EDVALDO BRITO DETONA GESTÃO DE JH EM PALESTRA
Edvaldo Brito declarou estar há quatro meses sem falar nem ver o prefeito
O atual vice-prefeito soteropolitano Edvaldo Brito (PTB) não mediu palavras ao tratar da gestão a qual foi eleita em parceria com o alcaide João Henrique em 2008. Em uma palestra para alunos de direito da Unijorge, na noite desta quinta-feira (15), Brito fez claras referências à administração municipal que classificou como "péssima" e afirmou não falar nem ver JH há quase quatro meses. “Nós nos encontramos em dezembro de 2010, e eu propus a ele uma reformulação nos rumos do governo chamada de `II Seminário de Definições Estratégicas`. Nessa ocasião, ele me disse que como professor eu daria nota no secretariado. Quando foi no dia 4 de janeiro deste ano, ele muda todo mundo sem me dar uma palavra”, protestou. A cobertura feita pelo sítio Viver Paralela aponta ainda mais frases de impacto na relação entre a dupla. “Já falei isso em público, para a TV, para o rádio, então posso falar aqui num lugar mais ou menos fechado. A gestão financeira do governo de que eu sou vice é péssima. Péssima. Já disse isso 200 vezes para o prefeito e estou dizendo agora para os senhores”, disparou. Ver continuação aqui e aqui.
EDVALDO BRITO DETONA GESTãO DE JH EM PALESTRA II
"Só jogando no chão [Constituição], pois foi assim que a liminar fez", afirmou em relação a manobra de JH para anular a rejeição das contas pelo TCM
Em continuação da sua palestra, Edvaldo Brito ainda atacou a massiva propaganda do governo municipal e falou sobre os artifícios usados por João Henrique para não ser condenado pelo Tribunal de Contas do Município (TCM). “Se o prefeito não procede bem com suas prestações de contas, o Tribunal de Contas, como órgão de controle, tem de reprimi-lo“, afirmou. Em seguida ele leu parte do artigo 31 da Constituição e jogou no chão o exemplar. “Só jogando no chão, pois foi assim que a liminar fez. Não tem juiz no mundo que possa rejeitar o parecer”, em alusão à liminar em favor do prefeito que suspendeu no último dia 5 os efeitos da decisão do TCM. O ataque seguiu com acusações da prática de propaganda enganosa. “Propaganda é outra coisa. Por exemplo, essas placas mentirosas que colocam na rua. `Aqui vou fazer um canal não sei de onde´. Mentira. Vai fazer canal nenhum. E a placa bonita ali. Aquele canal nunca acaba e placa não sai de lá”, disparou.
EDVALDO BRITO DETONA GESTãO DE JH EM PALESTRA III
O evento saiu completamente do tema Direito Tributário, pelo qual foi convidado, e virou um desabafo de um vice-prefeito em desacordo com a gestão a qual participa. “Os terceirizados são a febre desse município de Salvador. Não me conformo senão com a porta aberta do concurso público”. Ao ser questionado sobre os motivos que o fizeram continuar no mesmo governo que massacrou em seu discurso, Britou justificou: “o povo me elegeu, eu não posso chegar agora e dar uma de menino zangadinho, dizendo ‘como não tenho mais poder dentro dessa administração, abro mão, renuncio’. Não. Vou até o fim. Aprendi que fermento só tem importância dentro da massa, fora dela, é só um pozinho. Quando entra, a massa cresce. Estou lá para isso”. Em sua conclusão, Brito explicou seu desabafo: “É assim que eu concilio o jurista inconformado com o poder que está em minhas mãos. Em um ano e oito meses, ainda dá para fazer um grande estrago na vida de muita gente. Eu tenho de pregar o oposto do que está aí. O prefeito vai para um lado fazendo as coisas dele, e eu vou para o outro denunciando. Eu não posso, em nome da governabilidade, ficar calado. É em nome dela que tenho de falar”. A cobertura do evento foi feita pelo sítio Viver Paralela.
È inconcebível que se mantenha o instituto do vice, sem lhe garantir espaço na gestão pública, lamento e considero uma falta de coerência do legislador em considerar o vice como um mero substituto legal por impedimento ou por falecimento do titular. Tal atitude tem criado insatisfação em todos os seguimentos de governo,daí considerar uma incoerência; é inadmissível que pessoas competentes,muitas delas são convidadas para fortalecer um campanha política, muitas vezes o vice tem a competência elevada que o credencia ao cargo postulado, todavia, as composições e interesses frustam o vice em virtude da falta de dignidades do gestor que ao chegar ao poder esquece dos compromissos e promessas feitas ao seu companheiro de campanha e composição político/partidária, alijando desse modo aquele a quem fora considerado o melhor nome para a conquista do pleito eletivo.
ResponderExcluirInconcebível sim que uma pessoa tão abnegada de uma capacidade ilibada do porte do Professor, Doutor, Mestre e Jurista renomado como Edvaldo Brito, esteja alijado do processo de administração da Capital Salvador, pelo atual prefeito João Henrique de Barradas Carneiro, pessoa que tenho apreço e consideração, muitas vezes sua equipe de governo promove o afastamento de seu legal substituto com intrigas e insinuações, eu já fui vítima dessa condição de vice de modo que não desejaria a nenhuma pessoa especialmente quando falta a dignidade, a sensibilidade e a falta do entendimento para saber que a conquista foi consolidada com a participação do vice durante todo o curso da campanha agregando ao grupo valores morais, pessoais, capacidade, influência, densidade eleitoral requisitos indispensáveis ao êxito do pleito. Daí a deixar no anonimato, alijado do processo da gestão é uma incoerência sem medida. Quero me solidarizar com o Muritibano Mestre e Jurista Edvaldo Brito e aos vices em geral que passa por tais constrangimentos e discriminações que passam pelos titulares de governo com exceção àqueles que têm o seu vice como um real ajudador e partícipe de sua gestão de modo a ser exemplo de cordialidade e reconhecimentos assim como fora durante a caminhada para a vitória, meu repúdio a todos os gestores que discriminam e alijam o seu vice.