sábado, 16 de abril de 2011

ROBERTO CARLOS E SUAS TRAGÉDIAS PESSOAIS

Sidney Rezende

Quando li aqui no SRZD que a filha de Roberto Carlos havia morrido aos 44 anos de infarto, eu simplesmente fiquei paralisado: meu Deus, como é possível que numa só vida alguém seja capaz de sofrer tantas tragédias pessoais?

Roberto teve a perna esmagada num acidente de trem na infância, assistiu à doença sem fim da mãe, a morte de câncer da sua mulher Maria Rita, a cegueira parcial do filho Segundinho... Enfim, existem outras perdas menos significativas, mas estas foram as que lembrei.

Será que os espiritualistas estariam certos quando dizem que a glória desmedida, o sucesso absoluto, obrigatoriamente, precisam vir junto a um "pagamento" ao cosmos quase impossível de ser feito aqui na Terra?

Estariam certos os incrédulos ao afirmarem o oposto?

Não me perguntem, não sei a resposta. Mas é estranho que justo agora, após um tempo de calmaria e sucesso, como enredo da Beija-Flor, em plena comemoração dos seus 70 anos de idade e de uma carreira vitoriosa, o mais popular astro da música brasileira perca um dos seus mais importantes tesouros, ah, isto é!

E pouco provável que a aparente imensa fé que Roberto Carlos tornada pública resista a mais este baque. Não que espere um quadro de depressão, até porque ele tem de fato uma legião gigantesca de amigos para ajudá-lo a superar esta dura quadra, mas é muito difícil para um ser humano testemunhar diante de si a lei da natureza ser subvertida. Compreende-se, eventualmente aceita-se, a morte dos pais, mas nunca dos filhos.

Que a paz no coração seja grande suficiente para Roberto Carlos se dar mais uma lição de superação.

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