sábado, 27 de junho de 2009

Lula diz que Internet reduz poder da imprensa tradicional



"Finalmente este país está tendo o gosto da liberdade de informação", disse Lula em discurso no 10o Fórum Internacional Software Livre em Porto Alegre (RS)."Estamos vivendo um momento revolucionário da humanidade em que a imprensa já não tem o poder que tinha há alguns anos. A informação já não é mais uma coisa seletiva em que os detentores da informação podiam dar golpe de Estado", afirmou.
Lula e a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) fizeram um balanço dos investimentos federais nas áreas de implantação de software livre e programas de inclusão digital em órgãos públicos e em programas para a sociedade.O governo calcula uma economia de 370 milhões de reais com a implantação do software livre desde 2003, início do governo Lula. Ao defender a liberalização do software, Lula disse: "Podem ficar certos que neste governo é proibido proibir. O que nós fazemos é discutir. Os empresários sabem que nós discutimos sem rancor e sem mágoa". O presidente ouviu no fórum críticas ao projeto do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), que trata de crimes eletrônicos. Os críticos defendem que o governo vete o projeto por entender que ele fere a privacidade do usuários da Internet ao prever sua identificação. "Essa lei não visa corrigir abusos na Internet. Na verdade, quer fazer censura. Precisamos responsabilizar as pessoas, mas não proibir ou condenar", reagiu Lula, que disse ver interesse policialesco no projeto.

PICARETAS E ELEIÇÃO

Mais cedo, em Itajaí (SC), onde criou a pasta da Pesca e Aquicultura, Lula disse que em época de campanha eleitoral aparecem "picaretas" querendo fazer de coisas sérias um trampolim para campanhas.

"Eu gostaria que entre nós prevalecesse apenas o compromisso da verdade, da mais absoluta verdade e somente a verdade", disse.

"Está chegando a época da campanha e, quando chega a época da campanha, começam a aparecer alguns picaretas neste país querendo fazer de coisa séria um trampolim para a campanha."

O presidente disse ainda que não escolhe prefeito ou governador pelo partido para realizar parcerias de investimento.

"Eu nunca perguntei a um prefeito a que partido que ele pertence, e nunca perguntei a um governador o partido que ele pertence. O que vale para fazer uma coisa é saber, primeiro, se a obra é necessária, segundo, se tem projeto para a gente poder concluir essa obra", declarou.

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