Condenado pela 5ª Vara Criminal do
Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) a cinco
anos de prisão em regime semiaberto, nesta terça-feira, o bicheiro
Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, responderá em liberdade
pelos crimes de formação de quadrilha e tráfico de influência. Ele
também foi condenado ao pagamento de 50 dias-multa, embora o valor exato
não estivesse imediatamente disponível no tribunal. O regime semiaberto
é aquele no qual o réu pode passar o dia fora do presídio e dormir na
cadeia. Segundo a legislação, a pena em regime semiaberto deve ser
cumprida em uma colônia agrícola ou industrial.
Tão
logo soube da sentença, no início desta noite, Cachoeira avisou que
iria recorrer da decisão. Ele foi preso durante a Operação Saint-Michel
da Polícia Federal (PF). A apelação aparece no andamento do processo no
TJDFT. Cachoeira foi condenado pela juíza do caso, Ana Cláudia Barreto.
Segundo a defesa, assim que o empresário foi notificado da decisão no
Presídio da Papuda, em Brasília, manifestou inconformismo ao próprio
oficial de Justiça, que registrou a informação no processo. De acordo
com o Código de Processo Penal, as sentenças definitivas emitidas por
juízes podem ser apeladas em prazo de cinco dias após a notificação.
Além
de Cachoeira, mais sete réus ligados ao empresário figuram no processo,
mas o TJDFT ainda não informou a decisão para cada um deles. O
andamento do processo registra que Gleyb Ferreira da Cruz, um dos
principais assessores de Cachoeira que também está preso, já apelou da
decisão. Na sentença de condenação, a juíza Ana Cláudia Costa Barreto,
da 5ª Vara, expediu alvará de soltura em favor de Cachoeira. Segundo a
assessoria de imprensa do TJ do DF, o alvará foi expedido porque a
prisão não é mais preventiva, uma vez que há condenação.
Segundo
o advogado de Cachoeira, Nabor Bulhões, o bicheiro será solto porque
tem o direito de recorrer da decisão em liberdade até o trânsito em
julgado da ação (quando não há mais possibilidade de recurso), mas a
informação não foi confirmada pelo TJ. A equipe do advogado Bulhões
esteve no presídio da Papuda para acompanhar o cumprimento do alvará de
soltura.
Cachoeira
foi condenado especificamente, segundo o Tribunal, por tentar fraudar o
sistema de bilhetagem do transporte público de Brasília. Segundo a
investigação, durante a Operação Saint Michel, da Polícia Civil do
Distrito Federal, ele tentou forçar uma dispensa de licitação para a
contratação de um sistema de bilhetagem de origem sul-corena. A Saint
Michel é um desdobramento da Operação Monte Carlo, que apurou o
envolvimento de agentes públicos e empresários em uma quadrilha que
explorava o jogo ilegal e tráfico de influência em Goiás.
Cachoeira
durante sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que
investiga relações do contraventor com políticos optou por ficar em
silêncio, mas será indiciado no relatório final a ser apresentado nesta
quarta-feira.
Fonte:Folhadosertao/correiodobrasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário