Ataques
extremistas em Paris, hipnotismo e história do terrorismo
Pedro
Borges dos Anjos, professor,
pesquisador do
Poder da Palavra
Semelhantes a outros, a sucessão de ataques terroristas ocorridos em Paris neste mês de novembro de 2015, suscita reflexão sobre o domínio que o hipnotismo exerce sobre cidadãs e cidadãos, a ponto de convencer agressores assassinos a tirarem a própria vida, estourando artefatos mortais presos ao próprio corpo para matar grande número de inocentes.
Em 1951, em escritor, Robert Payne, denunciou os seus processos num livro publicado em Londres, pelo editor Wingate: Zero, História do Terrorismo.
A tese de Payne baseia-se na identificação de uma estreita relação histórica entre ações terroristas e triunfos de regimes totalitários.
Poucos dias depois da saída do livro, a firma Wingate, apesar da sua sólida posição financeira, abriu falência, em resultado de fortes pressões econômicas.
Simultaneamente, as existências de Zero, História do Terrorismo foram compradas na totalidade, antes de chegar às livrarias.
Nenhum jornal publicou qualquer das críticas feitas à obra, e isto apesar do seu sensacionalismo.
Truman Capote, autor da célebre obra A sangue-frio, não duvida que os assassinos do presidente John Kennedy, e de seu irmão, o senador Robert Kennedy, e do pastor Martin Luther King se enquadram todos nos planos de uma vasta conspiração.
Capote considera de grande importância o fato de o jovem jordano Sirhan Bechara Sirhan ser adepto de Helena Petrovna Blavatsky, como o prova o fato de ter pedido, depois de preso, a obra da principal fundadora da Sociedade Teosófica, A Doutrina Secreta.
Entre as teorias expostas por Helena Blavatsky conta-se uma que explica como sabotar o moral de uma nação e abrir caminho à revolução através do assassínio sistemático de uma série de personalidades de destaque, sem razão aparente, apenas para criar clima de terror.
O escritor está convencido de que os crimes cometidos por Sirhan Sirhan, Lee Harvey Oswald e pelo assassino de Martin Luther King se inscrevem todos eles numa conspiração baseada nas idéias expostas por Helena Blavatsky.
Os assassinos foram hipnotizados para cometer os crimes. O Enviado da Manchúria é o título de um interessante livro cujo autor, Richard Gordon, descreve um indivíduo hipnotizado, condicionado psocologicamente, que executa sistematicamente todos os candidatos à presidência dos Estados Unidos, em obediência a uma ordem dos seus superiores e perfeitamente consciente do que faz.
Os amadores de criminologia recordam-se ainda de Bjoern Schow Nielsen, que, em 1951, hipnotizou Palle Hardrup, levando-o a cometer um assalto sangrento nos arredores de Copenhagen.
Hardrup abateu a tiros o diretor e o caixa de um banco. Capturado pouco depois, foi internado para o resto da vida num asilo psiquiátrico.
No momento do assalto, Schow Nielsen encontrava-se a uns quatro ou cinco quilômetros do local, mas dois médicos legistas afirmaram que Palle Hardrup agira em estado de hipnose e que o hipnotizador era Nielse. Este último foi considerado culpado e condenado a quinze anos de prisão. O caso suscitou, na altura, um interesse mundial nos meios jurídicos.
Entre as teorias expostas por Helena Blavatsky conta-se uma que explica como sabotar o moral de uma nação e abrir caminho à revolução através do assassínio sistemático de uma série de personalidades de destaque, sem razão aparente, apenas, para criar
O Dr. Bernard Diamond afirma que Sirhan se encontrava em estado de transe hipnótico quando atirou sobre Robert Kennedy.
Professor de Psiquiatria e de Criminologia da Universidade de Berkeley, na California, o Dr. Diamond é considerado o mai eminente perito neste campo.
Durante o processo do imigrante jordano, o Dr. Diamond testemunhou ter hipnotizado Sirhan na sua cela para o fazer reviver a cena do drama do Hotel Ambassador, em 5 de junho de 1968.
“Sirhan puxou de uma arma imaginária do cinto e começou a atirar sem parar, gritando “Filho da p..., filho da p...!” A violência deformava-lhe a fisionomia, começou depois a sufocar, revivendo o momento em que o seguraram e desarmaram. O rosto tornou-se azulado, e, finalmente, adormeceu.”
Será válida a tese de Truman Capote? Seria o assassino de Bob Kennedy um simples instrumento dirigido por um poderoso cérebro maquiavélico? A resposta parece fácil de adivinhar: uma organização terrorista mundial tenta atualmente criar uma ação traumatizante em diversos países, para fazer reinar a insegurança e o medo, portas abertas para todas as ideologias.
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