terça-feira, 27 de outubro de 2009

FACÇÕES SE UNEM PARA COMBATER QUADRILHA QUE INVADIU O MORRO DOS MACACOS

Facções se unem para combater quadrilha que invadiu morro dos Macacos

“Pacto” de não agressão inclui compra de drogas e divisão de lucros entre gangues
Mario Hugo Monken, do R7, no Rio.
***. Duas facções criminosas que comandam favelas cariocas adotaram um "pacto" de não agressão para combater a quadrilha responsável pela invasão ao morro dos Macacos, em Vila Isabel, zona norte do Rio de Janeiro, no último dia 17, segundo informações de investigadores das Delegacias de Combate às Drogas (DCOD) e Repressão às Armas e  Explosivos (DRAE). Policiais disseram que, com este pacto, as duas facções, que foram unidas até 2002 e depois se separaram, não atacam comunidades dominadas pela outra e priorizam as invasões ao grupo que tem como base o complexo de favelas do Alemão, na zona
norte e que atacou o morro dos Macacos. O delegado-titular da DCOD, Marcus Vinícius Braga diz que as facções não brigam pelo tráfico. - Essas facções compram drogas juntas e dividem os lucros. Se houver brigas entre elas, é pessoal. Na semana passada o Rio de Janeiro viveu uma semana de muita violência. Desde a invasão no Morro dos Macacos no sábado passado (17), 41 morreram em confrontos entre traficantes rivais ou entre bandidos e a polícia. Nesta segunda-feira (26), uma dona de casa de 24 anos morreu baleada na favela Kelson’s, na zona norte, durante confronto entre policiais e traficantes. A filha dela, de 11 meses, que estava em seu colo também foi atingida, mas passa bem. O "pacto" une as comunidades da Rocinha, zona sul, São Carlos, zona central e Macacos, na zona norte, controladas por um mesmo grupo, com as de Acari, Parada de Lucas, Serrinha, Dendê, complexo da Maré [Vila dos Pinheiros e Vila do João] na zona norte, e o complexo de favelas de Senador Camará, zona oeste, que são vinculadas a outra facção. Os policiais dizem que entre essas favelas não haverá guerra. Essa "aliança" pode ir além de um pacto de não agressão. Policiais afirmam que, membros de um grupo se abrigam em favelas dos outros e já realizaram ações conjuntas, como a invasão à favela ladeira dos Tabajaras, em Copacabana, zona sul, no início do ano.
As investigações indicam, porém, que as quadrilhas comandadas pelos traficantes Sassá e Celsinho da Vila Vintém, ambos presos, que pertencem a mesma facção que controla a Rocinha, ficaram de fora do acordo e estão isolados. Ambos têm rixas com os bandidos do outro grupo. Sassá domina o conjunto de favelas do Caju, na zona portuária e os morros da Pedreira e Lagartixa, em Costa Barros, zona norte e Celsinho, a favela Vila Vintém, em Padre Miguel. Pelo "acordo", essas favelas poderão ser atacadas pelos "aliados", que não haverá intromissão. Os agentes, dizem que a ajuda só vai ocorrer caso haja tentativa de invasão por parte da facção que atacou os Macacos.






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