O texto que segue consta do Livro de Memória em homenagem à Profa. Iolanda Pereira Gomes, quando completou 90 anos
Profa. Iolanda Pereira Gomes
Proeminente legado de valores
Por Pedro
Borges dos Anjos
Ex-aluno
A imagem inicial, que
permanece em mim, sobre a Profa. Iolanda Pereira Gomes, remete-me aos anos
finais da década de 50, data de minhas primeiras convivências com a mencionada educadora, na Escola Montezuma, em
cuja unidade fiz o curso primário. Eu, menino, na faixa etária a partir dos
oito anos de idade; ela, jovem professora, cujo porte, autoridade e gestos, sempre
a distinguiram, ante a natural proeminência de sua vibrante personalidade.
Desse período, inúmeras
outras professoras, suas colegas, exerceram o magistério com zelo, na mesma
unidade escolar. Lembro-me de alguns nomes, como a saudosa Profa. Haydée de
Azevedo Farias, a Profa. Angélica Peixoto, Profa. Dilce Bloyse.
Na mencionada unidade
escolar, a Profa. Iolanda, a mim me parece, não era regente de classe, talvez
exercesse cargo de confiança.
Mais tarde, em 1960,
ingressei no Colégio Estadual da Cachoeira. Fui aluno da Profa. Iolanda, em
todas as séries do curso ginasial. Durante anos sucessivos, ela foi professora
titular da cadeira de Geografia. Suas aulas se caracterizavam por exposição
oral, didaticamente sustentadas por gráficos e roteiros expostos nos antigos
quadros-negros das salas de aula.
A educação secundária, no
Colégio Estadual da Cachoeira, oferecia aos alunos três opções: o Curso
Clássico, o Curso Científico e o Curso Normal.
A Profa. Iolanda Pereira Gomes, neste nível de ensino, exercia a cátedra
de Didática.
Em 1964, ingressei no antigo
Curso Normal, o qual formava professores para a docência do magistério primário.
Já diretora do Colégio Estadual da Cachoeira, a Profa. Iolanda Pereira Gomes antes
programou e presidiu, no dia 17 de dezembro de 1966, o cerimonial de formatura
da turma que minha esposa e eu éramos
alunos, cujo ato se revestiu de inesquecíveis pompas. Na Igreja Matriz, colação
de grau, juramento, discursos dos alunos oradores da turma, eu e o saudoso
colega Ivanildo Gonzaga dos Anjos, em seguida, dos paraninfos, os saudosos
deputados Edvaldo Brandão Correia e Raimundo Rocha Pires. O cerimonial incluiu, na mesma data e no
mesmo templo, a celebração do meu casamento, tendo em vista que a noiva e eu
éramos integrantes da turma de formandos.
Na seqüência, no requintado
clube social da cidade, a antiga Associação Educativa e Desportiva do
Paraguaçu, houve o animadíssimo baile de formatura, ao som do famoso Cuba Jazz,
cujo conjunto musical procedeu à execução da valsa, à meia-noite, bailada por
todos os formandos.
Esta visão revela, com a fidelidade
que a memória é capaz de guardar, entre inúmeros valores, que comandavam a
educação no período, a proeminência do nome da Profa. Iolanda Pereira Gomes,
educadora, cuja relevância ultrapassa as fronteiras do comum. Haja vista, na
sucessão dos anos, por quanto tempo durou o seu exercício, prosseguir no cargo
de diretora geral do Colégio Estadual da Cachoeira, em cuja unidade educacional,
exerceu uma das mais notáveis administrações, nunca antes nem depois ali
empreendida.
Como educadora, os valores
de que sua personalidade se reveste, a projetam muito além da docência e da
gestão escolar. O mesmo espírito empreendedor conduz a Profa. Iolanda Pereira
Gomes a dirigir os destinos da Santa Casa de Misericórdia da Cachoeira, como
sua provedora, período em que revolucionou a administração, requalificou e
ampliou o nosocômio, modernizou a enfermaria, implantou especialidades
diversas, munindo cada domínio com profissionais especializados nas
habilitações. O Hospital São João de Deus, o carro-chefe da secular
Instituição, funcionava vinte - quatro horas ininterruptas, com portas abertas,
para atender a quantos buscavam atendimento. Nem antes nem depois da provedoria
da Profa. Iolanda Pereira Gomes, a Santa
Casa de Misericórdia da Cachoeira
conheceu sequer gestão similar.
No segmento político, a
Profa. Iolanda Pereira Gomes, entre líderes de reconhecida expressão na
comunidade, sempre foi respeitada voz de prestígio nas decisões eleitorais do
município. Na década de 90, elegeu-se vereadora com votação expressiva. Ao
findar o mandato, optou por candidatar seu filho, o engenheiro agrônomo João
Pereira Gomes, para sucedê-la no mencionado Poder, o que se confirmou com a vitória.
Distingue-se também a
atuação com que a Profa. Iolanda Pereira Gomes quando dirigiu os destinos da
Minerva Cachoeirana, centenária Filarmônica, que integra o eixo de valores de
expressão da música na Cidade Histórica e Monumento Nacional, gesto que
prossegue se sustentando com reconhecida evidência através de suas filhas,
filhos, genros, noras, netas e netos, com igual determinação.
Rotariana, por duas vezes, a
Profa. Iolanda Pereira Gomes exerceu a presidência do Rotary Club Cachoeira/São
Félix, em cujo segmento materializou ações sociais de amplo alcance. Em
reconhecimento, foi homenageada com o Título Paul Harris, honraria de elevado
mérito na estrutura de condecorações do Rotary Internacional.
Conhecedora e praticante de
valores morais e cerimoniais da Monarquia, em 1993, a Profa. Iolanda Pereira
Gomes compôs comigo e com o saudoso
médico Dr. Vitor Rosas, o movimento de retorno à Monarquia no Brasil. Unindo-nos
a militantes do Partido Monarquista, trouxemos à Cachoeira, em fevereiro de
1993, Dom Bertrand de Orleans de Bragança, príncipe imperial do Brasil, o
segundo na linha de sucessão ao trono, no período da campanha para plebiscito
naquele mesmo ano. A consulta nacional incluiu também a opção pela Monarquia,
em cujo pleito venceu o atual regime republicano presidencialista. O visitante
ilustre e sua comitiva foram recebidos pela Profa. Iolanda, Dr. Vítor e eu, na entrada da Ponte Dom Pedro II. Em seguida,
atendendo desejo do príncipe rumamos a
pé com grande acompanhamento à Câmara Municipal, em cujo saguão, eu fiz o discurso de saudação ao príncipe. Após o
discurso do príncipe, todos nós nos
dirigimos à Santa Casa de Misericórdia, onde o herdeiro do Trono Real
visitou as instalações do Hospital São João de Deus e assinou o livro de
visitantes ilustres, e pôde ver a assinatura do seu trisavô Dom Pedro II, na
Ata Imperial, quando de visita de Sua
Alteza à Cachoeira, em 1859.
Reconhecidamente, a Profa.
Iolanda Pereira Gomes transcende os valores e obstáculos do seu tempo. É a
matriarca, por excelência, de numerosa sucessão de vencedores: filhas, filhos, netas e netos, bisnetas e
bisnetos, prole que prosseguirá se multiplicando na escala infinita de sua linhagem, todos empreendedores e
profissionais de comprovada competência, na área de suas qualificações, entre
médico, enfermeiro, analista, dentista, engenheiro, fisioterapeuta, etc.
Nonagenária, com integral
domínio de suas habilidades e conquistas, a Profa. Iolanda é semelhante e
eternidade deste livro, produzido em sua homenagem. Seus exemplares se espalham,
se multiplicam, se perpetuam. A homenageada também, nos seus 90 anos, alcança
foro de eternidade, quando já se identifica quem se reveste da unção de perpetuidade sem
não mais passar pela experiência da morte.
A visão íntima me revela,
ante a verdade com que concluo esta mensagem, a qual unir-se-á a tantas outras
que integrarão o presente livro em homenagem a Profa. Iolanda Pereira Gomes,
nas solenidades de seus 90 anos, a reedição da obra nas celebração do seu
centenário, em novembro de 2026. Razão por que vinculo ao presente testemunho um
mistério, conforme nos instrui a Bíblia Sagrada - a Palavra do Soberano Deus -
nos termos que seguem: “Na verdade, nem todos
morreremos, mas todos seremos transformados, 1 Coríntios 15:51. Em verdade, em verdade vos
digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte. João 8:51. Na verdade, na verdade vos
digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida
eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida. João 5:24. Em verdade vos digo que
alguns há, dos que aqui estão, que não provarão a morte até que vejam vir o
Filho do homem no seu reino. Mateus 16:28”.
Texto para ser
incorporado ao livro em sua reedição em 2026.
Profa. Iolanda Pereira Gomes alcança seu século de
existência revestida com unção de vitalidade
Por Pedro Borges dos Anjos
Ex-aluno
É irrefutável, não fosse revestida com a unção da
vitalidade, a Profa. Iolanda Pereira Gomes poderia alcançar cem anos de idade
como exceção à regra, conforme ocorre com idosas e longevos da mesma faixa, no
Brasil e no mundo. A longevidade alcançada pela homenageada, no entanto, vai
muito além da exceção à regra, ante a unção da perpetuidade com que seu ser foi revestido.
Convidado para redigir texto testemunhal sobre a obra
educacional da Prof. Iolanda Pereira Gomes, para constar da primeira edição do
livro de memórias, com o qual familiares, amigos e admiradores a homenagearam
na solenidade de seus noventa anos,
ousei, naquela data, já se vão dez anos, inspirado na Palavra de Deus - a Bíblia
-, produzir o presente relato, para ser incorporado na reedição do mesmo
livro, dez anos depois, no seu centenário.
A velocidade da evolução nos anos do século 21 exclui
a existência comum, em todos os reinos da natureza. A partir de 2016, não há
mais espaço para existências efêmeras, entes que se findam, mulheres e homens
de vidas transitórias. Só há espaço para
existências eternas, sem jamais passar pela morte.
Não há antônimos nas existências eternas. A vida é eterna,
o rejuvenescimento é permanente. Os entes vão tendo suas formas revestidas de
perpétuo vigor e rejuvenescimento, com absoluta naturalidade.
Neste espaço, distingue-se a presença da Profa. Iolanda
Pereira Gomes, com manifesto vigor, inteligência, memória, e demais valores que
integram a sua personalidade.
A ela foi revelado o poder da Palavra. Passou a
entender que o seu ente é a Palavra, conforme expõe o autor inspirado pelo
Espírito Santo no texto bíblico, que segue: Ἐν
ἀρχῇ ἦν ὁ
Λόγος, καὶ ὁ
Λόγος ἦν πρὸς τὸν Θεόν,
καὶ Θεὸς ἦν ὁ Λόγος.
João 1:1
Há anos tenho dito que jamais morrerei. É verdade,
jamais passarei pela experiência da morte. Difícil é convencer a crédulos
comprometidos com as crenças comuns, e também a
incrédulos sobre a verdade desta
convicção.
Literalmente, não morrerei. Faz muito tempo que leio e
pesquiso as Escrituras Sagradas – A Bíblia. A Bíblia é a Palavra de Deus.
No Livro de João 1:1, conforme foi dito no idioma
Grego do período dos profetas: “No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus e a Palavra era
Deus.” A Palavra é indestrutível. A Palavra não envelhece. A Palavra não
adoece. A Palavra não morre.
Descobri que também “Eu Sou” a “Palavra’. Razão por
que Jesus Cristo disse em João 8: 51: “Na verdade, na verdade, eu vos digo, se
guardares as minhas Palavras, a morte jamais vos alcançará.”
Produzi este texto testemunhal sobre a vida e obra
educacional da Profa. Iolanda Pereira Gomes, para também homenagear-lhe a vida.
Este livro é a Palavra. A homenageada é a Palavra.
Esta Palavra é eterna. Quem lê a Palavra e entendê-la, do seu Poder será
revestido.
As conquistas alcançadas, nos anos finais do século
passado e início do atual, sobretudo no campo da telefonia celular, TV e mídia
eletrônica, quem antes produzisse textos semelhantes a este, revelando a
materialidade da descoberta, até os próprios inventores da era do positivismo
duvidariam, a ponto de arreliar e escarnecer a quem ousasse expor a epifania
apocalíptica.
Há dez anos, a projeção com a qual assegurei que a
Palavra é eterna, só se admitia no espaço virtual. Hoje, é verdade tanto aqui
quanto acolá. Razão por que este Livro foi reeditado, homenageando, mais uma
vez, a Profa. Iolanda Pereira Gomes, nas
solenidades do seu centenário.
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