Razão por que reajo ao arbítrio e ao fanatismo Por Pedro Borges dos Anjos Professor e Jornalista Editor-Chefe do Jornal O Guarany
Reajo corajosa e veementemente contra a quem busca subjugar integrantes da sociedade e de segmentos organizados através de Atos autoritários, ditatoriais. Gente dessa espécie vive a instruir comandados como que seus sentimentos, seus pensamentos e desejos não têm a menor importância, como se fossem ninguém, despossuidos da capacidade de raciocíonio, e devem viver comandados sob a atmosfera do arbítrio emanada de sua postura autoritária. Foi assim que o "pastor" Jim Jones determinou e conseguiu materializar o suicídio de 916 integrantes da sua seita Igreja Templo do Povo, segmento fanático-religioso erigido no território da Guiana. Os que reagiram, alguns foram assasinados, muito poucos livraram-se da sanha assassina do mencionado maluco, travestido de pregador evangélico.
Fique por dentro da história:
Fanatismo Religioso Templo dos Povos
Jonestown
O Inferno do pastor Jim Jones
Talves você, que tem menos de 35 anos de vida, não conheça a história da seita Templo dos Povos, fundada por Jim Jones. Este homem, com cerca de 40 anos, reuniu oprimidos e marginalizados nos EUA (em geral de raça negra) em troca de bens (dinheiro, terrenos, casas…) que ajudaram a consolidar a sua Obra(seita), logo auto-denominada de Igreja, o Templo dos Povos (TEMPLE OF PEOPLES). Rapidamente se formou um séquito de fanáticos e o pastor acabaria por fundar a cidade de Jones – Jonestown – na Guiana, em 1977. Quando começou a ser perseguido pelas autoridades dos EUA, Jim Jones ordenou a ida de todos os fieis para Jonestown, abandonando as sedes da seita nos Estados Unidos.
Já em Jonestown os crentes eram obrigados a admirar os seus discursos (dia e noite) e quaisquer resistências acabavam num espancamento, dito justiceiro. A fidelidade em relação ao Mestre não se discutia e eram freqüentes as denúncias entre familiares como prova de lealdade. Era absolutamente proibido opinar acerca das regras estabelecidas e sequer sugerir o abandono. Jim Jones punia severamente aqueles que tentavam abandonar a seita. Uma vez, num simulacro de suicídio coletivo, Jim Jones quis testar a lealdade incondicional dos seus seguidores. Para isso, pediu a todos os membros da seita para beberem veneno. Todos beberam e só posteriormente se confirmou que a bebida era inofensiva.
Jim Jones durante seus "sermões"
Entretanto, de Jonestown chegavam à América notícias dos desvarios do líder da seita que incluíam orgias sexuais com crianças. O congressista pela Califórnia Leo Ryan, respondendo às solicitações dos eleitores, disponibilizou-se para ir à Guiana. No dia da visita a Jonestown, após verificar o desejo de alguns dissidentes em regressar aos EUA, apercebeu-se que realmente algo de muito grave se passava ali e fez com que Jim os libertasse. Este cedeu, mas quando Leo Ryan e os agora “ex-seguidores” se deslocavam para o avião, foram abatidos a tiro numa emboscada juntamente com dois jornalistas. Jim Jones apercebeu-se que o fim da seita estava por chegar, pois o governo dos EUA iria agir em perante a gravidade da situação.
Na mesma hora o “pastor” reuniu o “rebanho” para o último “sermão”. Falou dos inimigos preferindo a suposta honra da morte à rendição, exigindo que todos ingerissem um refresco de cianeto. E assim morreram, cerca de 913 pessoas. Três seguidores, que já algum tempo tentavam a fuga, conseguiram nesse mesmo dia fugir para a selva. Mais tarde, os sobreviventes contaram que as mães metiam o veneno na boca das crianças enquanto as famílias esperavam serenamente pelo desenlace. Morreram bebês, crianças, mães, pais, avós… Jim Jones suicidou-se com um tiro na cabeça.
Assista a esses dois videos e veja a reportagem na integra.
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