EM CACHOEIRA/BAHIA
Revolta
Fila quilométrica para
atendimento no Boaiadeiro
constrange usuários
Edgar Moura apontando, desconforto, irregularidades e falta de segurança aos clientes |
Para pagar contas diversas, como faturas de água, luz,
telefone, etc., depositar e sacar valores, o Boaiadeiro, casa comercial de produtos agro-pecuários, na Rua
Rui Barbosa, bem ao lado Fórum Teixeira de Freitas, instalou o referido serviço
na estrutura da Empresa, iniciativa com que a direção busca adicionar em sua
receita, mais alguns reais. Serviço semelhante prestado pelas agências
bancárias, na cidade, é gerador de igual desconforto.
A culpa recai ante a ausência de um plano de
atendimento com que os bancos e as empresas que oferecem o serviço ampliem o
número de guichês e servidores para dar atendimento ao cliente. Com apenas um
ou dois caixas em operação, as filas crescem fora dos limites internos,
alcançando os espaços da via pública. Edgar Moura, ex-secretário municipal de
Obras, na gestão do ex-prefeito Tato, cidadão muito antenado em relação a vida da
cidade, na busca de solução para os problemas que desafiam a comunidade, falou
à Reportagem do Jornal O Guarany, inclusive com expressão de revolta: “ o
Executivo e a Câmara Municipal, às vezes, se reúnem com pautas menos
importantes, mas ignoram problemas graves como este que se prosseguir podem
causar mais danos a vida das pessoas, como já aconteceu com cidadãs e cidadãos
idosos desmaiarem devido ao tamanho mal-estar de longo tempo nas filas, e terem
que serem conduzidos ao hospital. Além disso, o volume de pessoas, tão grande
como é, ocupando espaços na rua por onde trafegam veículos, podem acontecer
atropelos ou danos mais profundos,” disse Moura.
O ambiente interno não oferece o mínimo conforto ao cliente |
Argumentou ainda Edgar Moura, que o Boiadeiro
comercializa produtos agrotóxicos’, cujo odor prolongado causa mal-estar, falta
de ar, enfim, faz mal à saúde aos que permanecem por muito tempo no ambiente.
Os bancos credenciam micro e pequenas empresas na
cidade para operacionalizar o referido serviço, com que buscam burlar a Lei que
determina atendimento dentro de 15 minutos, em ambientes instalados com
estrutura de conforto. Repassam para as credenciadas a responsabilidade, sem instalar
área de recepção, sem proporcionar o mínimo conforto ao cliente. Não há estrutura digna no ambiente interno
das credenciadas. Sequer há um profissional de segurança para dar cobertura a
quantos vão ao local para depósitos ou para sacar valores.
Clientes que vêm de povoados da zona rural, de
Santiago, de São Francisco, da Terra Vermelha, do Calolé, do Saco, e de outras
localidades, em conduções programadas para retornar às 13h, submetem-se a
esperar na fila horas sucessivas, grande número desiste quando se aproxima a
hora do retorno, a fim de não perder o único transporte para suas localidades.
A internet nos computadores com que as diversas
credenciadas na cidade realizam o serviço, apenas duas, às vezes, estão em
operação, pois, a maioria fica fora do ar horas sucessivas, sem previsão de
retorno.
Edgar Moura reclama que o sistema burocrático
fortemente presente nas instituições públicas e privadas no Brasil é um
manifesto desrespeito aos direitos dos cidadãos, razão por que as filas se
multiplicam nas agências bancárias, nos hospitais, nas lotéricas, etc., nascem
onde antes não existia.
O sistema de atendimento, quaisquer que sejam as
circunstâncias, precede de um procedimento conhecido como “regulação”, popularmente
apelidado de “fila da morte”.
Barreiras da vergonha
desafiam direitos das
cidadãs e cidadãos
Com raras exceções, em Cachoeira, comandadas por
servidores, mal-educados, as barreiras
da vergonha, fortemente presentes nas agências bancárias, nas instituições
credenciadas a prestar serviços semelhantes aos dos bancos, nos hospitais, em
hotéis, no comércio e na indústria, desafiam a clientela com expressões de
desapreço, tratamento reconhecidamente um ultraje ao que se espera encontrar em
quem conduz os diversos serviços nas mencionadas instituições.
Só não há barreiras para o
político
quando este vai à casa do
eleitor à busca do voto
Segundo Edgar Moura, “só não existem barreiras para o
político quando este vai à casa do eleitor pedir votos. O dono da casa, cidadão
educado, abre-lhe a porta da frente para
recebê-lo. O político, bem-vindo, vai
até à cozinha, chega a cear e a tomar café com a família.
Treinamento em Relações
Humanas
Quem fizer um passeio a cidades turísticas, só para
citar entre muitas Olinda, em Pernambuco e Ouro Preto, em Minas Gerais, ficará surpreso com tratamento cortês dos
funcionários, a disponibilidade em atender com brevidade, e outras qualidades
que servidores dos diversos segmentos em Cachoeira não dispensam à clientela,
pontua Moura. Ele indica que os empresários da Cachoeira devem se instruírem,
contratando profissional especializado em Técnicas de Relações Humanas com que
possam melhorar o atendimento aos clientes em suas empresas.
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