Manuel Zelaya, presidente deposto de Honduras, refugiado na embaixada brasileira, adverte o atual governo dizendo que nada voltará a tirá-lo de seu país e que “Honduras continuará sendo sua pátria até a morte!”. Assim se expressou diante de centenas de pessoas em frente à embaixada brasileira, enquanto o governo de fato, encabeçado por Roberto Micheletti, pedia ao Brasil que entregasse Zelaya e responsabilizava o país “pelos conflitos violentos que poderiam ocorrer”. O país decretou toque de recolher que abrange todo o território nacional para “conservar a calma” a partir das 16h, horário local. “Faço um chamado ao governo brasileiro e que respeite a ordem judicial ditada contra o senhor Zelaya e o entregue às autoridades competentes de Honduras”, disse Micheletti, em mensagem lida na Casa Presidencial e divulgada pela televisão local. “Honduras está comprometida a respeitar os direitos de Zelaya ao longo do processo”, alegou insistido que o ex-presidente “continua impedindo as eleições do dia 29 de novembro, como vem fazendo seus seguidores há várias semanas”. Zelaya assegura que voltou para encontrar uma saída pacífica para a crise política que desencadeou seu afastamento do país. “Estou aqui em Tegucigalpa. Estou aqui para restaurar a democracia para que aja diálogo”, declarou o presidente deposto aos que seguem por essa jornada. O ex-dirigente, que agradeceu publicamente ao presidente Lula seu apoio por conceder refúgio na embaixada brasileira, revelou que chegou a Honduras partindo de Nicarágua, país onde passou maior parte do tempo desde quando foi deposto em julho. Segundo seu relato, sua travessia durou mais de 15 horas e teve que utilizar “diferentes meios de transporte” para poder chegar ao seu país. “Tive a colaboração de alguns, mas não posso revelar para que não façam mal a ninguém”. As informações são do jornal espanhol El País.
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