A jornalista Miriam Dutra, que manteve um relacionamento
extraconjugal com Fernando Henrique Cardoso, afirmou que o ex-presidente
usou uma empresa no exterior para lhe fazer pagamentos mensais. Em
entrevista à Folha de S. Paulo, ela disse que o político elaborou um
contrato fictício de trabalho, assinado em dezembro de 2002 e com
validade até dezembro de 2006, que garantia a transferência de US$ 3 mil
por mês durante o período. No acordo, a Eurotrade Ltd., empresa da
Brasif S.A. Exportação e Importação, contrata Miriam para "serviços de
acompanhamento e análise do mercado de vendas a varejo a viajantes",
pesquisando "tanto em lojas convencionais como em duty free shops e tax
free shops" em países da Europa. No entanto, ela garante que nunca foi a
uma loja convencional ou a um duty free para trabalhar. FHC e Miriam
mantiveram um relacionamento extraconjugal por seis anos entre as
décadas de 80 e 90. No período, ela ficou grávida e o ex-presidente
reconheceu a paterniadade de Tomás Dutra, apesar de um exame de DNA
realizado entre eles em 2011 dar negativo. A jornalista explica que o
dinheiro enviado na verdade não vinha das contas da Basif, mas sim do
próprio FHC. "Ele me contou que depositou US$ 100 mil na conta da Brasif
no exterior, para a empresa fazer o contrato e ir me pagando por mês,
como um contrato normal. O dinheiro não saiu dos cofres da Brasif e sim
do bolso do FHC", relatou Miriam à Folha de S. Paulo.
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