Comemoração da transferência
da sede do governo para o município foi fraca
Sem Rui e Leão, aliados criticam segurança em Cachoeira
Rodrigo Aguiar
Jornalista
Prefeito da Cachoeira, Carlos Pereira, lamentou a ausência do governador
Apesar de faltar às comemorações realizadas nesta quinta, 25, em Cachoeira - sede do governo baiano pelo oitavo ano seguido, no dia 25 de junho - o governador Rui Costa (PT) foi o destinatário de insatisfações expressadas por aliados, que reclamam de outro tipo de ausência do governo: na segurança pública.
Do mesmo partido do vice-governador João Leão, o prefeito de Cachoeira, Carlos Pereira (PP) disse lamentar a ausência de Rui na cidade, em seu primeiro ano como governador. O vice-governador também não apareceu, assim como o presidente da Assembleia, Marcelo Nilo (PDT). Coube ao secretário da Casa Civil, Bruno Dauster (ex-OAS) representar o governador. O petista não foi à cidade do Recôncavo porque acompanhou, em Salvador, na madrugada de quinta, o nascimento de sua filha Malu.
"A ausência é justificada. A gente entende, mas lamenta. É um momento importante para nós, cachoeiranos, cobrarmos investimentos e atenção do governo em relação aos pleitos e necessidades do nosso município", afirmou Pereira, após participar do Te Deum, na Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário.
Crise na segurança
Prefeito de Cachoeira reclama do crescimento de ocorrências de homicídio e tráfico de drogas
Segundo o gestor, nos últimos quatro anos, Cachoeira passa por uma "crise na segurança", com o aumento do tráfico de drogas e do número de homicídios. O prefeito citou a implantação de universidades - a exemplo da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) - como um fator que teria potencializado o crescimento do tráfico no município. "Cachoeira é a cidade do Recôncavo com a vida noturna mais ativa, uma cidade turística, onde todo mês tem um evento. É preciso que o governo dê uma atenção maior", defendeu.
O prefeito reivindica a instalação de uma Companhia Independente de Polícia Militar na cidade (CIPM). Atualmente, Cachoeira é atendida pela 27ª CIPM (Cruz das Almas). Em discurso durante sessão solene na Câmara local, o vereador Júlio César (PRP), conhecido como Teta, fez coro.
"Peço que levem este recado ao governador. O povo da zona rural vive aterrorizado, com medo de sair às ruas. Isso tem acontecido não só em Cachoeira, mas em toda região", disse.
Fonte: Luiz Tito | Ag. A TARDE |
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