De Isabelita Aragão
Para leitores do blog do Jornal O Guarany
Preciso fazer um DESABAFO!
Os que mais assassinaram inocentes
É com muito e muito pesar, que podemos ver o que foi e o que é o sofrimento das famílias, das 2.996 pessoas mortas nas torres gêmeas, conhecido como o Atentado de 11 de Setembro, que completa 10 anos agora neste Domingo próximo.
O que as emissoras de televisão estão esquecendo-se de comentar é um pequeno detalhe, de outra tragédia, que aconteceu por conta destes ataques e destas quase três mil mortes.
A primeira atitude americana em resposta ao ataque terrorista se deu às 14h40min de 11 de setembro de 2001, quando o secretário da Defesa Donald Rumsfeld fez uma rápida emissão de ordens a seus assessores para procurar evidências do envolvimento do Iraque... O resultado: 54,6 toneladas de bombas largadas no Iraque e 66 MIL MORTOS.
A justificação original para a guerra do Iraque era o programa de desenvolvimento de armas de destruição maciça pelo Iraque e a alegada colaboração de Saddam Hussein com o Al-Qaeda. No entanto, as informações em que se basearam estas duas justificações foram criticadas e largamente desacreditadas após a invasão, sendo que a administração Bush foi acusada de falsear informações dos serviços secretos.
Pessoal, as famílias destas 66 mil pessoas também sofrem, não é só americano que perdeu filho não... Que perdeu pai... Imaginem, 54,6 toneladas de bombas sendo lançadas sob suas casas, e as pessoas aguardando a hora de morrer...eu fico realmente indignada quando vejo a divulgação daquela dor que parece que só foi de um lado...foi triste para todos...uma reportagem que eu vi sobre estas mortes no Afeganistão e no Iraque me constrangeu: Os Estados Unidos e a OTAN pediram desculpas.
Pronto! Eles pediram desculpas. Acabou, podemos esquecer... Uma guerra que resultou em mais de 100 mil mortes de afegãos e iraquianos e eles pediram D E S C U L P A S.
No Afeganistão, o governo americano divulgou que a missão foi melhor sucedida que no Iraque...não sei exatamente o número de civis mortos, mas a estimativa é que seja próximo a quantidade de mortos no Iraque. Em maio de 2009, a Casa Branca declarou que não impediria os bombardeios ao Afeganistão, recusando o pedido do presidente afegão, Hamid Karzai, depois que dois vilarejos foram bombardeados, matando mais de uma centena de civis. O ano de 2009 foi ainda mais violento desde a invasão em 2001.
Em julho de 2010, o site Wikileaks divulgou 92 mil documentos secretos do exército dos Estados Unidos, reportando a morte de milhares de civis no Afeganistão, por militares norte-americanos. O vazamento teve enorme repercussão mundial. Wikileaks repassou as informações para The New York Times, The Guardian e Der Spiegel, e depois os publicou na Internet. Os relatórios abrangem o período de janeiro de 2004 a dezembro de 2009. O porta-voz da Wikileaks, Julian Assange defendeu a confiabilidade do material vazado sobre o conflito e disse que os documentos contêm evidências de que crimes de guerra foram cometidos por tropas de diversas nacionalidades, em especial pelas forças estadunidenses, durante a ocupação militar do Afeganistão.
Em 19 de setembro de 2010, um novo escândalo implicou soldados americanos. O Washington Post divulgou que cinco soldados da brigada Stryker da 2ª Divisão de Infantaria são acusados de cometerem assassinatos gratuitos e dois outros, por fatos correlatos, que teriam ocorrido a partir de 15 de janeiro de 2010, na região de Kandahar. As acusações do jornal envolvem também o esquartejamento de cadáveres. Os soldados teriam também fotografado os corpos mutilados, e alguns teriam guardado ossos e crânios das vítimas. Um dos soldados da mesma unidade que tentou alertar a hierarquia foi violentamente espancado. O pai de um dos soldados também teria relatado o ocorrido ao exército americano, sem ter resposta. Os cinco soldados negam todas a acusações.
A morte de Osama Bin Laden
Em 1 de maio de 2011, autoridades americanas anunciaram que o líder da AL Qaeda, Osama Bin Laden, havia sido morto por tropas americanas em uma operação conduzida pela CIA e pelos Navy SEALs, sob ordens do Presidente Barack Obama, no Paquistão. Multidões se reuniram em frente a Casa Branca em Washington, DC, gritando "USA, USA , USA, USA, USA, USA....." Agora, aos meus amigos que fizeram a gentileza de ler este meu desabafo, tenho uma pergunta: O QUE GRITAM ESTES MUÇULMANOS?
Este meu desabafo é muito humilde, mas neste meu "pequeno protesto", agradeço ao meu pai, Luis Aragão, por ter me dado discernimento.
Isabelita
*Pai, li uma reportagem no Armazém de Idéias, que fala deste poder americano sobre as pessoas... Ele faz uma comparação muito interessante e diz que o Holocausto sujou o nome da Alemanha até hoje, mas que Hiroshima soa como uma vitória e que a opinião pública celebrou tontamente.
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