terça-feira, 21 de novembro de 2017


O risco dos calçadões

A Redação do Jornal O Guarany, tendo em vista a movimentação  de obras no centro da cidade da Cachoeira, requalificações que incluem a instalação de calçadões, ouviu  Carlos Hupsel de Oliveira, especialista em segurança e proteção à vida, sobre o assunto.
 
O projeto dos calçadões no centro da Cachoeira deve incluir, necessariamente, a construção de acessos para veículos de emergência, a exemplo de caminhões de bombeiros e ambulâncias, disse o especialista em proteção contra incêndio, Carlos Hupsel de Oliveira, que se mostra preocupado com a possibilidade da dificuldade em se atingir o local de uma ocorrência com as ruas bloqueadas.

Carlos Hupsel cita como exemplo, o que ocorreu em 1983, na área do Taboão, Centro Histórico de Salvador, quando os bombeiros encontraram grande dificuldade em atingir o local de um incêndio que lavrava no local, devido, justamente a barreira dos calçadões. Na época, não faltaram advertências, alertando para o risco dessas intervenções principalmente para o fato de que vidas e patrimônios estariam ameaçados. Posteriormente, esses perigos se mostraram reais, contundentes.

Além dos riscos já mencionados, acrescenta Carlos Hupsel, essas obras até mesmo antes de sua conclusão, já estão causando um enorme congestionamento no tráfego de veículos, tornando-o confuso e complicado, pela interdição de ruas, de transversais e no estreitamento de pistas praticando ilhando o acesso ao Centro Histórico da Cachoeira. Os camelôs, por sua vez, atraídos pelos espaços enganosamente destinados a uma melhor circulação de pedestre, poderão ali se instalar, comodamente, sem que ninguém os impeça, e em número tal que se tornem os únicos donos dos calçadões.

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