segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Delator diz que campanha de Wagner recebeu dinheiro desviado da Petrobras

Delator diz que campanha de Wagner recebeu dinheiro desviado da Petrobras
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
O novo ministro da Casa Civil, o ex-governador da Bahia Jaques Wagner, está na mira do delator da Operação Lava-Jato e ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa. O delator afirma que a campanha de Jaques Wagner para governador foi beneficiada pelo esquema de desvios de dinheiro na estatal e que a eleição foi abastecida com “a remessa de recursos da companhia para o Estado da Bahia, a fim de financiar o Partido dos Trabalhadores”. De acordo com o Correio Braziliense, Paulo Roberto assegura que a informação pode ser confirmada através de auditoria nos contratos da Gerência Executiva no Estado da Bahia e que o recurso teria sido liberado pela Gerência Executiva de Comunicação, subordinada ao então presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, ex-secretário de Planejamento do governo de Jaques Wagner entre 2007 e 2014. Segundo a assessoria do ministro, essa declaração é uma "tentativa requentada de envolver o ministro Jaques Wagner na questão".

Fonte: Bahia Notícias.

Comentário do Jornal O Guarany:
A malandragem tem que ser denunciada e combatida. O ex-governador da Bahia, Jacques Wagner, resistiu pagar as URVS aos professores da Rede Estadual de Ensino, mas numa operação geradora de descredibilidade, autorizou o mencionado pagamento só para quantos integram o quadro de servidores do Poder Judiciário. O mesmo Poder Judiciário que aposentou a ex-primeira dama, esposa do governador, com salário de elevada monta, sem que a referida senhora tenha tido uma ficha de comprovado comparecimento ao serviço, durante anos sucessivos. O mesmo governador que tanto combatia privilégios, no apagar das luzes de seu mandato, combinou com deputados a aprovação, por unanimidade, da proposta que lhe concede pensão vitalícia acima de R$19 mil reais mensais, com motorista e veículo oficial, igualmente ad aeternum secundum.

Wagner nomeia marido de Ideli com salário de R$ 30 mil e causa desconforto


O ministro da Defesa, Jaques Wagner (PT) nomeou o marido da ex-ministra da Secretaria de Relações Institucionais Ideli Salvatti para o cargo de ajudante da Subsecretaria de Serviços Administrativos e de Conferências na Junta Interamericana de Defesa, em Washington, no Estados Unidos. 
De acordo com reportagem da revista Veja, as nomeações provocaram desconforto na própria OEA, no Itamaraty e entre militares. Ideli Salvati é assessora de Acesso a Direitos e Equidade da Organização dos Estados Americanos (OEA), com sede também na capital americana.
Segundo a semanal, o segundo-tenente músico do Exército, Jeferson da Silva Figueiredo, casado com a petista, assume as novas funções no dia 1º de outubro. Ele vai exercer o cargo por dois anos e terá remuneração de 7.400 dólares, o que corresponde a mais de R$ 30 mil mensais. Figueiredo também recebeu ajuda de custo para sua ida para os Estados Unidos de cerca de 10.000 dólares, mais de R$ 40 mil.
A nomeação foi feita antes de o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, ter anunciado o novo corte no Orçamento e severas restrições de gastos públicos para enfrentar a crise econômica. A portaria de transferência do marido de Ideli foi assinada no dia 5 de agosto por Wagner, a pedido da ex-ministra.
Ideli inicialmente procurou o Exército para pedir a designação de Figueiredo. Mas foi avisada de que essas nomeações passam por um processo de seleção, em que vários fatores são analisados e que a Força não dispunha dessa vaga. Ideli, então, recorreu a Wagner, que atendeu seu pedido e assinou a portaria avocando o parágrafo único do artigo 1º do decreto 2.790 de 1998, que dizia que "ao ministro do Estado Maior das Forças Armadas é delegada competência" para baixar atos relativos aos militares que servem naquele órgão (OEA) e que, nas Forças, a prerrogativa é dos comandantes. Um mês depois, esse decreto foi revogado e os comandantes perderam essa prerrogativa, sem serem avisados. Diante da repercussão negativa entre os militares, o governo foi obrigado a recuar.
Figueiredo, de acordo com a pasta, exercerá atribuições em funções administrativas. A "missão é do tipo transitória e de natureza militar", conforme portaria de designação. A jornada de trabalho é de 32 horas semanais. O ministério afirma que Figueiredo "preenche os requisitos necessários para ocupar o cargo".

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