Lídice da Mata foi a senadora mais cara da Bahia em 2015, apontam dados do Congresso
Lídice, Otto e Pinheiro | Foto: Montagem/ Bahia Notícias
Lídice da Mata (PSB) foi a senadora baiana que mais pediu
reembolso ao Congresso, através das cotas parlamentares, em 2015. De
acordo com uma consulta aos dados abertos da Casa Legislativa, a
socialista solicitou reembolso de R$ 406,6 mil no último ano, número que
a coloca como a 19ª que mais pediu reembolso ao Senado. A líder no
quesito é Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), com R$ 514,4 mil. Entre gastos
como passagens aéreas, aluguel de imóveis, alimentação e combustível,
todos os parlamentares da casa custaram, juntos, R$ 24,3 milhões aos
cofres públicos. Lídice consome notoriamente mais do que os outros dois
baianos no Senado. Walter Pinheiro (PT) reembolsou R$ 175,5 mil e Otto
Alencar (PSD), R$ 170,7 mil, o que os colocam como 70º e 71º,
respectivamente, dos 105 senadores que exerceram mandato em 2015 –
considerando suplentes que também assumiram o cargo. Os gastos da líder
do PSB baiano que se destacam como maiores do que os dos demais são com
“aluguel de imóveis para escritório político, compreendendo despesas
concernentes a eles” e “passagens aéreas, aquáticas e terrestres
nacionais”. Na primeira categoria, ela gastou R$ 114,5 mil, contra R$
88,6 mil de Pinheiro e R$ 24,2 mil de Otto – o detalhamento mostra que
R$ 45 mil foram para a FMG Empreendimentos e Participações LTDA, empresa
com sede no Rio Vermelho, em Salvador. Já na segunda, Lídice gastou R$
105 mil, enquanto o membro do PSD gastou R$ 39,2 mil e o do PT, R$ 25,1
mil. Da verba para passagens, R$ 62,2 mil (mais do que o total gasto
pelos senadores somados) foram gastos com a empresa LM Turismo, sediada
em Brasília, sendo que apenas cinco das 88 passagens compradas em 2015
foram justificadas: quatro como viagens de Lídice e uma como de
integrantes de sua assessoria. A socialista também foi a que mais pediu
reembolso em todas as categorias de cotas parlamentares entre os baianos
- inclusive foi a única a pedir reembolso por “divulgação da atividade
parlamentar” (R$ 36,8 mil) - com exceção de “locomoção, hospedagem,
alimentação, combustíveis e lubrificantes”. O líder nesta categoria é
Otto Alencar, que pediu R$ 87,2 mil. Em nota, Lídice afirmou que "o
orçamento e procedimentos foram executados dentro do limite estabelecido
pelo Senado e todas as notas fiscais e comprovantes de pagamento
realizados estão disponíveis no site Transparência Senado". A senadora
ainda declarou que "a maioria dos gastos não é fixa e cada parlamentar
executa o orçamento de acordo com a sua necessidade". "No caso da
senadora Lídice da Mata, todas as despesas do mandato estão devidamente
auditadas e legalmente dentro do limite estabelecido", diz o documento. (Atualizada às 08h20)
Fonte: Bahia Notícias/por Luiz Fernando Teixeira
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