Mãe revela que Rian Britto tomava chá alucinógeno de seita antes de morrer
Músico de 25 anos foi encontrado morto por afogamento numa praia de Quissamã
Um dia após cremar o corpo de Rian
Brito, neto de Chico Anysio, a mãe do jovem resolveu falar sobre a morte
dele. O músico de 25 anos foi encontrado morto por afogamento numa
praia de Quissamã, no Norte Fluminense, na última quinta-feira, após
nove dias de sumido.
- Mãe de Rian Brito alfineta Leona Cavalli em post sobre morte do filho e atriz se defende: ‘Respeito’
Em carta enviada ao jornal Extra, Brita
Brazil relata que o filho costumava tomar a erva alucinógena indígena
Ayhuasca (mais conhecido como Santo Daime), oferecido nos encontros da
seita Porta do sol, cuja fundadora, no Rio, é a atriz Leona Cavalli.
“Com o convite de um grande amigo de
infância, foram ao tal chá, e Rian começou a ficar sério, diferente,
largou a música, coisa que fazia umas 13 horas por dia, perdeu o humor, e
começou a ficar numa desenfreada mania de jejum e meditação. Sua
aparência mudou totalmente. Seu jeito também. Ficou muito mais
introspectivo. (…). O total foram 1 ano e 4 meses do mais profundo
inferno que o Rian viveu. Ele perdeu sentido de tempo, grana, de
absolutamente tudo”, explica Brita na carta.
Brita explicou que o filho frequentava
os encontros da Porta do Sol havia um ano e quatro meses e que ele
participou de quatro rituais. Ela afirma que, desde então, Rian
costumava “ouvir vozes do chá” e “procurar lugares bonitos para se
isolar e meditar por dias”, mas “sempre voltava para casa”.
Leia a carta de Brita na íntegra:
LEONA (RESPOSTA OFICIAL DE BRITA BRAZIL, mãe de RIAN BRITO)
Além de estar bloqueada na sua
página e não poder te enviar respostas, agora desativaram minha conta do
Facebook, portanto estou pedindo a ajuda da imprensa que divulgue esta
carta.
Quando repeti seu nome em todos os
espaços possíveis no Face, eu estava querendo não falar de ti, mas sim
da IGREJA a qual você dirige, que agora vocês mudaram de nome pra Centro
de Estudos. Mas era chamada de Igreja. Vocês avisam no inicio da
reunião q a erva alucinógena indígena Ayhuasca (mais conhecido como
Santo Daime) foi legalizado em 2010, saindo no DIARIO OFICIAL. Até então
acho q estava sendo usado, há uns 30 anos nas cidades grandes
ilegalmente. Soube q a razão social IGREJA o tornou possível a
legalização. Mas mesmo legalizado, que está totalmente errada esta
permissão. Palavras de uma mãe q perdeu seu filho por este motivo. Um
verdadeiro absurdo q está acontecendo no Brasil, e soube q é
transportada ao mundo.
Quero deixar bem claro q não quero
processar a Igreja PORTA DO SOL, a Leona Cavalli, ou a nenhuma outra
IGREJA q usa este chá. A vida de meu filho foi levada, a minha também
pois será impossível viver sem a nossa convivência de paz, ternura,
ideias, harmonia, companheirismo, e a musica, q fazíamos todos os dias.
Então porque quero denunciar isto? Foi uma promessa q fiz numa das 55
subidas de joelho nos 365 degraus da N. S. da Penha (sendo 33 dias
consecutivos) pedindo a ela, alem da cura de meu filho, e que vou subir
uma vez por mês pelo resto de minha vida, para que ela afastasse os que
NAO PODEM beber este chá, q só saberá depois de bebê-lo, pois é uma
roleta russa. Meu pedido a ela, de joelhos é que ninguém, nenhuma mãe,
irma, esposa ou filha passe pelo sofrimento q passamos.
Quando alguém querendo saber o
porque eu repetia seu nome, perguntaram até se vc era namorada do RIAN.
não, a Luiza está aqui em prantos. Perguntavam se vc estava envolvida no
caso eu dizia NAO. Esta tudo la no FACE, na minha conta desativada. Por
quem?
Nem eu, nem RIAN te conhecemos. O
que queria fazer repetindo seu nome e te convidando pra primeira fila do
crematório do meu filho, era pra q vc tomasse consciência do estrago q o
chá de Ayhuasca pode gerar, e uma família, era pra vc sentir por uma
hora na pele, o que sentirei pra toda curta vida q me resta. E,
principalmente, q parasse não so vc como todas as Igrejas do Brasil a
fornecer esta química para as pessoas. Muitas pessoas podem ser
alergias, incompatíveis quimicamente e disparar algo terrível em suas
mentes, pro resto de suas vidas.
Falar do meu filho, parceiro, amigo,
e como os amigos músicos o chamam de, “gênio do baixo’, isto não é nada
tem mil qualidades, respeitador, educado, amoroso com qualquer pessoa,
paciente, com um humor permanente, engraçado e principalmente sem
deboche. Meu consultor de tudo,, pela sua inteligencia fora do comum..
Rian era o melhor filho do mundo, Perfeito e graças a Deus nunca cansei
de dizê-lo. Nossa vida era simples, um sonho de paz e felicidade q
poucos amigos q nos frequentam podem confirmar. Nunca brigamos, como
meus pais nunca brigaram comigo. Só amor. Ou melhor, perguntem à minha
filha e aos netos que também receberam a mesma educação.. Um ser de uma
pureza e bondade que só havia visto em meu pai o filosofo,
espiritualista e amante da Natureza, Hilton Brito.
Rian era amado por todos, um rapaz
saudável, até um pouco solitário por não gostar de ir a bares tomar
cerveja como 99% dos jovens, ou se drogar para se apresentar, vestir
outro personagem, o roqueiro que não era nem um pouco, Era músico de
jazz. A música era sua religião.
Mas com o convite de um grande amigo
de infância, foram ao tal chá e RIAN começou a ficar sério, diferente,
largou a música coisa q fazia umas 13 horas por dia, perdeu o humor, e
começou a ficar numa desenfreada mania de jejum e meditação. Sua
aparencia mudou totalmente. Seu jeito também. Mas nunca na vida ficou
agressivo, ficou muito mais introspectivo.
Eu reclamava, mas ele se mostrava
seguro do que estava vivenciando. Mas eu como mãe não me conformava.
Cadê meu Rian? Por ter morado sozinha com ele desde seus 3 anos, e sem
empregada, (o q faz com q vc conheça mais seu filho), cozinhava todas as
refeições pra nós,, até q ele mesmo tornou-se um exímio cozinheiro por
conta própria, como tudo q faz, ele faz bem. Até q dia 14 de dezembro
resolvi ir a este evento do chá, pois pensei comigo, “cade meu amigo
Rian que está se afastando, ficando abstrato? Só podia vir de la esta
transformação”.
Para entar na cerimonia do maldito
chá, tem q ser levado por uma pessoa q se chama “padrinho(a)” . O amigo,
não foi desta vez, tinha viajado..Uma moça jovem era foi madrinha do
RIAN, e sua mãe, q nos deu carona, era minha madrinha. desta primeira e
única vez q fui para observar o q se passava la dentro, Ambas moram na
minha rua, são de uma classe alta., residem num casarão. No caminho, a
mãe me disse q “vc não pode ver a reunião, pra participar tem q pagar
120 reais por pessoa, tomar o chá e ficar com os olhos fechados pra
entrar em alfa” (??!?!?)
Na entrada vc dá seu nome e assina
um termo q diz q se você tomar tais remédios de psiquiatria, não pode
fazer uso do chá, mas só neste caso. iO q achei errado foi q não nos dão
copia deste documento. . O resto, então , pode. Ou seja como Eu e Rian
nunca tivemos, graças a Deus, nada a ver com psiquiatria e nós dois
nunca havíamos nem ficado nem doentes de nada, assinamos. Era a quarta
vez dele, e a primeira (e última) minha.
Mas como mãe, sabendo q íamos entrar
em Alfa (???!!) fiz o contrario, não fechei os olhos e dominei minha
mente, pra não deixar a lucidez, pois havia ido la apenas pra saber pq
meu filho estava num estado estranho e não comia praticamente nada. No
tal termo, q vc lê e e assina, mas q não nos dão copia, pergunta-se “O
que vc veio fazer aqui,? O que vc veio buscar?”” E eu tenho a certeza q
respondi ” Não preciso de nada sou realizada e feliz, ” vim saber porque
meu filho não quer mais comer”.
No meio da experiência de 4 ou 5
horas, depois de pagar 120 reais por pessoa, vc ingere primeiro um copo e
durante a sessão mais duas doses pequenas q ficam te oferecendo mesmo q
vc esteja pra la de Marrakesh. Recusei o terceiro. Com a força do
pensamento me mantive como se tivesse tomado um copo de água. É o amor
de mãe. O chá é amargo, mas vc vomita, o q chamam de limpeza chamo de
ignorância, pois se ta vomitando o corpo ta recusando, então não é pra
ingerir. Simples.
Fiquei a cerimonia toda com os olhos
abertos vendo meu filho, e rodeando a casa de vidro de uma forma tão
firme, como um soldado com as mãos para traz. Só os dirigentes me
observavam assustados, comentando entre eles. Era aquela mistura de
religiões. Depois q acabou, ouvi comentários q eu parecia uma leoa
rodeando a casa. Coisa de mãe, bem sei.
Acabando a cerimonia, todos comeram,
dançaram e cantaram ,só RIan não voltava ao normal. Todos os dirigentes
desesperados, e eu, nem se fala, Tivemos q esperar algumas horas pra
ver se ele voltava ao normal, e nada. Voltamos como fomos, de carona com
a mesma senhora q ainda disse; Rian ta assim pq não tomou o chá e q
ainda devia pra terminar o trabalho de Interseção, ou seja faltam ainda
mais 2, ou 3 vezes” (?) Como? Ele mal conseguia andar, e não falava
coisa com coisa, e ela ainda ousou pensar isto? Logo após percebeu q não
dava. Eu, como não sabia se isto era apenas um atraso de tempo dele
voltar, estava nervosa, mas achava q depois de um banho, ele voltaria ao
normal.
Este chá, faz parte de um ritual
indígena do Acre. Eles tem conhecimentos seculares para lidar com isto.
Ele deveria ser proibido na mãos de brancos q ficam querendo ser
indígenas por 5 horas, e acabam não sabendo solucionar a questão, em
caso de problemas.
O total foram 1 ano e 4 meses do
mais profundo INFERNO q Rian viveu, pois tudo piorou muito apos este
quarto chá, e eu ao seu lado, sem mesmo poder expô-lo pra não vir a ser
noticias de jornais, sua profissão de músico ser afetada, e via a reação
das pessoas não era boa, não era de amor,, eu podia perceber… se vc tem
alguém q não funciona ao seu lado, a sociedade menospreza esta pessoa..
Tem q funcionar, tem que servir.. Ele perdeu sentido de tempo, grana,,
de absolutamente tudo. Tentei e consegui preservá-lo o máximo q pude,
nem mesmo deixar os parentes mais distantes ficarem sabendo, pois nenhum
medico apresentava a minima possibilidade de cura, Não queria ouvir
duvidas eu tinha certeza q a minha fé ia curá-lo. Vc tem q acreditar, e o
medo das pessoas atrapalha isso, Escrevo muitas matérias no Face, e
este era um dos tópicos, O MEDO. Nos meses de dezembro e janeiro,
mandávamos e-mails incessantes as duas q nos levaram ao chá e ao seu
amigo, queríamos uma solução, e queríamos marcar uma reunião para que
eles vissem como o Rian estava, escolhemos um lugar neutro num
consultório do Dirtor do Processo Hoffman (um a terapia) aqui no RIO,
com o qual eu havia sido assistente, por um período e tempo q estudei
psicologia. Ele é de confiança, um profissional exemplar, que conhecia o
RIAN.
Deixei todos compromissos.>
faltei a 3 gravações de Malhação. Mas não pus a culpa em ter faltado por
estar cuidando dele. Não queria isso. Tive q largar tudo pra cuidar só
do Rian, mas isto era minha obrigação e amor, foram muitas internações
internações, e todos os tipos possíveis de curas medicinais, e depois
ate moramos em Goias no João de Deus, que apos 3 meses o curou 90% .
Descobrimos q lá havia um estúdio de excelente qualidade de um
paulistano q havia se mudado pra la para curar sua mulher,e gravamos um
CD, que em principio eu queria q ele voltasse a si pelo aq ele mais
fazia e amava: música. Ele é multi-musico, e tocou tudo violão, baixo,
pandeiro, algumas percussões. As musicas eram todas minhas e ele q
acabaria a faculdade de produção fonográfica em Julho, já entendia muito
de estúdio. Ele e eu produzimos, fizemos todos os arranjos, cantei
todos os forrós, escolhidos por ele. Somos uma dupla infalível. Acabou
sendo o melhor CD de minha vida, q íamos lançar no Beco das Garrafas,
dia 3 de março, data q ficou sendo a de sua morte, em seu atestado de
óbito, pois tem q ser a do dia q seu corpo foi encontrado. No dia 24 de
dezembro, apos eu passar todo ano fazendo promessas pra 12 santos e ter
subido 50 vezes a Penha de joelhos, sendo 33 dias consecutivos, Rian
apresentou uma melhora milagrosa a q pedi ao meu pai na noite de NATAL,
por ele tb fazer aniversario dia 24 de dez a meia noite e ter nascido em
Belém (do Para). Estávamos radiantes pois ele parecia ter voltado ao
normal. Tocava como antigamente, sorria, brincava, tudo pareceu normal.
Nem estava mais precisando de tomar nenhum remédio, estando sendo
acompanhado por seu medico uma vez por mês. E ele pedia o tempo todo,
sonhava com este momento, e eu no meu otimismo firme e forte dizia
alegremente “este dia vai chegar!”.
Certamente teve uma recaída no dia
23, de fevereiro, quando fez como em uma das suas diversas fugidas pro
mato, durante o período de um ano, pra falar com Deus, coisa q trouxe do
chá e que virou uma ano de obsessão, como se diz um delírio espiritual.
Cada um fica em “ALFA” de um jeito, o dele foi espiritual. Estava
certamente de jejum, imagino, andou 20 quilômetros pra chegar naquela
praia e deu um mergulho no buraco do mar, que pensava ser como a de São
Conrado e correnteza o levou. Tenho certeza q com 500 reais no bolso, e o
compromisso da nossa estreia, ele ia passar 2 dias e voltaria. Todas as
vezes q sumiu, voltou.
Morri dia 3 de março de 2016. O que
ficou foi uma mãe, tentando alertar a todas as outras, e a todos jovens
que não tomem isto,, pelo amor de Deus,. Cuidado com o Ayhuasca, Santo
Daime, ou como queiram chamar. Erva indígena, deixa pro indígena. É
isso, Leona Cavalli. É o fim de uma vida, duas vidas.
BRITA BRAZIL
Fonte: Redação VN
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