Jair Bolsonaro apresenta pedido de impeachment contra Dilma Rousseff
Deputado do Rio de Janeiro afirmou que o ex-presidente Fernando Collor sofreu impeachment por atos “bem menos graves e inconsistentes”
Deputado Jair Bolsonaro afirma que há um “volume consistente” de denúncias contra Dilma Rousseff | Foto: Wilson Dias / Agência Brasil
Por meio do Facebook, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) declarou, na tarde da última quinta-feira (13/3), que denunciou a presidente Dilma Rousseff (PT) por crimes de responsabilidade. A denúncia protocolada na Câmara foi realizada em razão de atos de improbidade administrativa praticados pela presidente.
No documento apresentado, Bolsonaro afirma que comparar os fatos que levaram o ex-presidente Fernando Collor de Mello a ser cassado aos cometidos pelos últimos governos e, em especial, pelo de Dilma se assemelha, proporcionalmente, “a ‘crimes de menor potencial ofensivo’ versus ‘crimes hediondos'”.
O deputado também relata que Collor deixou o Palácio do Planalto “com uma infinidade de indícios a menos” permitindo que se mantivesse a soberania da vontade do povo no momento mesmo que, anos depois, o ex-presidente tenha sido absolvido.
Bolsonaro declarou, ainda, que o volume de acusações e denúncias contra Dilma é bem mais consistente e questionou os votos que a presidente recebeu para ser reeleita afirmando que os programas sociais do governo “escravizam e corrompem o eleitor”.
Por fim, o documento requer, para o andamento da denúncia, a indicação de Paulo Roberto Costa, Alberto Yousseff, Meire Bonfim Pozza, Venina Velosa da Fonseca, Pedro José Barusco Filho, Jorge Luiz Zelada, Renato Souza Duque e Nestor Cerveró como testemunhas.
A denúncia, que tem 13 páginas, deve ser analisada pelo presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que é quem tem o poder de abrir ou não o processo de impeachment. Desde 2011, já foram arquivados dez processos do tipo contra a petista, por falta elementos probatórios.
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