Enchentes e danos por imperícia da administração da Barragem Pedra do Cavalo em 1989 preocupam moradores das duas cidades nos dias atuais
Em 1989, os administradores
do sistema Pedra do Cavalo garantiram que tudo estava dentro dos padrões de
máxima segurança. A Embasa, administradora do sistema, sustentou esta versão
respondendo as preocupações das populações da Cachoeira e São Félix.
Enorme
volume de água invadiu as duas cidades surpreendendo a todos, com uma das
maiores enchentes antes sofridas pelas duas populações. Foi uma das maiores
enchentes que Cachoeira e São Félix tiveram. No período, Salu era o prefeito da Cachoeira,
amigo de Nilo Coelho, governador do estado, ao buscar saber as razões da
enchente catastrófica, disseram que foi um erro técnico. Imaginem, a referida
enchente ocorreu em 1989, há 27 anos. Segundo um ex-servidor da Barragem, a
manutenção das estruturas do empreendimento foi instruídas para envolver mais
de 50 funcionários especializados, entre técnicos, engenheiros, enfim, com que
o sistema prosseguisse operando com integral segurança. Nas visitas feitas,
antes combinada com a administração operacional da Embasa, lá chegando, observavam-se dois servidores
comuns, sequer o módulo de segurança
para permitir ou impedir a entrada de veículos ou de pessoas dispunha de
guardas. Na administração de Salu, o prefeito providenciou ônibus para conduzir
à Barragem, empreendedores e representantes de diversos segmentos da cidade.
As
explicações dadas asseguravam que tudo estava sob absoluto controle. Não era
verdade, houve uma das mais catastróficas enchentes, geradora de danos
irreparáveis para a cidade, para o comércio, para o povo, em geral. A cidade,
após as águas baixarem, suas ruas e praças ficaram abarrotadas de lama, durante
dias sucessivos. Não se registraram quaisquer disposições do governo em reparar
os danos que a mencionada enchente, gerada na imperícia e na incompetência
gerencial do sistema, causou à cidade,
ao seu patrimônio cultural e histórico, aos comerciantes e ao povo, ante o
poder de destruição com que as águas invadiram suas propriedades. Data desse
período, a desativação de casas comerciais da Cachoeira, a desativação
definitiva do Hotel Colombo, imóveis tombados se tornaram ruínas, muitos ainda
permanecem neste estado, tantos anos depois.
Atualmente
Barragens de porte
semelhante no Brasil romperam-se ultimamente. O exemplo mais recente é o de
Mariana, que além de matar a muitos, destruiu integralmente a cidade, em seu
lugar, um mar de lama, tragédia que prossegue alcançando inúmeras outras
comunidades, inclusive ameaça poluir águas de comunidades balneárias da Bahia.
Diferença
Vítimas da mencionada
tragédia estão sendo indenizadas, com recursos financeiros e construção de
novos imóveis, pela Empresa operadora do sistema.
Flashes da enchente de 1989
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