DECISÃO DO STF ABRE BRECHAS PARA DISTORÇÕES II
STF: ÚNICA BAIANA NA CÂMARA, ALICE NÃO SE ELEGERIA
Caso a linha de raciocínio do ministro do STF Marco Aurélio de Mello, segundo o qual a vaga é obtida pelo partido, mesmo estando ele coligado durante a campanha eleitoral, a Bahia provavelmente não teria uma mulher sequer em sua bancada na Câmara dos Deputados, em Brasília. De acordo com levantamento feito pelos especialistas em Direito Eleitoral Ademir Ismerim e Sávio Mahmed, sob esta concepção, a formação das casas legislativas sofreriam importantes mudanças, já que o quociente eleitoral e partidário seria calculado por cada legenda isoladamente. Isso deixaria fora da lista dos eleitos para a Câmara Federal, por exemplo, a deputada Alice Portugal (PCdoB), que apesar dos 101.588 votos, não teria alcançado a reeleição, por não contar com os votos da coligação. Ainda neste cenário, os deputados petistas Emiliano José e Sérgio Barradas Carneiro, teriam sido eleitos de forma direta, sem precisar aguardar a vacância de cadeiras no parlamento, ocorridas após as idas de Afonso Florence para o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e de Zezéu Ribeiro para a Secretaria de Planejamento (Seplan) do governo da Bahia.
STF: OPOSITOR FERRENHO, GABAN SERIA REELEITO
A Assembleia Legislativa da Bahia também não seria a mesma, caso o entendimento dos ministros do STF fosse importado para a eleição no plano estadual. Com o quociente eleitoral e partidário calculados por cada partido, de maneira isolada, o deputado Carlos Gaban (DEM), um dos principais críticos do governo Wagner (o atual parlamento não conta com opositores tão “ácidos”), teria sido reeleito. O problema de Gaban foi que, a coligação da qual participou, não teve a força necessária para mantê-lo no Legislativo baiano. Já a deputada Maria Luiza Laudano (PTdoB), impulsionada à reeleição pela força da coligação, estaria fora na simulação cedida ao BN pelo escritório Ismerim e Advogados Associados. Ainda segundo o levantamento, o petista Carlos Brasileiro, que atualmente comanda a Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), não tomaria posse como 1º suplente, pois teria uma cadeira garantida na Casa de Leis baiana. Em tempo: por conta da confusão e, diz-se, do “efeito Tiririca”, as eleições proporcionais (vereador, deputado estadual e federal) estão com os dias contados. Isso porque o Congresso Nacional já iniciou as discussões sobre a Reforma Política que deve dar fim ao sistema, baseado em coeficiente eleitoral. No lugar entraria o voto majoritário simples, segundo o qual se elegeriam os candidatos com mais votos, o que seria o fim das coligações.
Fonte:Bahia Notícias
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