quarta-feira, 24 de junho de 2015

PF monitorou residência de 'alvo' Marcelo Odebrecht

O presidente da construtora Odebrecht, Marcelo Odebrecht, foi preso na última semana durante operação da PF

A Polícia Federal monitorou o condomínio do 'alvo' Marcelo Bahia Odebrecht durante vários dias que antecederam a Operação Erga Omnes, a nova etapa da Lava Jato deflagrada sexta-feira, 19, que mirou exclusivamente nas maiores empreiteiras do País, entre elas a Construtora Norberto Odebrecht.

Relatório do Núcleo de Análise da Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado, braço da PF em Curitiba - base da Lava Jato - mostra inclusive imagens aéreas da residência do empreiteiro, situada no Jardim Pignatari, em São Paulo.

O documento destaca dificuldades dos agentes em se infiltrar no condomínio composto de 45 casas espalhadas em quatro quadras e atribui a Marcelo Odebrecht 'alta sensibilidade'.

A PF precisava identificar precisamente a localização do 'alvo' no dia da Operação Erga Omnes.

"Foram realizadas diligências com o objetivo de identificar qual das residências é de fato a residência do investigado Marcelo Odebrecht", diz o relatório da PF. "Todavia, devido à alta sensibilidade do alvo e ao fato do condomínio possuir diversas ferramentas de segurança, não foi possível realizar diligência dentro do mesmo."

Marcelo Odebrecht foi preso por ordem do juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações penais da Lava Jato. A PF suspeita que a empreiteira da qual ele é o presidente integrou cartel que se apossou de contratos bilionários na Petrobras por meio de fraudes a licitações e corrupção.

"O estilo do dirigente Marcelo Odebrecht é o de interagir tecnicamente quanto aos assuntos da empresa (conforme verificado no caso das sondas), na mesma linha do observado com os demais executivos investigados", diz um trecho de relatório da PF.

A Odebrecht nega taxativamente qualquer envolvimento com a Lava Jato. No dia da deflagração da Operação Erga Omnes, a empreiteira emitiu nota alegando que considerava 'desnecessária' a prisão de seus executivos.

Fonte: O Estadão

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