terça-feira, 22 de setembro de 2009

Brasil aprova moção de repúdio a ação contra embaixada

O plenário da Câmara dos Deputados aprovou esta tarde, por unanimidade, moção de repúdio às agressões sofridas pela Embaixada do Brasil em Honduras. Depois da votação, o presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), afirmou que o cerco ao prédio da embaixada por força militar e o corte no fornecimento de energia, água e telefone à sede diplomática brasileira foram "uma violação ao Direito Internacional".
Tropas do regime de Honduras se concentraram ao redor da embaixada brasileira, onde está abrigado o presidente deposto Manuel Zelaya, e dispersaram manifestantes favoráveis ao ex-mandatário. Temer afirmou que a presidência da Câmara se manifestará "toda vez que um território brasileiro for agredido no Exterior". Pelas leis internacionais, o local em que está situada a representação de um país no Exterior é considerado território soberano da nação representada.
Hoje, a chanceler do governo deposto de Manuel Zelaya, Patricia Rodas, afirmou que 313 pessoas estão na embaixada, entre elas a esposa de Zelaya e membros de seu governo. Ela também disse foram jogadas bombas de gás lacrimogêneo dentro da sede diplomática e que pelo menos uma menina teria morrido em meio a esses ataques.
Hoje, Rodas, pediu à comunidade internacional que reinstale os representantes em Honduras, no momento em que a segurança do presidente e do povo está em perigo. "Chegou-se ao plano da tortura física e psicológica", disse em coletiva de imprensa em Nova York.
Representantes do governo deposto disseram que partidários de Zelaya como professores e sindicalistas, estavam sendo perseguidos e levados para um estádio de beisebol na capital Tegucigalpa. O filho de Manuel Zelaya, Héctor, disse que está "muito otimista" graças ao apoio que tem recebido do povo, mas que está muito preocupado com a situação atual do país.

A OEA tentou estabelecer um processo de negociação baseado no Acordo de San José, que propõe o regresso de Zelaya à presidência, o adiantamento das eleições presidenciais e uma anistia política. Com informações da Associated Press.

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