Comentando a opção do termo "presidenta"
pela presidenta Dilma Rousseff
Por Prof. Pedro Borges
A
lingüística instrui flexibilidade na manifestação da expressão verbal e escrita.
Não há quaisquer desfigurações ao sentido etimológico dos termos em suas
flexibilizações. Há palavras que sustentam presenças de letras iguais, no seu
corpo, como: gerente, dirigente, etc., em cuja estrutura, nos exemplos
expostos, permanece o conjunto “nte”. Exemplos: O ouvinte, a ouvinte, o parente, a parente. Palavras
que integram este grupo podem ser masculinas ou femininas, basta precedê-las do
artigo “o” ou “a” para caracterizar o gênero. Em alguns
casos, embora raros, o uso fixa como alternativas as formas exclusivamente
femininas, em que o “e” final dá lugar a um “a”. Um desses casos é o de
“parenta”, forma exclusivamente feminina e não obrigatória, pode-se dizer
“minha parente” ou “minha parenta”, por exemplo. Outro exemplo é
justamente o de “presidenta”: pode-se dizer “a presidente” ou “a presidenta”. Quando as
regras da etimologia e da gramática não se sustentam nas expressões do uso
comum, então é a gramática que deve mudar, pois, a gramática foi feita para a
língua, e não a língua para a gramática. Razão por que a primeira mandatária do
Brasil, Sra. Dilma Rousseff, tem o direito de optar por ser chamada “presidenta”.
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