Editorial
Em Cachoeira, requalificações de espaços públicos
geram desconforto e conflitos
Obras na Rua 25 de Junho e Praça Maciel afrontam as
normas de convivência pacífica com a comunidade usuária das movimentadas
localidades.
Com verbas procedentes de emendas ao orçamento do
governo federal, feitas por deputados, Cachoeira foi contemplada com montante
destinado à requalificação da Praça da Liberdade, Rua 25 de Junho e Praça
Maciel, esta última, exatamente, na área da feira livre.
Não fosse a ausência de sintonia com moradores e
empresários da Rua 25 de Junho, também com feirantes que há anos comercializam
seus produtos na Praça Maciel, a execução das obras não gerariam tantas reações
e comentários críticos nas redes sociais.
Todos são unânimes em dizer que as obras são bem
vindas, todavia, ignorar os que ali moram, juntamente com os empresários e
comerciantes das mencionadas localidades, arrancando e quebrando
paralelepípedos, interrompendo e comprometendo integralmente a movimentação da
comunidade usuária nos citados locais, fere as normas de convivência pacífica
imposta não só pela empresa executora, mas, sobretudo, pelos seus gestores.
Embora úteis as requalificações em operação, as áreas
beneficiadas estavam em perfeito estado de conservação. Há áreas
reconhecidamente degradadas na cidade da Cachoeira, cujos recursos as
requalificariam com folga, como a Rua 13 Maio, em todo o seu perímetro, até a sede
da Irmandade da Boa Morte, com reforma projetada há anos, inclusive com fiação subterrânea.
Argüi-se também que uma só Empresa ganhou a licitação
para executar as referidas obras, com que o administrador das requalificações
projetadas na Rua 25 de Junho, alegando não ter recebido pagamento conforme
combinado, transferiu os operários para trabalhar na obra da Praça Maciel, zona
da Feira Livre, abandonando a primeira, cujo gesto atrasará o tempo para a
conclusão da operação.
Nos dias atuais, não cabem mais gestos dessa natureza,
sob pena de rigorosa reação da comunidade consciente de sua cidadania.
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