sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Cunha: "Renúncia e covardia não estão no meu vocabulário"


Eduardo Cunha (PMDB-RJ) participa de evento da Força Sindical, em São Paulo, um dia após ser denunciado por corrupção (Foto: Marcos Alves / Agência O Globo)

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou nesta sexta-feira (21) que renúncia não faz parte de seu vocabulário, “assim como covardia” e disse que não vai se afastar do comando da Casa. As afirmações foram feitas em um evento daForça Sindical, em São Paulo, um dia após o deputado ser denunciado pela Procuradoria Geral da União (PGR) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

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Mesmo diante da suspeita, o deputado foi recebido na capital paulista com gritos de "Cunha, guerreiro do povo brasileiro" por cerca de 200 sindicalistas, de acordo com o G1. Durante seu discurso aos integrantes da entidade afirmou: "Ninguém pode ser previamente condenado. Estou absolutamente sereno. Nada alterará o meu comportamento. Não adianta nenhuma especulação sobre o que vou fazer ou deixar de fazer. Não vou abrir mão de nenhum direito. Não há a menor possibilidade de eu me afastar do comando da Câmara, abrindo mão daquilo que a maioria absoluta me elegeu em primeiro turno. Renúncia é um ato unilateral. Isso não faz parte do meu vocabulário, e não fará. Assim como covardia”, disse.

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O deputado Paulinho da Força (SD-SP), também presente no evento, afirmou durante seu discurso que Cunha é a “pessoa mais correta que eu conheci na vida”. Para o parlamentar, o governo tenta empurrar a crise para o Congresso. “A oposição vai devolver a crise para dentro do Planalto, onde sempre esteve”, disse segundo a Folha.
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A denúncia enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) é baseada na delação de Júlio Camargo, ex-consultou da Toyo Setal, que afirmou que o parlamentar pediu US$ 5 milhões de propina. No documento, a PGR pede que Cunha devolva US$ 80 milhões aos cofres públicos. O presidente da Câmara afirma ser inocente e diz que foi “escolhido para ser investigado”, sugerindo má prática na procuradoria.
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) durante encontro em São Paulo (Foto: Reprodução/Facebook)

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