Divaldo Franco
O mundo está em crise e o Brasil agoniza, conforme o noticiário de
todo instante. Sucedem-se os escândalos e as surpresas com as pessoas
envolvidas produzem um duplo efeito: desencanto em confiar em indivíduos de
aparente apresentação digna, inimputável, mantenedores, no entanto, de conduta
vulgar e criminosa, assim como a perda de esperança em dias melhores ante a
cultura da desonestidade que campeia à solta. A questão, no entanto, é mais
ampla, porque se apresenta com caráter internacional. O ser humano parece ter
perdido o rumo ético, entregando-se aos excessos de toda ordem, revivendo
preconceitos bárbaros que se repetem causando lástima e compaixão.
Haja vista o que o Estado
Islâmico está realizando em uma cidade do Iraque onde se encontram cristãos.
Além de destruir todos os monumentos que honram o passado e são patrimônio da
humanidade, estão degolando selvagemente os adeptos do Cristo, em espetáculos
de hediondez, repetindo com mais crueldade as perseguições promovidas pelo
Império Romano durante os três primeiros séculos do nosso calendário.
Os crimes crescem assustadoramente
e os cidadãos nos encontramos amedrontados, receando as ruas e também a
intimidade dos lares, onde os bandidos se adentram e cometem arbitrariedades.
Como mecanismo de fuga, os brasileiros sorrimos dos comportamentos anedóticos
de autoridades que deveriam zelar pelo idioma pátrio, sem aventureirismos
ridículos, através dos veículos da comunicação virtual. Não serão resolvidos os
dramas existenciais com a zombaria, as reclamações, os doestos. Tornam-se indispensáveis
comportamentos corretos, conscientização de possibilidades de ação através das
leis que vigem no país.
Se cada cidadão e cidadã
brasileiros cumprirem com o seu dever, poderemos restabelecer a ordem e voltar
a confiar no futuro. Jesus estabeleceu uma ética desafiadora que serve de
bastão psicológico de segurança. "Não fazer a outrem o que não gostaria
que outrem lhe fizesse."
DIVALDO FRANCO, professor, médium e conferencista
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