Por Prof. Pedro Borges dos Anjos
O
candidato deve se apresentar ao público fundamentado num protocolo de
intenções com que possa influenciar na vontade do eleitor, no seu
raciocínio crítico.
Fazer
opção entre dois planos ou duas propostas, no expediente político,
deverá ser uma tarefa da razão. A emoção, com seus excessos, jamais
deveria nortear ou determinar a inclinação do eleitor.
O
eleitor deve escutar a colocação das questões importantes e fazer a sua
opção de acordo com as luzes de sua própria inteligência. A decisão que
vier a tomar poderá deixar marcas favoráveis ou funestas que muito
influenciarão na vida das pessoas, das instituições e da comunidade.
Para
que se possa sustentar a convicção de que seremos amanhã mais do que
somos hoje e mais do fomos ontem, haveremos de contemplar as nossas
decisões com a honradez do nosso caráter e com absoluta certeza de que
somos capazes de construir o progresso e promover o bem-estar da
coletividade, em proporções amplas, livres dos limites das consciências
ordinárias dos impostores.
A
campanha política deve se constituir numa das experiências mais
agradáveis e úteis de nossa vida. Quaisquer que sejam as convicções
políticas dos candidatos, sejam suas propostas, o seu caráter, sua
formação, a expressão maior para servir de parâmetro à escolha do
eleitor.
Deve
haver um esforço para que a campanha seja uma atividade em que a
inteligência possa ter o seu império inconcusso, a isenção o seu domínio
legítimo, a elegância moral o campo vasto dos gestos bem medidos. A
campanha deve se constituir num expediente onde os julgamentos dos
concorrentes fecundem a amizade, nunca a desafeição, onde a divergência
aproxime, jamais separe.
Editorial
do Jornal O Guarany, em sua versão impressa, edição No. 03, de Novembro
de 1990, imaginado pelo Prof. Pedro Borges, há 21 anos, cujos valores
permanecem os mesmos para os dias de hoje, pois, passado, presente e
porvir, tudo é atualidade, na expressão deste raciocínio.
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