sexta-feira, 26 de novembro de 2010

CACHOEIRA/BAHIA

Representação pede reparação a danos causados ao terreiro Roça do Ventura

Fonte: Portal do Jornalista Prof. Emiliano José

Uma representação pela preservação do patrimônio do terreiro Seja Hundé, também conhecido como Roça do Ventura, situado em Cachoeira (BA), foi entregue (dia 25) durante reunião no Ministério Público Federal na Bahia, em Salvador. Fundado em 1854, sendo o único representante no país da nação Jeje Mahin, o templo teve 10 hectares de sua mata destruídos por um trator.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Preservação da Cultura Afro-ameríndia (Afa), Leonel Monteiro, “arvores sagradas centenárias foram destruídas e uma lagoa de Nanã foi aterrada, causando danos irreversíveis ao sítio arqueológico, decorrentes de uma obra imobiliária que está sendo realizada na área contígua ao terreiro”. O documento apresentado pede intervenção do ato e reparação dos danos causados.

Para o jornalista e ex-deputado federal Emiliano José (PT-BA), presente à reunião, “é essencial que os Ministérios Públicos Federal e Estadual intervenham nesse caso, que atinge um terreiro centenário e muito tradicional na nossa cultura”. “Precisamos eliminar de vez essa repressão contra a religião de matriz africana, que é um desrespeito profundo. Para isso, vamos unir esforços da sociedade e do governo”.

Também participaram do encontro o promotor-chefe do MP Federal na Bahia, Danilo Pinheiro Dias; a promotora Márcia Virgens, do Núcleo de Proteção do Direitos Humanos do MP estadual; o antropólogo e professor Ordep Serra; o coordenador administrativo do Núcleo de Religiões de Matriz Africana da Polícia Militar da Bahia (Nafro), Raimundo Souza; além de representantes do meio acadêmico e pessoas vinculadas a movimentos em defesa do cultura afrodescendente.

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