Moisés,
ao descrever, de forma alegórica, a criação do Céu, da Terra e de tudo o que
ela contém, revela, no Gênese, 1:3 e 4: “E
disse Deus: ‘Faça-se a Luz!’ E houve Luz. E viu Deus que era boa a Luz, e fez a
separação entre a Luz e as trevas”.
Ora, não pode
haver Luminosidade, ou seja, Vida em plenitude espiritual-humano, onde não
existir Amor, em seu mais elevado sentido.
Toda a criação
do Universo deriva da essência do Pai Celeste, definido por Jesus, por intermédio de João Evangelista, justamente como Amor
(Primeira Epístola de João, 4:8).
Persistindo em
manter a consciência afastada desse sentimento sublime e dessa estratégia
cósmica, o ser humano corre sério risco de pôr-se fora do alcance da sintonia
de Deus, o Grande Arquiteto Celeste; portanto, em situação danosa para a sua
Alma, razão maior de tantos males que recaem sobre o mundo, porquanto a
vivência da Espiritualidade Ecumênica, isto é, do Bem, é motivo de saúde mental
e social para o Cidadão Planetário.
Disso podemos
inferir que o glorioso Fiat
Lux!, revelado pelo grande chefe e legislador hebreu, poderia, em seu
fulgor, ser interpretado com estas palavras:
O Amor Solidário
Divino —
Faça-se do Amor Fraterno (Fiat Lux!)
a Lei Suprema dos cidadãos e dos povos. Eis a urgente providência a antepor-se
ao darwinismo social, ampliado pela globalização desprovida de sentimento
solidário: a sobrevivência, nua e crua, do mais forte. Desvio provocado por uma
leitura sociológica equivocada da teoria científica evolucionista, com a qual
(leitura equivocada) concordava, para nossa tristeza, o controverso pensador
inglês, o pioneiro Charles Darwin
(1809-1882), que, aliás, a defendia. Ora, o ser humano não pode ser reduzido a
um animal irracional.
Vivamos o Amor
Solidário Divino, porque ele é o único capaz de afastar da Terra as trevas da
miséria e da dor, quando compreendido e exercido em todo o seu poder e
eficiência, não somente pela Religião, mas também pela Política, pela Ciência,
pela Economia, pela Arte, pelo Esporte, pelos relacionamentos internacionais,
pelo trabalhador mais simples e pelo mais projetado homem público. Na verdade,
o ser humano, sabendo ou não, procura instintivamente o equilíbrio, que só pode
advir do exercício da Fraternidade, a grande esquecida da trilogia da Revolução
Francesa (Liberté, Egalité, Fraternité), tanto que vem no
final do lema reformista, quando deveria ocupar sua vanguarda.
Paz e
Fraternidade —
Não foi sem motivo que Victor Hugo
declarou: “Sem Fraternidade não pode
haver Paz”.
Realmente, caro Hugô, só alcançaremos a Paz,
pelas atitudes convincentes de Fraternidade. (...)
O mundo precisa,
mesmo, de Paz e Fraternidade. Por sinal, uma saudação de Francisco de Assis, o Patrono da Legião da Boa Vontade. Não se
trata de mera pretensão da nossa parte, como bem compreendeu o ex-ministro Dr. Marcelo Pimentel, ao afirmar: “A LBV não é obra para uma geração,
mas para uma civilização”.
Na construção de
um futuro melhor, inspiremo-nos e ajamos confiantes no Amor Universal, expresso
no Mandamento Novo de Jesus, a Lei de Solidariedade Social e Humana, com o que
encerro esta modesta reflexão: Disse o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista: “Novo Mandamento vos dou:
Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus
discípulos, se tiverdes o mesmo Amor uns pelos outros. Se permanecerdes em mim
e as minhas palavras em vós permanecerem, pedi o que quiserdes, e vos será
concedido. A glória de meu Pai está em que deis muito fruto; e assim sereis
meus discípulos. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu Amor;
assim como tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no Seu Amor.
Tenho-vos dito estas coisas a fim de que a minha alegria esteja em vós e a vossa
alegria seja completa. O meu Mandamento é este: que vos ameis como Eu vos tenho
amado. Não há maior Amor do que doar a própria Vida pelos seus amigos. E vós
sereis meus amigos se fizerdes o que Eu vos mando. E Eu vos mando isto:
amai-vos como Eu vos amei. Já não mais vos chamo servos, porque o servo não
sabe o que faz o seu senhor. Mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto
aprendi com meu Pai vos tenho dado a conhecer. Não fostes vós que me
escolhestes; pelo contrário, fui Eu que vos escolhi e vos designei para que
vades e deis bons frutos, de modo que o vosso fruto permaneça, a fim de que,
tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vos conceda. E isto Eu vos mando:
que vos ameis como Eu vos tenho amado. Porquanto, da mesma forma como o Pai me
ama, Eu também vos amo. Permanecei no meu Amor”. (Evangelho de Jesus, segundo João,
13:34 e 35; 15: 7, 8, 10 a 17 e 9.)
José de Paiva Netto, jornalista, radialista e
escritor.
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