segunda-feira, 18 de setembro de 2017

ACONTECEU EM CACHOEIRA/BAHIA

O texto que segue consta do Livro de Memória em homenagem  à Profa. Iolanda Pereira Gomes, quando completou 90 anos


Profa. Iolanda Pereira Gomes
Proeminente  legado de valores

Por Pedro Borges dos Anjos
Ex-aluno

A imagem inicial, que permanece em mim, sobre a Profa. Iolanda Pereira Gomes, remete-me aos anos finais da década de 50, data de minhas primeiras convivências com a  mencionada educadora, na Escola Montezuma, em cuja unidade fiz o curso primário. Eu, menino, na faixa etária a partir dos oito anos de idade; ela, jovem professora, cujo porte, autoridade e gestos, sempre a distinguiram, ante a natural proeminência de sua vibrante personalidade.

Desse período, inúmeras outras professoras, suas colegas, exerceram o magistério com zelo, na mesma unidade escolar. Lembro-me de alguns nomes, como a saudosa Profa. Haydée de Azevedo Farias, a Profa. Angélica Peixoto, Profa. Dilce Bloyse.

Na mencionada unidade escolar, a Profa. Iolanda, a mim me parece, não era regente de classe, talvez exercesse cargo de confiança.

Mais tarde, em 1960, ingressei no Colégio Estadual da Cachoeira. Fui aluno da Profa. Iolanda, em todas as séries do curso ginasial. Durante anos sucessivos, ela foi professora titular da cadeira de Geografia. Suas aulas se caracterizavam por exposição oral, didaticamente sustentadas por gráficos e roteiros expostos nos antigos quadros-negros das salas de aula.

A educação secundária, no Colégio Estadual da Cachoeira, oferecia aos alunos três opções: o Curso Clássico, o Curso Científico e o Curso Normal.  A Profa. Iolanda Pereira Gomes, neste nível de ensino, exercia a cátedra de Didática.

Em 1964, ingressei no antigo Curso Normal, o qual formava professores para a docência do magistério primário. Já diretora do Colégio Estadual da Cachoeira, a Profa. Iolanda Pereira Gomes antes programou e presidiu, no dia 17 de dezembro de 1966, o cerimonial de formatura da turma que minha esposa  e eu éramos alunos, cujo ato se revestiu de inesquecíveis pompas. Na Igreja Matriz, colação de grau, juramento, discursos dos alunos oradores da turma, eu e o saudoso colega Ivanildo Gonzaga dos Anjos, em seguida, dos paraninfos, os saudosos deputados Edvaldo Brandão Correia e Raimundo Rocha Pires.  O cerimonial incluiu, na mesma data e no mesmo templo, a celebração do meu casamento, tendo em vista que a noiva e eu éramos integrantes da turma de formandos.

Na seqüência, no requintado clube social da cidade, a antiga Associação Educativa e Desportiva do Paraguaçu, houve o animadíssimo baile de formatura, ao som do famoso Cuba Jazz, cujo conjunto musical procedeu à execução da valsa, à meia-noite, bailada por todos os formandos.

Esta visão revela, com a fidelidade que a memória é capaz de guardar, entre inúmeros valores, que comandavam a educação no período, a proeminência do nome da Profa. Iolanda Pereira Gomes, educadora, cuja relevância ultrapassa as fronteiras do comum. Haja vista, na sucessão dos anos, por quanto tempo durou o seu exercício, prosseguir no cargo de diretora geral do Colégio Estadual da Cachoeira, em cuja unidade educacional, exerceu uma das mais notáveis administrações, nunca antes nem depois ali empreendida.

Como educadora, os valores de que sua personalidade se reveste, a projetam muito além da docência e da gestão escolar. O mesmo espírito empreendedor conduz a Profa. Iolanda Pereira Gomes a dirigir os destinos da Santa Casa de Misericórdia da Cachoeira, como sua provedora, período em que revolucionou a administração, requalificou e ampliou o nosocômio, modernizou a enfermaria, implantou especialidades diversas, munindo cada domínio com profissionais especializados nas habilitações. O Hospital São João de Deus, o carro-chefe da secular Instituição, funcionava vinte - quatro horas ininterruptas, com portas abertas, para atender a quantos buscavam atendimento. Nem antes nem depois da provedoria da Profa. Iolanda Pereira Gomes,  a Santa Casa de Misericórdia da Cachoeira  conheceu  sequer gestão similar.

No segmento político, a Profa. Iolanda Pereira Gomes, entre líderes de reconhecida expressão na comunidade, sempre foi respeitada voz de prestígio nas decisões eleitorais do município. Na década de 90, elegeu-se vereadora com votação expressiva. Ao findar o mandato, optou por candidatar seu filho, o engenheiro agrônomo João Pereira Gomes, para sucedê-la no mencionado Poder, o que se confirmou com a vitória.

Distingue-se também a atuação com que a Profa. Iolanda Pereira Gomes quando dirigiu os destinos da Minerva Cachoeirana, centenária Filarmônica, que integra o eixo de valores de expressão da música na Cidade Histórica e Monumento Nacional, gesto que prossegue se sustentando com reconhecida evidência através de suas filhas, filhos, genros, noras, netas e netos, com igual determinação.

Rotariana, por duas vezes, a Profa. Iolanda Pereira Gomes exerceu a presidência do Rotary Club Cachoeira/São Félix, em cujo segmento materializou ações sociais de amplo alcance. Em reconhecimento, foi homenageada com o Título Paul Harris, honraria de elevado mérito na estrutura de condecorações do Rotary Internacional.

Conhecedora e praticante de valores morais e cerimoniais da Monarquia, em 1993, a Profa. Iolanda Pereira Gomes compôs comigo e com  o saudoso médico Dr. Vitor Rosas, o movimento de retorno à Monarquia no Brasil. Unindo-nos a militantes do Partido Monarquista, trouxemos à Cachoeira, em fevereiro de 1993, Dom Bertrand de Orleans de Bragança, príncipe imperial do Brasil, o segundo na linha de sucessão ao trono, no período da campanha para plebiscito naquele mesmo ano. A consulta nacional incluiu também a opção pela Monarquia, em cujo pleito venceu o atual regime republicano presidencialista. O visitante ilustre e sua comitiva foram recebidos pela Profa. Iolanda, Dr. Vítor e eu,  na entrada da Ponte Dom Pedro II. Em seguida, atendendo desejo do príncipe rumamos  a pé com grande acompanhamento à Câmara Municipal, em  cujo saguão, eu  fiz o discurso de saudação ao príncipe. Após o discurso do príncipe, todos nós nos  dirigimos à Santa Casa de Misericórdia, onde o herdeiro do Trono Real visitou as instalações do Hospital São João de Deus e assinou o livro de visitantes ilustres, e pôde ver a assinatura do seu trisavô Dom Pedro II, na Ata Imperial, quando de  visita de Sua Alteza à Cachoeira, em 1859.

Reconhecidamente, a Profa. Iolanda Pereira Gomes  transcende  os valores e obstáculos do seu tempo. É a matriarca, por excelência, de numerosa sucessão de vencedores:  filhas, filhos, netas e netos, bisnetas e bisnetos, prole que prosseguirá se multiplicando na escala infinita de sua  linhagem, todos empreendedores e profissionais de comprovada competência, na área de suas qualificações, entre médico, enfermeiro, analista, dentista, engenheiro, fisioterapeuta, etc.

Nonagenária, com integral domínio de suas habilidades e conquistas, a Profa. Iolanda é semelhante e eternidade deste livro, produzido em sua homenagem. Seus exemplares se espalham, se multiplicam, se perpetuam. A homenageada também, nos seus 90 anos, alcança foro de eternidade, quando já se identifica  quem se reveste da unção de perpetuidade sem não mais passar pela experiência da morte.

A visão íntima me revela, ante a verdade com que concluo esta mensagem, a qual unir-se-á a tantas outras que integrarão o presente livro em homenagem a Profa. Iolanda Pereira Gomes, nas solenidades de seus 90 anos, a reedição da obra nas celebração do seu centenário, em novembro de 2026. Razão por que vinculo ao presente testemunho um mistério, conforme nos instrui a Bíblia Sagrada - a Palavra do Soberano Deus - nos termos que seguem: “Na verdade, nem todos morreremos, mas todos seremos transformados, 1 Coríntios 15:51. Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte. João 8:51. Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. João 5:24. Em verdade vos digo que alguns há, dos que aqui estão, que não provarão a morte até que vejam vir o Filho do homem no seu reino. Mateus 16:28”.


Texto para ser incorporado ao livro em sua reedição em 2026.

Profa. Iolanda Pereira Gomes alcança seu século de existência revestida com unção de vitalidade

Por Pedro Borges dos Anjos
Ex-aluno

É irrefutável, não fosse revestida com a unção da vitalidade, a Profa. Iolanda Pereira Gomes poderia alcançar cem anos de idade como exceção à regra, conforme ocorre com idosas e longevos da mesma faixa, no Brasil e no mundo. A longevidade alcançada pela homenageada, no entanto, vai muito além da exceção à regra, ante a unção da perpetuidade com que  seu ser foi revestido.

Convidado para redigir texto testemunhal sobre a obra educacional da Prof. Iolanda Pereira Gomes, para constar da primeira edição do livro de memórias, com o qual familiares, amigos e admiradores a homenagearam na solenidade de seus noventa  anos, ousei, naquela data, já se vão dez anos, inspirado na Palavra de Deus - a Bíblia -,  produzir o presente relato,  para ser incorporado na reedição do mesmo livro, dez anos depois, no seu centenário.

A velocidade da evolução nos anos do século 21 exclui a existência comum, em todos os reinos da natureza. A partir de 2016, não há mais espaço para existências efêmeras, entes que se findam, mulheres e homens de vidas transitórias.  Só há espaço para existências eternas, sem jamais passar pela morte.

Não há antônimos nas existências eternas. A vida é eterna, o rejuvenescimento é permanente. Os entes vão tendo suas formas revestidas de perpétuo vigor e rejuvenescimento, com absoluta naturalidade.

Neste espaço, distingue-se a presença da Profa. Iolanda Pereira Gomes, com manifesto vigor, inteligência, memória, e demais valores que integram a sua personalidade.

A ela foi revelado o poder da Palavra. Passou a entender que o seu ente é a Palavra, conforme expõe o autor inspirado pelo Espírito Santo no texto bíblico, que segue: Ἐν  ἀρχῇ  ἦν  ὁ  Λόγος,  καὶ  ὁ  Λόγος  ἦν  πρὸς  τὸν  Θεόν,  καὶ  Θεὸς  ἦν  ὁ  Λόγος.  João 1:1

Há anos tenho dito que jamais morrerei. É verdade, jamais passarei pela experiência da morte. Difícil é convencer a crédulos comprometidos com as crenças comuns, e também a  incrédulos sobre a verdade desta  convicção.

Literalmente, não morrerei. Faz muito tempo que leio e pesquiso as Escrituras Sagradas – A Bíblia. A Bíblia é a Palavra de Deus.

No Livro de João 1:1, conforme foi dito  no idioma  Grego do período dos profetas: “No princípio era a Palavra, e  a Palavra estava com Deus e a Palavra era Deus.” A Palavra é indestrutível. A Palavra não envelhece. A Palavra não adoece. A Palavra não morre.

Descobri que também “Eu Sou” a “Palavra’. Razão por que Jesus Cristo disse em João 8: 51: “Na verdade, na verdade, eu vos digo, se guardares as minhas Palavras, a morte jamais vos alcançará.”

Produzi este texto testemunhal sobre a vida e obra educacional da Profa. Iolanda Pereira Gomes, para também homenagear-lhe a vida.

Este livro é a Palavra. A homenageada é a Palavra. Esta Palavra é eterna. Quem lê a Palavra e entendê-la, do seu Poder será revestido.

As conquistas alcançadas, nos anos finais do século passado e início do atual, sobretudo no campo da telefonia celular, TV e mídia eletrônica, quem antes produzisse textos semelhantes a este, revelando a materialidade da descoberta, até os próprios inventores da era do positivismo duvidariam, a ponto de arreliar e escarnecer a quem ousasse expor a epifania apocalíptica.

Há dez anos, a projeção com a qual assegurei que a Palavra é eterna, só se admitia no espaço virtual. Hoje, é verdade tanto aqui quanto acolá. Razão por que este Livro foi reeditado, homenageando, mais uma vez,  a Profa. Iolanda Pereira Gomes, nas solenidades do seu centenário.











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