terça-feira, 26 de janeiro de 2016

EM CACHOEIRA e SÃO FÉLIX/BAHIA


Enchentes e danos por imperícia da administração da Barragem Pedra do Cavalo em 1989 preocupam moradores das duas cidades nos dias atuais


Em 1989, os administradores do sistema Pedra do Cavalo garantiram que tudo estava dentro dos padrões de máxima segurança. A Embasa, administradora do sistema, sustentou esta versão respondendo as preocupações das populações da Cachoeira e São Félix. 
Enorme volume de água invadiu as duas cidades surpreendendo a todos, com uma das maiores enchentes antes sofridas pelas duas populações. Foi uma das maiores enchentes que Cachoeira e São Félix tiveram.  No período, Salu era o prefeito da Cachoeira, amigo de Nilo Coelho, governador do estado, ao buscar saber as razões da enchente catastrófica, disseram que foi um erro técnico. Imaginem, a referida enchente ocorreu em 1989, há 27 anos. Segundo um ex-servidor da Barragem, a manutenção das estruturas do empreendimento foi instruídas para envolver mais de 50 funcionários especializados, entre técnicos, engenheiros, enfim, com que o sistema prosseguisse operando com integral segurança. Nas visitas feitas, antes combinada com a administração operacional da Embasa,  lá chegando, observavam-se dois servidores comuns, sequer o módulo  de segurança para permitir ou impedir a entrada de veículos ou de pessoas dispunha de guardas. Na administração de Salu, o prefeito providenciou ônibus para conduzir à Barragem, empreendedores e representantes de diversos segmentos da cidade.
As explicações dadas asseguravam que tudo estava sob absoluto controle. Não era verdade, houve uma das mais catastróficas enchentes, geradora de danos irreparáveis para a cidade, para o comércio, para o povo, em geral. A cidade, após as águas baixarem, suas ruas e praças ficaram abarrotadas de lama, durante dias sucessivos. Não se registraram quaisquer disposições do governo em reparar os danos que a mencionada enchente, gerada na imperícia e na incompetência gerencial do sistema,  causou à cidade, ao seu patrimônio cultural e histórico, aos comerciantes e ao povo, ante o poder de destruição com que as águas invadiram suas propriedades. Data desse período, a desativação de casas comerciais da Cachoeira, a desativação definitiva do Hotel Colombo, imóveis tombados se tornaram ruínas, muitos ainda permanecem neste estado, tantos anos depois.

Atualmente
Barragens de porte semelhante no Brasil romperam-se ultimamente. O exemplo mais recente é o de Mariana, que além de matar a muitos, destruiu integralmente a cidade, em seu lugar, um mar de lama, tragédia que prossegue alcançando inúmeras outras comunidades, inclusive ameaça poluir águas de comunidades balneárias da Bahia.

Diferença
Vítimas da mencionada tragédia estão sendo indenizadas, com recursos financeiros e construção de novos imóveis, pela Empresa operadora do sistema.

Flashes da enchente de 1989


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