise que se forjam os grandes caracteres e surgem
as mais poderosas nações. Quando estamos integrados em Deus, as dificuldades só
nos fazem crescer. Ensinam-nos a lutar com acerto.
José de Paiva
Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br —
www.boavontade.com
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