Patrícia Lélis nega extorsão do assessor de Feliciano, mas delegado a indiciará por dois crimes
A estudante brasiliense Patrícia Lélis negou que tenha extorquido
dinheiro do chefe de gabinete do pastor Marco Feliciano (PSC-SP), no
episódio em que acusou o parlamentar de agressão e tentativa de estupro.
A jovem de 22 anos se pronunciou através de seu advogado, José Carlos
Carvalho, que vem fazendo sua assessoria na denúncia contra o pastor.
A Polícia Civil de São Paulo considera que a estudante de
jornalismo extorquiu Talma Bauer e cometeu os crimes de denunciação
caluniosa e ameaça. No dia 05 de agosto, acompanhada da mãe, Patrícia
procurou a Polícia para acusar Bauer de mantê-la em cárcere privado e
sob coação.
Agora, o delegado Luiz Roberto Hellmeister, que recebeu a denúncia,
considera pedir à Justiça a prisão temporária de Patrícia Lélis. O caso
vem sendo investigado a partir dos relatos e vídeos feitos por Emerson
Biazon, jornalista que intermediou as conversas entre a estudante e o
assessor parlamentar, que afirma que ela ela teria pedido valores em
troca de seu silêncio.
Patrícia é suspeita de ter exigido R$ 300 mil de Bauer para gravar um vídeo desmentindo as acusações feitas a Marco Feliciano.
Segundo informações do G1, em depoimento prestado à Polícia, Bauer
afirmou que Patrícia exigiu dele R$ 20 mil. Os policiais disseram que em
seu depoimento, Bauer não avisou Feliciano da suposta extorsão para
preservá-lo.
“Patrícia não recebeu esse dinheiro, portanto não se configura
extorsão”, argumentou Carvalho em defesa de sua cliente. “Não poderei
dar mais informações porque ainda preciso ter acesso aos autos do
inquérito policial”, acrescentou, em entrevista concedida na última
segunda-feira, 15 de agosto.
Hellmeister reafirmou que indiciará Lélis e seu intermediador no Rio
de Janeiro, Arthur Mangabeira, por extorsão. “Também farei o
indiciamento dela por denunciação caluniosa, que seria acusar falsamente
alguém de um crime que não fez”.
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