Dez anos depois de ter violado o painel do Senado, em 2000, José Roberto Arruda (ex-DEM) depôs à Justiça Federal sobre o caso, nesta quinta-feira (6). Ele afirmou que o dano maior ao Senado não foi a irregularidade da qual ele é acusado, mas o fato de as votações serem secretas. "O verdadeiro dano a uma casa legislativa é esconder os votos dos representantes eleitos pela população", afirmou Arruda. Ele e outras quatro pessoas respondem a uma ação de improbidade administrativa pela quebra do sigilo da votação da cassação do então senador Luiz Estevão (PMDB-DF). Arruda, que também era senador na época, e o já falecido Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA), tiveram que renunciar aos seus cargos para não serem cassados. Na ocasião, Arruda primeiro jurou por seus filhos que não tinha participação no caso. Ao ser desmentido, chorou ao discursar no plenário. Arruda afirmou em seu depoimento que recebeu, sem pedir, um envelope pardo da diretora do Prodasen (Secretaria Especial de Informática) do Senado, Regina Célia, e que deveria entregá-lo a Antônio Carlos Magalhães. Ele disse, então, que decidiu abrir o que tinha recebido antes de repassar ao colega e constatou que se tratava de uma "possível lista de votação". Informações da Folha.
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