quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

CACHOEIRA/SÃO FÉLIX/BAHIA

Em memória do ex-deputado Pirinho

Hoje faz 21 anos que Pirinho foi acometido de um enfarte fulminante. Faleceu, mas sua contagiante presença, o seu exemplo, o seu caráter, seus valores permanecem vivos em quantos o conheceram e integravam o seu amplo quadro de amigos e correligionários. Entre muitos, eu me incluo, semelhante ao escritor e jornalista Erivaldo de Souza Brito, que lá na cidade do Rio de Janeiro, onde reside, produziu a crônica abaixo, com a qual traz o passado ao presente, provando que para personalidades da expressão do saudoso Pirinho, o passado, o presente e o futuro tudo é atualidade.
Pedro Borges dos Anjos
Editor-chefe do Jornal O Guarany



Eis a crônica:

MEMÓRIA
PIRINHO - UMA LIDERANÇA POLITICA AINDA VAGA
POR ERIVALDO BRITO


A história e a vida de Raimundo Rocha Pires, - Pirinho -, esse grande e saudoso baiano, estão a carecer de uma biografia bem elaborada a fim de alçá-lo à Galeria de Cachoeiranos Ilustres. É uma lacuna a ser preenchida, portanto, por alguém de maior envergadura literária do que o pobre memorialista.
Deve-se-lhe, também, a Cachoeira, sua terra natal, colocar o seu honrado nome em algum novo logradouro da cidade, numa prova de reconhecimento de uma vida pública como lídimo representante de uma terra empapada de tradição, feitos e vultos ilustres.
Conheci Pirinho recém-formado em odontologia, ponta direita do time do Real Atlético Clube cachoeirano, grande incentivador do basquetebol e professor catedrático do antigo Ginásio Estadual da Cachoeira. Ele foi professor dos meus irmãos Erione e Evandira, granjeando enorme popularidade entre o alunado pela metodologia, a dinâmica e a moderna comunicabilidade à disciplina que ministrava.
Pari passu ao magistério, Pirinho exercia a profissão de dentista com um bem montado e moderno gabinete no Edifício Hilda em São Félix. Foi lá que mantivemos o primeiro contato pessoal. Eu não havia dormido a noite toda, infernizado por um dente que nem Guaiacol deu jeito. Identifiquei-me como irmão de dois de seus alunos. Ele sorriu e fez elogios a ambos classificando-os de “alunos aplicados”.
Mandou que eu abrisse a boca e, na maior intimidade deu-me uma bronca: “Ô bandido, como é que você deixou ficar nesse estado? Não tenho como reparar com uma obturação, vai ter mesmo de extrair”, disse-me ao mostrar uma radiografia.
A grande novidade, - pelo menos para mim -, foi quando ele passou um produto na minha gengiva e eu nem senti a picada da agulha do anestésico. Não senti dor alguma. E ele exibindo a raiz com um pequeno pedaço do que restou da dentina como um troféu, ainda curtiu com a minha cara falando como os antigos faziam quando arrancavam os dentes de leite das crianças:
- Leve e jogue fora no rio dizendo boticão, boticão, leve o meu dente podre e me dê um são!”
Pirinho resolveu ingressar na vida pública disputando o cargo de chefe do Executivo de São Félix, onde ele possuía uma boa base familiar deixada pelo seu pai, Artur Pires e o sogro Dr.Nogueirol que inclusive havia sido prefeito por lá. A vitória foi retumbante. O apoio voluntário de seus alunos foi quase unânime a ponto de várias pessoas pedirem a mudança de domicílio eleitoral. Estava nascendo um novo líder político na região.
Durante a cheia do rio Paraguaçu em março de 1960, - ele já havia sido escolhido orador do 25 de Junho, pela primeira vez -, atravessando a quase instransponível montanha deixada pelas baronesas na semi-destruída ponte D. Pedro II, fui entrevistá-lo para o jornal A Tarde. Eu era o chamado “foca” respaldado pelo meu primo, Antonio Loureiro, que era Secretário do referido jornal.
Pirinho já era nome conhecido da mídia pelo fato de haver criado uma celeuma com o poder Judiciário. Ao passar pela prefeitura numa tarde de domingo, Pirinho foi alertado de que a prefeitura estava aberta. Era o juiz de direito Dr. Cavalcanti que havia entrado e estava na sala onde funcionava o fórum local. Pirinho não tomou conhecimento, foi lá e trancou a porta! O meritíssimo gritou, esbravejou, disse impropérios, palavras chulas e a patuleia adorou com o fato inusitado. Era o que se comentou na Região durante muito tempo gerando uma publicidade positiva a um prefeito ilustre e operoso que havia revelado um espírito altamente progressista. Então, amigos, o óbvio aconteceu: Pirinho iria disputar uma vaga para deputado estadual. Foi uma eleição fácil.
Na Assembléia Legislativa do Estado, Pirinho teve papel destacado, sobretudo na luta para a construção da barragem de pedra do cavalo e na solução para as enchentes periódicas que assolavam as duas cidades. Chegou a convocar o engenheiro Américo Simas que havia elaborado um projeto de construção de múltimo barramento do rio, ou um túnel que seria escavado do lado de São Felix com entrada no Varre Estrada e saída depois do farol, numa cota que, o volume de água chegasse a certo nível passaria a fluir as águas através do citado túnel, e não inundaria as duas cidades.
Foi dele, também, o projeto que considera o 25 de Junho feriado escolar em todo o estado da Bahia.
Não obstante ter sido um dos mais atuantes deputados, dedicando-se inteiramente à ingente tarefa de pessoalmente assistir aos mais carentes que o procuravam, avesso a conchavos e subserviência, faltava-lhe naturalmente recursos pecuniários para uma campanha política cada vez mais cara. Amigos seus, - dos quais humildemente me incluo -, custeavam faixas, impressos, aviar receitas médicas, remédios grátis, disponibilizar viaturas e ajuda para combustível.
No ano de 1973, deu-se a incorporação do antigo Banco da Bahia do qual eu era funcionário pelo Banco Brasileiro de Descontos – Bradesco-. Três anos depois, gozando de privilégios como gratificação de balanços (junho e dezembro), julina e natalina, além do 13º salário, fui considerado “caro”. Como era optante pelo FGTS, fui dispensado. Deixei de usar gravata e passei a andar de tamancos, pois eu passei a trabalhar na Fábrica de Papéis Tororó exatamente no setor de distribuição de produtos químicos usados na produção de papéis.
Certo dia, o meu saudoso amigo e vizinho professor Renato Queiróz, sem nada me dizer, deslocou-se até a pequena Chácara de Pirinho. Em lá chegando foi uma surpresa geral, afinal Renata jamais havia estado por lá. Pediu licença aos presentes e chamou Pirinho em particular para falar sobre as minhas dificuldades. A pergunta de Pirinho foi óbvia: “Por que Erivaldo não me procurou?” E Renato pintou com tintas negras a situação: “Pirinho, ele está fumando um cigarro e apagando pra fumar outras vezes!” Pirinho não se fez de rogado, no mesmo dia foi à minha procura, me abraçou dizendo uma frase que eu nunca mais esqueci: “Agora é a minha hora de ajudar você!”
Meus amigos, a emoção foi tão forte que, ainda hoje, enchi os olhos de lágrimas ao relembrar o fato. A longevidade é assim mesmo, deixa a gente emotivo demais.
Em Salvador, estive com Pirinho na residência do Dr. Antonio Carlos Magalhães. O poderoso político baiano deu-me uma recomendação ao Dr. Ângelo Sá, presidente do Banco Econômico que passou a bola para tal de Paulo Maciel, diretor de pessoal que marcou o meu retorno para a semana seguinte.
No dia agendado, fui recebido por uma funcionária que me encaminhou a uma sala onde dezenas de pretendentes a uma vaga estavam sentadinhos aguardando as provas.
Retornei a sala do diretor de pessoal que foi taxativo: o senhor terá de fazer um teste, pois é uma norma da empresa. Tive vontade de perguntar-lhe se havia feito algum teste para ser diretor, porém a prudência e a necessidade levaram-me a fazer-lhe um desafio:
“Doutor Maciel” – disse-lhe -, “realmente não estou preparado para submeter-me a um teste com disciplinas que já não lembro mais, no entanto, posso descer agora mesmo para a agência e trabalhar em qualquer setor que o senhor determinar”.
E ele realmente estava inflexível e eu mantive a posição que a minha dignidade de bancário com uma carreira de quase 15 anos exigia.
Conversei com Pirinho. Ele pensou em retornarmos a ACM. Face ao adiantado da hora, fomos até ao apartamento do professor Pedro Borges, que não obstante ser pego de surpresa, ofereceu-nos um lauto almoço, um cozido se não estou enganado. Pedrinho mantinha o Policenter em Salvador e era inclusive professor particular do próprio ACM.
A proposta do Econômico, depois que eu “ousei” em desafiar o diretor de pessoal era salário de inicial de carreira, ou seja, não daria nem para morar em um pensionato de quinta categoria.
No sábado, Pirinho foi-me buscar e fomos até a fazenda do pecuarista Benedito Luz. Com um simples telefonema de Benedito, fui admitido na Pedreira Valéria, do grupo Odebrecht com um salariozinho pouco melhor. E ia levando, quem sabe no futuro a coisa não melhoraria?
Num final de semana encontrei-me com Pirinho e fui franco, estava pagando para trabalhar. Ele então marcou comigo e fomos ao encontro do diretor técnico da Desenvale, o engenheiro Manoel Quintas e o presidente Domingos Lavigne. Saí já empregado e o que era melhor,em casa,nas obras de Pedra do Cavalo. Então passei a conviver mais próximo de Pirinho. Em uma de suas campanhas fizemos uma viagem longa até Sobradinho a fim de encontrarmos com Renato Rosal, prefeito local e costurar o seu apoio. Pirinho já era amigo do irmão dele, o médico Rui Rosal, que sucedeu Pirinho, depois, na presidência do Vitória.
Durante a longa viagem, fomos cantando velhos sucessos musicais. Pirinho gostava muito da marcha “Bandeira Branca” e elogiava o repertório de Ari Vicente, velho companheiro de viagem e de quarto onde tive de aturar os seus roncos e flatulências. Coisa de louco!
Lembro-me que Pirinho dizia o seguinte, quanto ao repertório de Ari Vicente: “Ari não se aperta, quando a memória falha ele inventa uma letra de sua autoria e pronto, a parceria está feita!”
Havendo constituído um novo casamento com a minha primeira namoradinha de infância, fomos visitá-lo certa noite de sábado. Pirinho veio receber-nos com aquele tradicional sorriso e a inseparável bermuda branca A minha esposa apresentou-se como uma pessoa que havia frequentado o chalé de Artur Pires quando menina, que era amiga de Licinha, (esposa de Humberto Oliveira). Quando ela falou que era filha do advogado Luiz Soares, Pirinho relembrou quanto o pai dele era amigo do pai dela, a ponto de haver batizado um dos seus irmãos com o nome de Luiz Artur.
Muito bem humorado, Pirinho contou-nos um caso interessante. Certa feita o seu pai resolveu fazer um escaldado de perus (assim mesmo no plural, pois foram várias as aves), e convidar os mais famosos gastrônomos das duas cidades E Pirinho nomeou alguns: Luiz Soares, Laudilio Melo, Walter Gavazza, Zeca Santana.


Com a palavra, Pirinho:
- Ao término do banquete, sabe que foi o maior glutão, quem mais comeu?
A minha mulher pensou, o óbvio:
- Papai!
E Pirinho dando aquela gargalhada:
- Quem ganhou foi Salu!
- Salu?
Para confirmar, Pirinho disse:
- Pois é... Salu! E olha que ele era mais magro do que é hoje!
A passagem de Pirinho à frente do futebol cachoeirano foi altamente positiva. Com o seu inegável carisma e liderança, com a sua presença direta, arregimentou forças para concretizar um velho sonho dos esportistas cachoeiranos: a construção do seu estádio de futebol, o 25 de Junho, fundamental para a conquista de vários títulos intermunicipais.
Como presidente do Vitória – ele era torcedor do Ipiranga -, fez uma administração notável. Além de montar uma equipe de respeito onde despontavam jogadores do quilate de Osni, José Júlio e Mario Sérgio, o técnico era o consagrado bi-campeão mundial, Aimoré Moreira.
Foi ele, também, quem deu início às obras do hoje Estádio Barradão
No ano de 1983, Pirinho estava encarando um novo desafio: impulsionar o Jockey Club de Salvador. Aquela tosse que sempre o incomodava e que ele próprio atribuía ao tabagismo, por fim se identificava: um enfarto do miocárdio fulminante. A notícia divulgada pelo noticiário da televisão foi impactante para mim e minha esposa. Tive a mesma sensação de perda ao ler no blog de O Guarany a notícia de que se completam já 21 anos no dia 12 do corrente elaborando esta pálida homenagem a uma grande líder político cuja ausência e cuja perda não foram preenchidas até hoje.


Flashes inesquecíveis:

Na sessão solene do 25 de Junho de 1975, o então deputado Pirinho adentra ao salão da Câmara,convidado para sentar-se num lugar de honra do plenário da Casa.
Da esquerda para a direita: Adjarva dias, Pirinho, o poeta Waldemar Menezes, Nelson Burgos e Erivaldo Brito. Pirinho estava sendo homenageado na Desportiva do Paraguaçu.
A torcida do Vitória até hoje tem saudade de Pirinho, que aparece na foto sendo homenageado com uma corbelha de flores.

Vejam no cartão a seguir como o saudoso deputado Pirinho dirigiu-se ao jornalista Erivaldo Brito, expressando-lhe gratidão por algo. O Cartão, com o timbre da Assembléia Legislativa da Bahia, redigido do próprio punho do emitente, no dia 20/12/1979, merece reflexão, tendo em vista como a manifestação do agradecimento ultrapassou o tempo, ante a reconhecida evidência de poder ser aplicada 33 anos depois, quando homenageamos a sua memória, que continua fortemente presente em cada um de nós, ao nosso lado, em nossas lembranças, como se entre nós esteja a comunicar-se com o mesmo entuasiasmo e brilhantismo do passado.

Assembléia Legislativa da Bahia
20/12/79
Erivaldo, bom amigo,
Muito grato pela sua lembrança.
Tudo de bom para os seus familiares.
Abraços,

Pirinho




8 comentários:

  1. Este foi de fato um grande político. Era carismático. Tinha atenção e consideração aos amigos e aliados políticos e ao povo em geral. Realizações, nomeações para cargos de confiança, muitos empregos e bons, até de fiscal de renda do Estado Pirinho conseguia com os governadores. Ele era afilhado do governador Juracy Magalhães. Juracy deu a região a ele. Graças a esta relação, a estrada de Cachoeira/Santo Amaro foi asfaltada. Foi uma festa no dia da inauguração: O governador veio e quando entrou em território cachoeirano, o velho Juracy Magalhães colocou Pirinho ao lado dele no carro oficial para acompanhar todo o percurso. Houve uma festa neste dia no chalé do Sr. Artur Pires, pai de Pirinho. Depois de Juracy veio Lomanto Júnior que era amigo pessoal de Pirinho, depois brigaram e depois ficaram de bem. Depois veio Luiz Viana, e depois ACM que não cumpriu o que tinha acertado com Pirinho, então Pirinho rompeu com fazendo um veemente discurso na Assembléia Legislativa. Eu estava lá no dia. A imprensa levou mais de uma semana noticiando o discurso de rompimento do deputado Pirinho com o governador ACM. Pririnho fez revelações consideradas inéditas e temerosas sobre ACM desde o tempo de jovem. Via sempre o Prof. Pedro Borges com Pirinho e o Prof. Álvaro. Por indicação do Prof. Pedro Borges, em uma das reuniões que Pirinho fazia na casa do Prof. Álvavo, eu sei que ele não se lembra mais, eu fui nomeado para trabalhar na Rede Ferroviária Leste Brasileira. Já me aposentei. Estou bem. Sou eternamente grato a ambos. Meu nome é Donato Ferreira Costa.Desde quanto me aposentei moro em Iaçu. Depois que me aposentei virei professor do Ensino Médio (Matemática), mas estou aposentado também. Fui Pirinista. Tenho saudades daquela época. Hoje não tem mais nenhum político como ele.

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  2. Parabéns a Erivaldo Brito e ao Prof. Pedro Borges por esta homenagem a Pirinho. Quando li a 1a. nota no blog do Jornal O Guarany bateu-me uma forte saudade do amigo Pirinho. Hoje não mais se encontra um político do seu estilo, da sua consideração.Eu também com esta mensagem quero fazer parte desta homenagem.

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  3. Inacreditável! Não tinha lido ainda neste blog sobre Pirinho. Nesta madrugada sonhei com ele – vivo! Conversamos muito sobre Cachoeira, São Félix, sobre política, etc. De repente, ele me diz que ia voltar a morar em Cachoeira e São Félix também. Já estava comprando de Mário Kertesz a Chalé que foi do seu pai, que ir restaura-lo todo e ali ia morar com a família. Em Cachoeira, estava comprando uma chácara no Alecrim. Falou-me também que vai haver uma grande surpresa em Cachoeira em relação aos candidatos a prefeito que a imprensa divulga. Disse-me também que está a frente do processo e como sempre, o projeto dele não falha, nunca falhou. Bem, o sonho foi longo, conversamos muitas coisas. Nem me lembro como terminou. Mas, hoje pela manhã, as imagens do sonho sempre apareciam em minha mente. Resolvi contar o sonho a meu amigo Alcides que era amigo dele também. Foi quando Alcides me disse que havia uma crônica sobre ele escrita por Erivaldo Brito, publicado no blog do Jornal O Guarany. Eu disse: que coincidência! E aqui estou para postar o que sonhei, embora não me lembre de tudo.

    Ronaldo de Souza

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  4. Não tive o prazer de conviver com o ilustre deputado Raimundo Rocha Pires, entretanto já ouvi muitas pessoas exaltar o seu nome. Politicamente falando, podemos dizer que Pirinho foi um exemplo de representante do povo da Cachoeira e região do Recôncavo e pelo visto não mais haverá outro igual, bem porque não existem mais políticos como antigamente, não que eles não existam, mas é que a própria classe política da atualidade não permite que homens de bem entrem no cenário político.
    A todos aqueles que conviveram com o nobre cidadão e político Raimundo Rocha Pires recebam as minhas deferências. Vocês tiveram a oportunidade que eu não tive e o meus filhos pelo visto não vão ter.
    Meus pais tiveram esta oportunidade. Pririnho era amigo íntimo do meu pai e de minha mãe. São compadres. Ele batizou minha primeira irmã, Claudia. No dia, meus pais oefereceram uma almoço, em nosso apartamento na Cardeal da Silva. Foi uma festa a presença dele e do padre Gaeschilin, o celebrante, após a cerimônia.

    São Paulo, 13/01/2012


    Luciano Borges dos Anjos
    Coordenador de Produção
    Bonatec – Indústria e Comercio Ltda.

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  5. Pirinho foi um grande político e tinha muito prestígio. Ele era da época em que político tinha prrestígio, tinha força e poder. Hoje é uma patifaria. Não se sabe em quem confiar.Já estou aposentado graças a um emprego que o amigo Pirinho me conseguiu. Sou muito grato a Deus e a ele que não mediu esforços para me servir como serviu a muitos.

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  6. Gostaria de saber se o pro.Pedro Borges é de Cachoeira ou Muritib- Ba

    Também fui muito amigo de Pirinho, meu nome é Dila Lemos, tive um colega de Farmácia chamado Alvaro Queiroz, irmão de Renato Queiroz, cunhado de Salú da Farmácia Régis em Cachoeira do sr.Aurelino Régis. Meu e-mail é dilaclemos@gmail.com e o meu blog é: dilalemos.blogspot.com

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  7. Fui amigo de Pirinho, e o irmão dele, Luiz Artur era meu cunhado.Meu e-mail é dilaclemos@gmail.com e o meu blog: dilalemos.blogspot.com
    Na realidade meu nome é Dilermando Castro Lemos Costa (Dila) e sou de São Félix-Ba.

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  8. Jorginho Ramos deixou um novo comentário sobre a sua postagem "CACHOEIRA/SÃO FÉLIX/BAHIA":

    Faltou falar um pouco das muitas contendas entre Pirinho e Edivaldo Brandão Correia. Eles polarizavam a política da região por duas décadas ...

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