O Deputado federal João Campos, explica os motivos que fizeram que ele pedisse a retirada de tramitação do projeto PDC234/2011, conhecido como ‘Cura Gay’. |
O pastor e deputado federal João Campos, em uma
entrevista explicou os motivos que fizeram que ele pedisse a retirada de
tramitação do projeto PDC234/2011, mais conhecido como ‘Cura Gay’.
Campos, que é o criador do projeto, disse que não
pediu a retirada do projeto por ter medo de que ele não seria aprovado pelo
senado, mas que tinha convicção que o mesmo seria rejeitado, na medida em que
seu partido o PSDB, se manifestou contra o projeto, que o fez reconhecer que
seria rejeitado.
“Convencido dessa situação não havia então porque
mantê-lo”, disse Campos, no entanto ele afirma que observou uma movimentação de
alguns lideres da Câmara, para que aprovasse um requerimento de urgência a fim
de levar o projeto para o plenário. “Ora, isso seria permitir que essa casa e o
governo usassem esse projeto, para mudar o foco em relação as prioridade das manifestações
populares”, explicou o parlamentar, dizendo que os focos das manifestações são
“a prioridade que estamos vendo nas ruas do Brasil é outra, é prender os
mensaleiros, é qualidade em relação a segurança, educação, a saúde, é acabar
com a impunidade, com a corrupção…”, explicou Campos, afirmando que o governo e
a câmara queria mudar o foco usando a PDC 234.
Ao ser questionado se ele se sentiu traído pelo PSDB,
ao emitir uma nota se manifestando contra o projeto, Campos foi enfático em
dizer que “Eu me senti desconfortável,
eu acho que o partido deveria ter agido diferente, poderia ter dialogado
comigo”, lamentou Campos, “o partido se quer contestou a minha tese, nesse
sentido me senti desconfortável.”
Sobre reapresentar a proposta no futuro, Campos
explica que hoje só pensou em sua retirada da tramitação. E diz que não se
arrependeu de apresentar o referido projeto e que mantém todas as mesmas
convicções que o fizeram criar, e conclui dizendo que a “resolução do Conselho
Federal de Psicologia é um absurdo, ela tráz profundas violações dos direitos
humanos de psicólogos e de homossexuais, e é uma agressão a nossa Constituição
Federal, ela é um absurdo. Eu não mudei minhas convicções, continuo defendendo
isso, apenas me antecipei em função da posição de meu partido.”
Assista ao vídeo:
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